Mais uma vez venho a publicar em meu blog um texto sobre violência. É chato, é repetitivo, mas julgo necessário. Um tema atual, presente e sem soluções. Dia 11/03/07, entrei no site www.globo.com e vi em sua página inicial algumas chamadas básicas:
* Morre jovem baleada na sexta-feira
* Criança é jogada pra fora de carro em roubo (pelo menos essa não arrastaram...)
É desanimador e inacreditável ver tais coisas. Todos os dias temos chamadas, matérias, textos e mais textos falando sobre roubos, sequestros, assassinatos, balas perdidas e muitas, muitas outras situações parecidas. Fico imaginando o que deve pensar um estrangeiro qualquer, oriundo de Europas, Orientes e Américas do Norte ao ver um site como esse. Logo na primeira página o cara já vê uma pancada de notícias catastróficas, falando de morte, de tiroteio, de injustiça, maus tratos...que vergonha !!! O cara não deve nem acreditar que pode acontecer tanta coisa ruím num país só.
Tenho um amigo que está no Canadá com a namorada. Dia desses, resolveram mostrar para um casal de gringos, amigo deles, o nosso querido "Cidade de Deus". O filme é muito massa, super produção, muito bem escrito e tudo mais. Mas os gringos não acreditaram quando viram o filme, aquelas cenas todas, tiros, assaltos, menores armados vendendo drogas, etc, etc, etc. Tiveram que perguntar pro casal de brazucas se aquilo realmente acontecia por aqui. Para eles, era completa ficção. Toda essa situação já é normal pra gente, já estamos acostumados. Mas para os gringos... os caras custaram a acreditar que aquela "putaria" toda acontecia assim, a céu aberto, sem uma polícia eficiente que pudesse bater de frente, sem alguém pra impedir ou fazer algo para minimizar tal situação. Imagina se eles soubessem que aqui, a polícia é o ladrão, e o ladrão é a polícia. Ai ai. Eles não entenderiam nunca. E estão mais que certos. Nunca vai entrar na cabeça de pessoas que moram em um país de primeiro mundo, como Canadá, Suíça, etc, onde tudo, eu disso tudo funciona, que essa pilantragem toda possa realmente existir. Na Suíça, por exemplo, todo o serviço de saúde, educação, funciona perfeitamente, com as melhores condições, e gratuito para qualquer cidadão. O governo dá todo o suporte para você ter o mínimo de condição. Quem não estuda, quem não tem instrução ou condições, consegue um emprego digno, de caixa, balconista, limpador de monitor, (qualquer coisa!) com um salário razoável, que dá pra segurar a onda tranquilo no mês, numa boa. Dá pra comprar sua comida, sair com a namorada,e juntando uma grana, até comprar um carro. Só não trabalha quem não quer, ou melhor, quem é vagabundo mesmo ! É realmente outro mundo. Não dá nem pra comparar. Só indo para um país desses pra ver de perto a diferença, como as pessoas são tratadas, como as leis realmente funcionam. Quer fumar, quer cheirar? Fuma, cheira ! Lá, existem os lugares específicos e autorizados para o consumo de drogas, tudo licenciado, bonitinho. Agora vai beber uma cerveja na rua pra você ver o que acontece. É cana na certa !!! Não é igual aqui que você tem que limpar o cocozinho do seu cachorro na rua, ao passo em que os enormes cavalos da nossa querida polícia defecam em quantidades e cheiros absurdamente superiores, deixando para o primeiro trouxa, a oportunidade de pisar em uma dessas montanhas e chegar no trabalho um pouco mais p da vida. Se a gente tem que limpar o que o nosso cachorro faz, os "moços de bege" também deveriam limpar o que os seus respectivos animam produzem e deixam a céu aberto. Porra !! Brincadeira!
Só pra finalizar, uma frase minha que gerou polêmica em certa mesa de bar dia desses pra trás:
"Tenho mais esperanças da guerra no Oriente Médio acabar do que o Brasil se transformar num país de primeira"
Reflitamos...
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Só vendo pra crer
De uns tempos pra cá, resolvi ser mais seletivo em relação aos filmes que assisto. Na verdade, é raríssimo eu ver algum filme na TV. Simplesmente não tenho paciência. Pegar filme no meio, tentar entender tudo que já aconteceu... Muita gente vai dizer: "Pegue o guia de TV e verifique o horário em que começa." Mas realmente não tenho paciência. Quanto mais em casa. E também pelo fato de na TV não ter tantos filmes como os que ultimamente, tenho optado por assistir.
Existem filmes que me chamam muito a atenção e faço questão de pagar (barato!) para vê-los. Filmes com histórias simples, como "Lunes al sol", um filme de produção super barata, que conta o dia-a-dia de cinco amigos, que moram em uma cidade portuária da Espanha. A história mostra o cotidiano de cada um deles, em suas casas, o relacionamento com suas famílias e entre si, é claro. Filmes como esses dão de dez a zero em qualquer super produção americana. Pelo menos na minha opinião...
Após assistir filmes como esse, costumo sair do cinema leve, solto, livre...e não tenso, com a impressão de ainda estar preso na cadeira, após ver litros de sangue, 43894 mortes e tiros e muito, muito barulho. Credo!
Dou a dica para quem se interessar: um dos melhores lugares para assistir a filmes de qualidade e diferenciados é o Cine Humberto Mauro, com um preço de chamar a atenção e filmes que fazem qualquer um sair da sala com vontade de retornar.Às segundas, ocorre exibição do Cine Curta Circuito, curtas com produções super baratas e idéias interessantes, e "de grátis". Não custa nada ver. Nada mesmo. Ultimamente, o Palácio disponibilizou a Mostra "Passou Batido", com filmes bem interessantes, a um preço ridículo, se comparado com os Cinemarks da vida. Foram 6 filmes nesse mostra, divididos em duas partes. Vi todos. O que mais me chamou atenção foi "Familia Rodante", uma produção argentina, contando a história de uma família (adivinhem o nome?), que viaja 1000km, dentro de um trailer super apertado, rumo à Missiones, para o casamento de uma das parentes. A história é essa. E só. Após "Familia Rodante" (vi duas vezes, uma só pra acompanhar meu amigo Toddy...ele tinha q ver essa pérola!), saí pela Afonso com uma vontade enorme de morar um, dois, três anos na capital latina mais européia que existe. Uma vontade de ter o castelhano fluente, falar todas aquelas gírias, estar presente no dia-a-dia daquela cultura que está tão perto, mas é tão diferente da nossa. Não que eu não goste da nossa cultura, pelo contrário. Adoro. Mas o filme realmente me fez sentir um êxtase, uma vontade de ser argentino, sei lá. Coisa de louco mesmo, coisas que só algumas produções podem fazer, ao contrário de tantas outras, que nada acrescentam. São histórias simples, mas que trazem um retorno sem preço.
Atualmente, a bola da vez são quatro filmes do diretor alemão Wim Wenders, um dos nomes mais consagrados do cinema mundial. Até agora vi apenas dois dos quatro filmes disponibilizados. A impressão que tive , por enquanto, é de uma relação muito intensa de Wenders com a cultura japonesa, especialmente pela cidade de Tóquio. Realmente vale a pena e não custa nada. Quer dizer, custa sim, R$2,50, mas fala sério. O valor é ridículo e o custo-benefício, altíssimo.
Quem puder ir, vá. E depois me conte. ...read more ⇒
Existem filmes que me chamam muito a atenção e faço questão de pagar (barato!) para vê-los. Filmes com histórias simples, como "Lunes al sol", um filme de produção super barata, que conta o dia-a-dia de cinco amigos, que moram em uma cidade portuária da Espanha. A história mostra o cotidiano de cada um deles, em suas casas, o relacionamento com suas famílias e entre si, é claro. Filmes como esses dão de dez a zero em qualquer super produção americana. Pelo menos na minha opinião...
Após assistir filmes como esse, costumo sair do cinema leve, solto, livre...e não tenso, com a impressão de ainda estar preso na cadeira, após ver litros de sangue, 43894 mortes e tiros e muito, muito barulho. Credo!
Dou a dica para quem se interessar: um dos melhores lugares para assistir a filmes de qualidade e diferenciados é o Cine Humberto Mauro, com um preço de chamar a atenção e filmes que fazem qualquer um sair da sala com vontade de retornar.Às segundas, ocorre exibição do Cine Curta Circuito, curtas com produções super baratas e idéias interessantes, e "de grátis". Não custa nada ver. Nada mesmo. Ultimamente, o Palácio disponibilizou a Mostra "Passou Batido", com filmes bem interessantes, a um preço ridículo, se comparado com os Cinemarks da vida. Foram 6 filmes nesse mostra, divididos em duas partes. Vi todos. O que mais me chamou atenção foi "Familia Rodante", uma produção argentina, contando a história de uma família (adivinhem o nome?), que viaja 1000km, dentro de um trailer super apertado, rumo à Missiones, para o casamento de uma das parentes. A história é essa. E só. Após "Familia Rodante" (vi duas vezes, uma só pra acompanhar meu amigo Toddy...ele tinha q ver essa pérola!), saí pela Afonso com uma vontade enorme de morar um, dois, três anos na capital latina mais européia que existe. Uma vontade de ter o castelhano fluente, falar todas aquelas gírias, estar presente no dia-a-dia daquela cultura que está tão perto, mas é tão diferente da nossa. Não que eu não goste da nossa cultura, pelo contrário. Adoro. Mas o filme realmente me fez sentir um êxtase, uma vontade de ser argentino, sei lá. Coisa de louco mesmo, coisas que só algumas produções podem fazer, ao contrário de tantas outras, que nada acrescentam. São histórias simples, mas que trazem um retorno sem preço.
Atualmente, a bola da vez são quatro filmes do diretor alemão Wim Wenders, um dos nomes mais consagrados do cinema mundial. Até agora vi apenas dois dos quatro filmes disponibilizados. A impressão que tive , por enquanto, é de uma relação muito intensa de Wenders com a cultura japonesa, especialmente pela cidade de Tóquio. Realmente vale a pena e não custa nada. Quer dizer, custa sim, R$2,50, mas fala sério. O valor é ridículo e o custo-benefício, altíssimo.
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