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quinta-feira, 31 de março de 2011

Vai com Deus, Zé


O Brasil perde de um dos seus vice-presidentes mais carismáticos de sua história. José Alencar foi um exemplo, desde sua infância, em Muriaé e Caratinga, até os últimos dias de sua vida, lutando contra o câncer. Em entrevistas, já havia dito que era 'boi bravo', se referindo à sua coragem e ousadia, lembrando também os tempos de menino de cidade do interior, que tinha o animal presente em seu dia-a-dia.

Exemplo para a família, para os políticos, para empreendedores, para todo o povo brasileiro. José Alencar sempre deixou uma impressão de um homem humano, justo e guerreiro. Carismático, nunca deixou sua simplicidade de lado, mesmo ocupando importantes cargos durante sua vida política e empresarial. Para quem não sabe, foi responsável pela contrução de um verdadeiro império no ramo têxtil em Minas Gerais. Iniciou seus próprios negócios com 18 anos.


Pessoas que tiveram o privilégio de conviver com ele, afirmaram que José Alencar era uma pessoa atenciosa, disposta a ajudar quando fosse necessário. Em algumas matérias que vi, ontem, em sua homenagem, um velho amigo de infância relatou que José Alencar fazia questão de ser chamado de ‘Zé’, assim como acontecia na sua época de garoto. Não era pelo posto que ocupava que sua relação com um conhecido de muitos anos deveria sofrer alguma alteração.

No meio político, tão difícil de ser e ver uma unanimidade, ele se destacou. Se manteve distante de escândalos, falcatruas e atividades ilegais. Nunca precisou chamar atenção, teve poucos inimigos. Quando apareceu, foi pelo mérito, pelo cuidado, pela competência.


Como patrão, mostrou preocupação com os empregados, que sempre receberam o devido valor pelo trabalho e pelo suor. Nunca fez questão de ser mais do que os outros, de receber mais ou ser considerado como um superior. Um tratamento que faz muita diferença.


Ainda no leito de morte, pediu ao filho cuidado especial com os funcionários de muitos anos de empresa, citando um por um. Solicitou atenção com alguns que enfrentavam dificuldades na família. Sabia cuidar de cada um e lembrar de todos que tinha igual importância.

José Alencar deixa um buraco na vida política brasileira. Vai com Deus, Zé.



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terça-feira, 22 de março de 2011

No olho do furacão

Quem é jornalista, já deve ter passado pela experiência de estar presente quando uma redação 'pega fogo'. Longe de qualquer prejuízo que um incêndio pode causar e perto do olho do furacão, a sensação é de estar vivo e participar de um momento que não acontece toda hora.

O exemplo é bastante válido para tantas outras profissões. Talvez podemos comparar a um estádio cheio, todo aquele fervor misturado com stress, responsabilidade e o dever de fazer o melhor. Fazer o que gosta faz a diferença.

Momentos de calmaria são comuns, principalmente nos veículos de menor porte. Nos de mais destaque, esses instantes de estar fazendo várias coisas ao mesmo tempo e pensando em tantas outras podem ser rotineiras.

Assim como você, quando uma redação 'pega fogo' pra valer, a maioria estão tão ou mais atarefada que você. As responsabilidades podem ser maiores e as frustrações e conquistas, as mais distintas, que podem aparecer a qualquer momento.

O stress está logo ali, pronto para devorar e fazer parte da rotina. Aliar profissionalismo e excesso de trabalho com a vida social pode não ser fácil. Aos que conseguem levar 'numa boa', saudações. À todos, o cuidado com a saúde é essencial.

Observar esta experiência é único. Acontece quando menos esperamos. É o momento onde se consegue fazer, momentaneamente, um estudo de comportamento que pode durar segundos e ser lembrado por anos. Não precisa ser um 'morcego' para ter este privilégio.

Não recomendo tentar fazer essa análise de repente. Ela simplesmente acontece. Você saberá. Quem viver, verá. ...read more ⇒