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terça-feira, 2 de março de 2010

Eu vou até lá...

Durante a greve dos ônibus na semana passada, retomei um hábito que chegou a ser recorrente no ano de 2009: ir a pé para a faculdade. Bruno Mateus me dava uma breve carona até a esquina de Contorno com Andradas e dali eu ia caminhando até a Lagoinha, escutando a Turma do Bate-Bola como distração.

Confesso que o caminho não é curto, mas com o tempo, me acostumei. Mas tudo tem um preço. Após quatro ou cinco dias indo a pé, caminhando por volta de uns quatro ou cinco quilômetros, o cansaço bate e parece que quando vem, vem tudo de uma vez. Na sexta, já estava louco por lençóis. Acho que não compensava os R$ 2,30 por dia economizados. Ou compensa?

Existem os dois lados. O do cansaço e o lado de ir a pé, não pagar nada, não pegar trânsito, não ter ninguém no ônibus escutando axé e funk no celular e fazendo de você um ouvinte obrigatório daquele batidão, ao lado de mais não sei quantas pessoas, que não se decidem estar mais loucas por chegar em casa ou esfolar a cara de um cretino desse no pirulito da Praça Sete. A vontade que tenho é de levar um fone e quando ver o primeiro sem-vergonha com o celular em mãos, não dizer nada, apenas entregar a ele o bendito fone.

Pode escutar o que você quiser amigão, o quão alto você quiser, mas obrigar os outros, no final do expediente a escutar o que você gosta (e lamentar por não conhecer ou apreciar tanta coisa boa que tem por aí) é demais. Chega a ser falta de respeito.

Acordo pensando uma coisa e horas depois, o pensamento já muda. Acordo sempre pensando 'não vou a pé pra faculdade hoje neeeem'. Mas após o meio-dia, a disposição muda e já começo a considerar a possibilidade e ver o lado bom da coisa. Pode ser que compense mesmo. Acabo que decido em cima da hora. Fato é que chego na faculdade às 19h, de ônibus ou a pé. De carro, sempre rola um pequeno atraso.

Dia desses percebi que posso muito bem ir de bicicleta, mas a disposição, neste caso, já é outra. Enquanto isso, vou decidindo entre uma e outra opção. ...read more ⇒