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segunda-feira, 21 de julho de 2008

PVC e o resto

É até sacanagem chamar o resto de resto. Muitos dos profissionais do jornalismo esportivo brasileiro merecem muito mais que isso. É apenas uma metáfora, ok?
Mas o título do texto me obriga. Não existe ninguém como ele.

Paulo Vinícus Coelho é o melhor comentarista de futebol do Brasil. É um dos fundadores de um dos maiores jornais esportivos do país, o Diário Lance. A Revista Placar é outra referência no assunto que contou com a colaboração deste grande profissional.

PVC tem uma visão e senso de percepção aguçadíssimos ao assistir uma partida e uma memória incrível. Se você perguntar a ele, qual foi o time do Corinthians campeão do 1º turno do campeonato paulista de 1978 ou da escalação do Coritiba campeão estadual de 1976, é quase certo que ele vai te responder na pinta, desde o goleiro ao ponta-esquerda. Se bobear, técnico, massagista, presidente...

Tem uma relação com números e estatísticas pouco comum de se ver. Os adora e os utiliza com freqüência para exemplificar, justificar ou até mesmo ilustrar. Além disso, tem contatos que poucos têm no país e consegue, em muitas vezes, descobrir informações fresquíssimas com fontes diretas, que faz seu índice de erros ao divulgá-las ser zero.

O quadro "Verdadeiro ou Falso" de PVC, do diário Bola da Vez, da ESPN Brasil, é quase impossível de se responder sem uma pesquisa profunda. Por falar em pesquisa profunda, isso é, definitivamente, o que PVC de melhor faz. Incansável em sua busca, que acaba não tendo fim. Sempre existe uma informação após a outra.

A maioria dos jornalistas somente escreve, lê, entrevista. PVC apura, dá o fato na lata. O cara é o cara.

Como o blog é meu, eu o chamo do que quiser. Pra mim, PVC é gênio.

Ele faz o que quase todos não fazem. E que é obrigação de qualquer jornalista do futebol saber. Conhece, de cor, a escalação de cada time da elite nacional (se bobear, da série B também) e os substitutos imediatos dos titulares. Sabe em que esquema jogam, que jogadores estão suspensos, machucados, quais os substitutos etc.

Eu, particularmente, sou fã de análises táticas de equipes. Quem ocupa uma posição e que função faz, as modificações que fazem uma diferença, a mudança de estratégia durante o jogo, todos esses são detalhes de extrema importância. Vanderlei Luxemburgo que o diga.

Alguns poucos ex-atletas têm uma percepção tão boa quanto as dos jornalistas que aqui elogiarei, já que jogaram durante um bom tempo dentro das quatro linhas e tiveram uma oportunidade única, sonhada por muitos. Tostão e Caio são dois bons exemplos. Lúcidos, equilibrados, sensatos. Perfil difícil de se ver por aí.

Mas não é so PVC que vê isso muito bem. Vi um jogo da Itália na última Copa do Mundo comentado por Paulo Calçade que me deixou arrepiado. A análise tática que ele fez do jogo e como ele conseguiu envolver o telespectador (no caso, eu) durante aquela partida foram coisa de cinema.

Como disse o início do texto, é sacanagem chamar o resto de resto. Mauro César Pereira, Paulo Calçade, Paulo César Vasconcellos, Alex Escobar, Luís Carlos Júnior, Juca Kfouri, José Trajano, Antero Greco e muitos outros são fodas com PH. A turma saca e muito e não é de hoje. O curioso é que a maioria destes são novos, na casa dos 40. Queria eu citar mais alguns nomes aqui, mas o texto ia ficar chato.

Acredito que a prática leva à perfeição. Depois de um certo tempo, fica fácil.

Os profissionais das emissoras ESPN Brasil e Sportv são de grande competência. Eu, particularmente, prefiro os do canal internacional. Nada contra o Sportv. Muitos ali são muito bons, mas o índice da ESPN é quase 100%. Difícil achar alguém ali que não seja único, que não chame a atenção. Os estilos de alguns programas do canal também são diferenciados.

Gostaria, mais uma vez, de enfatizar que muitos outros profissionais são de primeira qualidade e um dos meus sonhos é atingir o lugar que eles possuem hoje.

Mas PVC é realmente diferenciado. Tal opinião não é somente minha, acreditem.

Me reverencio a você PVC. Você é o cara.

Leiam-no aqui. ...read more ⇒
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sexta-feira, 18 de julho de 2008

Ei! CBB...

A seleção de basquete do Brasil está mais uma vez fora das Olimpíadas. A última participação foi em 1996, em Atenas.

A difícil situação do basquete nacional acontece não é de hoje. A falta de investimento e o desinteresse são claríssimos. O que fez com que, aos poucos, a situação fosse sendo minada.

Os principais jogadores, um a um, abandonaram a seleção. Varejão, que atua pelo Cleveland Cavaliers e Nenê, que atua pelo Denver Nuggets, alegaram problemas médicos. O terceiro da lista foi o armador Leandrinho, que defende o Phoenix Suns. Segundo o jogador, uma tendinite no joelho direito o impediu de participar do Pré-Olímpico, que está sendo disputado em Atenas. O jogador já havia sido liberado para realizar exames e se apresentar com atraso.

Após a decisão, que foi comunicada à CBB pelo empresário do atleta, o técnico do Brasil, o espanhol Moncho Monsalve, avisou que com ele, Leandrinho não joga mais. Leandrinho informou que seria necessário fisioterapia intensa e total distância de qualquer atividade física. No entanto, o atleta participou, mesmo que rapidamente, de uma pelada com o companheiro de equipe, Steve Nash e outros astros há poucas semanas.

Na minha opinião (e de muitas outras pessoas), é claro o desinteresse dos principais jogadores da seleção. A falta de investimento e o não cumprimento de promessas são os principais fatores que desmotivam qualquer atleta a defender as cores de seu país. Isso é apenas uma resposta a uma situação que é vivenciada já há algum tempo e agora, chegou a hora de "colocar a boca no trombone", mesmo que indiretamente. Mas os mesmos atletas já haviam denunciado algumas irregularidades e desapontamento com os dirigentes da CBB.

A atual situação é fruto do que foi plantado. Falta de investimento em categorias de base, descomprometimento por parte dos dirigentes, falta de interesse e planejamento dos mesmos acabou culminando na atual situação. São mais de 10 anos sem pisar em um ginásio olímpico. Vocês se lembram qual foi a última vez que a seleção de basquete nacional jogou no Brasil? Eu não.

A maioria das pessoas não sabe quem foram os jogadores que participaram deste último fracasso. Thiago Spliter, Baby, Marcelinho e Alex são nomes desconhecidos pelos compatriotas de Paula, Hortência e Oscar. Vivemos do passado. Nos apegamos a eles pela falta de novos ícones. Pela falta de investimento, interesse, blá, blá, blá.

Gostaria de saber o que a CBB fez nestes últimos anos. Em que investiu, o que planejou...o que será que os dirigentes faziam todos os dias, das 8h às 18h?

Com certeza muito mais poderia ser feito. Os principais conhecedores do assunto, quase que semanalmente, sugerem ou mostram caminhos que podem ou poderiam (é tarde demais?) ser seguidos pelos irresponsáveis, para que um mínimo de mudança acontecesse. Não é tão difícil assim, não é mesmo. É nítida a falta de vontade dos representantes em fazer um pouco mais pelo esporte nacional.

O pior é que tal situação não é exclusiva do basquetebol...

A situação do país é caótica pra todos os lados, não só no esporte.

A minha esperança de um país melhor está no fim e não é de hoje. ...read more ⇒
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quinta-feira, 3 de julho de 2008

1981

O Atlético abriu as portas para os torcedorem e divulgou imagens sobre o fatídico jogo entre Atlético e Flamengo, pela Taça Libertadores da América, em 1981.

Pra ser breve e falar pra quem não sabe, o time mineiro foi roubado e estrangulado.

José Roberto Wright é o nome do responsável pelo caos.

Nunca vi nada assim no futebol.

O Atlético é um dos time que mais foram roubados no futebol nacional (sem querer reclamar da atual situação. O time de hoje é horrível, eu sei...).

Já vi absurdos acontecerem, mas nada comparado com 1981.

Explusões seguidas e inexplicáveis até não poder mais. Tão é que o jogo teve que ser encerrado por falta de participantes.

Se quiser veja o vídeo e comprove.

É coisa de cinema. ...read more ⇒
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terça-feira, 1 de julho de 2008

Lei Seca

Todo mundo só fala nela agora. E com razão.

Agora quem beber qualquer quantidade e for pego dirigindo cai bonito.

E a turma está na cola, fazendo “blitzes” em tudo que é canto. Principalmente, na saída de festas. Melhor ficar esperto.

Mas pra tudo tem um jeito. Pode não ser o ideal, mas é um jeito. Como disse o Bocão, agora é tomar só na regional. Vai e volta a pé, pode ser até cambaleando. À vontade. Ou então, o famoso TX. Sai a turma, pede pra alguém deixar no lugar, pai, mãe, irmão, qualquer um. E voltam todos de táxi. Se o taxista for gente fina, dá pra colocar até 5 cabeças dentro de um veículo branco. Não vai dar mais que 5 reais pra cada, com certeza. A não ser que vocês estejam voltando do New Texas 6. Aí fica puxado.

O fato é que algumas opções devem ser encontradas. Ficar sem beber é complicado. Uma outra alternativa é o tal do revezamento. A cada saída, um fica sem beber, só vendo a moçada encher a lata.

A última opção é ficar só na Coca-Cola e H20. Quem diria...

Melhor não arriscar. Diz que a turma realmente está pegando pesado, fiscalizando aqui e acolá. Na minha opinião, daqui a pouco isso acaba, o número de “blitzes” cai consideravelmente. Pode ser que eu esteja enganado, vai saber.

O que não quero é ficar sem carteira durante um ano, ter que responder por crime ( a partir de certa quantidade, que não é muita, o ato de dirigir se torna crime) e ainda pagar quase mil barões, que vou ter que tirar não sei de onde.

Como no Brasil ninguém respeita nada, essa medida foi adotada. Só na base da rigidez mesmo pra algo funcionar. Agora é ver pra crer. Já fiquei sabendo de camarada que caiu bonito e perdeu a carteira por um ano. Pra dar rolê agora, só arriscando. Ou então com a mamãe. Dureza...

Alerto a todos sobre o risco que existe. Usem a criatividade, gastem um pouco mais para garantir a CNH, vão de bicicleta, carona, táxi, a pé, ônibus. Opções existem pra ficar com a consciência tranqüila. Pode não ser o ideal, mas existem opções.

Pra mim não compensa ficar correndo o risco a todo momento. Uma hora acontece.

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