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sábado, 21 de março de 2009

Bituca & cia

É claro que eu já tinha ouvido falar em Clube da Esquina. Na "música de montanha", composta por gente de alto gabarito, como Toninho Horta, Beto Guedes, Lô Borges e Milton Nascimento.

Mas uma coisa é você ouvir falar. Outra é se aprofundar (por vontade própria ou necessidade) e descobrir o que realmente se passava naquela época, como que tudo aconteceu, como as coisas fluíam meio que por inércia em virtude de talento e união, muita união.

Há poucos meses, estou envolvido em um trabalho feito com colegas de faculdade. Escolhemos o Clube da Esquina como tema para um documentário de rádio. Foi aí que fiquei descobrindo muita coisa interessante, sobre a vida dos caras, a relação de amizade e o começo sem pretensão.

Ao ler o livro "Os sonhos não envelhecem", de Márcio Borges, o contato com os detalhes daquela realidade é ainda maior. Os primeiros ensaios, os encontros, as conversas movidas a batida de limão, os festivais de música, as viagens...

Acabou que me envolvi com o projeto. Não achava ruim ter que correr atrás das fontes, fazer pesquisa, ler, ouvir etc. Pelo contrário, era um prazer, um novo conhecimento que aparecia sobre um assunto que sempre tive vontade de conhecer melhor. Em certos momentos do livro, pude visualizar uma cena ou outra que era contada, como se estivesse acontecendo bem ali na minha frente.

O documentário ficou pronto. Gostei do resultado. Quem sabe a gente não dá sorte e consegue beliscar um prêmio. Mas antes de qualquer prêmio que (eventualmente) apareça, o melhor de tudo foi o interesse que só aumentava quanto mais coisas sabia. Isso foi um tanto inesperado. Pensei que faria um trabalho, como qualquer outro. Mas o rumo tomado acabou sendo outro, melhor ainda. Um lado sensacional da bendita função jornalística. ...read more ⇒
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terça-feira, 10 de março de 2009

Uma ideia leva a outra









Inspiração?




Impressionante como, às vezes, lampejos aparecem. Ainda bem. Uma vez ou outra surgem coisas bastante interessantes.

Mas muitas vezes, eles escapam. Por milímetros, centímetros, décimos, segundos, frações...

Eles estão tão perto mas tão longe ao mesmo tempo. Você tenta alcançá-las e não consegue. Ou não pode mesmo.

A sensação não é boa. Por um detalhe, tudo aquilo que estava logo ali, desaparece. Você começa a correr atrás como louco, mas simplesmente não chega aonde quer.

Mas tudo tem uma lição. Se eu escrevesse ou gravasse logo ali, naquele momento, tudo seria registrado.

Por falar nisso, acho bem diferente essas duas maneiras de registro. Uma coisa é escrever no papel, com a letra surrada, em um guardanapo de bar, para depois ler em casa, com calma. A outra é gravar no MP3 e depois, no trabalho (porque "serviço" é menos aristocrático rs) ouvir sua voz supertosca soltar palavras enroladas, mas de um jeito compreensível.

Na escrita, a forma da sua letra transmite o momento exato e aquela sensação. Se a letra está mais bem feita, você estava em um lugar mais calmo. Se está bagunçada, foi redigida em um local mais agitado, às pressas. Esta é somente uma teoria pessoal. É uma alternativa de registro mais tradicional, que tem seu lugar. E o lugar que ela ocupa pra mim é norme.

No computador, tudo muda. Se você tá puto ou alucinado, a letra vai sair naquela fonte e tamanho. Pode ser que, se você estiver mesmo alucinado, ninguém entenda patavinas.

Voltando às ideias que somem, decidi registrar uma. Em um bar, sozinho. (tá vendo só como já aprendi a registrar as histórias?). Gosto muito de beber sozinho. Tem lugar e hora. E quando ela chega, é muito bom. Tem vez que vou em buteco e não estou afim de dar um pio, ficar na minha. Sei que isso pode ser um saco pra quem está ali. E muito estranho pra quem lê.

Enfim, no bar, resolvi anotar uma ideia que apareceu. Quando escrevi, no papel, "ideia", saquei do chute no saco que haviam dado, com a nova regra ortográfica, em paroxítonas, proparoxítonas, oxítonas, ditongos, hiatos e o caraleo. Finalmente! Achava tudo isso um saco! (é percado jornalista falar isso?)

Esse texto é uma prova de como as lembranças súbitas podem ser resgatadas. Santo inventor da caneta e do papel. Consegui pegá-las com um pensamento através de outro e ligar todos que haviam sido esquecidos há minutos, dentro do ônibus a caminho de casa, escutando Los Hermanos. ...read more ⇒
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domingo, 8 de março de 2009

Magali, é você?

Tomei um baita susto quando andava hoje pela Praça da Liberdade.

Descobri que a Magali, que passeia naquele trenzinho colorido cheio de crianças, era um moreno escuro de bigode e barba, com piercings na boca e orelha.

Ainda bem que não sou criança mais.

Imagina o trauma que eu teria em ver essa cena com poucos anos de idade... ...read more ⇒