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domingo, 20 de setembro de 2009

Dentro de sala...

Segundas e quintas são dias em que tenho aulas de Sociologia das Organizações. A professora, até semestre passado, era uma mulher vistosa, elogiada por muitos pelas competências e qualidades profissionais, didáticas e físicas. A provável personalidade forte foi a responsável pela 'militância' a frente do movimento dos professores, durante o período de desacordo entre os educadores e a faculdade. Pelo menos é o que falam pelos corredores...A professora acabou saindo da instituição.

Em seu lugar entrou um cara, que chegou a lecionar disciplina para o curso de Geografia no UNI-BH. Apesar da aula não ser muito interessante e do cara parecer meio travado e um pouco desconfortável, tem bons momentos. Piadinhas infames sobre religião e sexo ilustram os noventa minutos de relatos sobre Weber, Durkeim e outros grandes pensadores. Pela presença destes caras, acho que seria uma aula interessantíssima e super produtiva se tivesse um outro direcionamento. Fico imaginando como devia ter outra pegada a aula da dita professora; ouvi falar muito bem de seus ensinamentos.

Este professor me lembra um outro de Matemática, que tive no Santo Antônio na quinta série. Júlio chegou a ser apelidado de 'Júlio Coçadinha', tamanho o número de coçadinhas que o cara dava em sala. Um bolão chegou a ser realizado e acabou deixando a aula mais interessante. A galera se divertia. A lembrança fica exatamente por conta da tal coçada, que encontra partes do corpo do professor a cada poucos segundos.

Tenho certeza que muita gente na sala não sabe o nome deste professor até hoje. Mas o cara parece ser boa gente. A aula é que podia ser melhor. O conteúdo tem potencial. ...read more ⇒
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sábado, 12 de setembro de 2009

Rastafari!






Desde que comecei a gostar de reggae há uns oito anos, percebi que um assunto sempre estava ligado ao estilo musical. Em vários dos shows e movimentos em que eu ia ou encartes e artes de discos relacionadas ao tema, a palavra rastafari aparecia. Artistas gritando 'Jaaaaah' pra galera responder 'Raaaastafari' em apresentações eram comuns de se ver.

Hoje sei bem mais do que antigamente, mas ainda é pouco referente a complexidade do assunto. Mas aprendi muitas coisas e a ligação parece ser tão espontânea e natural como com a batida de Marley. Não que eu queira ser um rasta, nunca tive essa pretensão. A palavra rasta simboliza muito mais do que muitos pensam e acho que pode ser resumida em estilo de vida. Um estilo de vida consciente que abre mão de muitas coisas pela causa. Não se pode deixar de dizer que trata-se de uma vida cristã, longe da figura que muitos possam pensar.

Para exemplicar algumas ações, o rasta não deve cortar os pêlos do corpo e não consumir nenhum tipo de alimento em que o sofrimento se fez presente, como carnes, peixes, ovos e laticínios. Restam aí os grãos, arroz, feijão, batata, mandioca...O que puder ser plantado, tá dentro. A ligação com a natureza é extrema e adequada, sem abusos e retirando o necessário para a sobrevivência, como alimentos e remédios. A maconha é somente mais uma das plantas utilizadas pelos praticantes.

Longe da gana e busca pelo dinheiro, acreditam que precisam de muito pouco para viver uma vida digna. O reggae rasta é bastante diferentes dos outros reggaes existentes. A batida roots é quase uma obrigação e as letras a favor de uma revolução com tons de contestação, protesto e igualdade são ideais fixos. A glória nas alturas a Selassie é a maior profecia da crença.

Fica difícil explicar a empatia. Mas é algo que não custa ser respeitado e visto com outros olhos. Muitos falam antes de conhecer, o preconceito em carne e osso.

Com o tempo, fico sabendo de várias coisas. Uma das que mais me atrai são as histórias da Bíblia, sugeridas por bandas como Ponto de Equilíbrio, Leões de Israel, Jah I Ras. Todas roooooots!

Recentemente ganhei uma Bíblia de presente e pretendo ter conhecimento sobre os acontecimentos que rodearam tantas pessoas e lugares como Jó, Davi, Rio Jordão, Monte Sião, própria Babilônia e os tão falados reis, rainhas e profetas. Dizem por aí que todos devem ler o Livro da Vida. Reggae para mim não é modinha, parece que corre no sangue.

Não me vejo como um rasta. Mas ter satisfação por conhecer o estilo de vida e querer ter causa e conhecimento para falar do assunto não me fogem. Uma banda de reggae de BH citou uma vez ser muito sério bandas do gênero escreverem "Queima a Babilônia" e "Jah Rastafari" em suas criações. Concordo 100%. Não é assim da boca da fora que essas expressões devem ser externalizadas. É preciso ter conhecimento e respeito. É muito mais do que gostar de reggae e achar que porque tem uma bandinha com as três cores da unificação atrás do palco que se pode soltar esser blábláblá.

Fica o documentário com a banda Jah I Ras para ilustrar o que estou falando. Há poucos meses, tive a sorte de entrevistá-los. Saca só.









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