Sou contra as torcidas organizadas no Brasil. Ultimamente, tudo que elas tem feito é cantar músicas de guerra e violência e tentar, de alguma forma, conseguir algum poder dentro dos clubes. Muitas, até hoje, realizam reuniões com presidentes de clubes para dar seus pitacos, além de receberem ingressos para as partidas do time, dentro e fora de casa. Não sei como dirigentes ainda permitem tal façanha.
Lugar de torcida é na arquibacana. Não sei quando que o jogo começou a virar e os integrantes começaram a ganhar espaço dentro dos clubes. A torcida do Atlético Mineiro ficou P da vida quando Ziza Valadares determinou que nenhum ingresso seria destinado à essas gangues, disfarçadas de organizações em prol do clube. O que acontece, na maioria dos casos, é que o clube não é a prioridade destas agremiações. Elas buscam, através dos clubes e jogos, obterem poder e notoriedade.
Seus integrantes costumam ser bandidos disfarçados de torcedores, que vão aos estádios para roubar, badernar, fazer quebra-quebra e provocar o maior número de alvoroços possíveis. Eles não vão aos estádios para apoiar o time, para entoar cânticos que falam do amor pelo clube, da paixão em vestir um manto sagrado desta ou daquela cor ou para aplaudir este ou aquele jogador. As músicas só enfatizam a torcida específica e seguidamente falam de brigas contra a torcida rival, onde "bota pra correr" e "dar porrada" são termos comuns.
Ultimamente, a torcida do Cruzeiro tem se manifestado com músicas que falam do futebol, da importância da torcida no campo para apoiar o time, do amor incondicional às cores do clube e da tradição da equipe. Acredito que tais ações são um baita combustível para que mais torcedores vão aos estádios. Uma outra boa jogada do time azul foi a campanha de marketing em vários meios de comunicação, mostrando a importância da torcida ir ao estádio para apoiar o time. Vaias somente no final do jogo, por favor.
É completamente diferente você cantar uma música que apoia o clube do que uma outra que incentiva a violência e prega o "poder" de uma torcida, que se acha a tal, somente pelo número de integrantes associados. Quantidade não é qualidade.
No jogo entre Atlético e Botafogo, um princípio de confusão se deu, quando torcedores comuns perceberam que a maior torcida do time da casa estava lado a lado com integrantes da torcida do clube carioca. Xingamentos foram lançados contra a torcida principal. A Força Jovem do Botafogo se manifestou, se unindo à torcida do Atlético, bem no meio da arquibancada, durante o intervalo. Houve um breve corre-corre, mas nada demais acabou acontecendo.
Há tempos atrás, esse tipo de coisa não existia. Todos chegavam aos estádios juntos e não existia estes grupos dentro de uma torcida, cada um com objetivos diferentes e particulares. Hoje em dia, se um camarada é visto com a camisa do rival nas ruas, é caçado como se fosse um pedaço de carne. De que adianta isso eu ainda não sei.
O cara tem o direito de torcer para o time que quiser, do mesmo jeito que eu ou você tem. Não é porque a figura torce pro time X ou Y que me dá o motivo de encher o cara de porrada com inúmeros parceiros de torcida ou atirar nele até a morte, como se tivesse estuprado um menor de idade da própria família.
Gostaria muito de ver, em breve, uma torcida única nos estádios, se manifestando em prol da equipe, única e exclusivamente. Nada de faixas de torcidas assim ou assado, deste ou daquele lugar. Somente as cores da equipe da casa e todos empurrando o time com músicas que possam realmente incentivar os jogadores a darem o seu melhor e não a fazê-los pensar que podem ser alvo de ataques quando saírem na rua no dia seguinte.
Aquele esquema de cadastro de torcedores é uma boa opção. Só entra quem tiver a ficha limpa.
E todo mundo de carteirinha de identificação na mão. Tenho certeza que os baderneiros vão começar a desaparecer, um por um. Outra alternativa seria colocar o ingresso lá emcima. Nesse caso, só a elite se apresentaria. Não gosto muito desta opção. Futebol é para todos.
A Copa do Mundo vem aí. Melhor a organização começar...
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Jackass do Brasil
Gosto muito do Programa Pânico. Acho que os caras tem umas sacadas muito legais pra algumas coisas. Pra outras nem tanto. Mas no geral, eu gosto e me divirto.
Mas tem um quadro que eu não consigo entender. É o "Dicas com Marcos Chiesa". Nele, Bola permite que o produtor do programa (ou sei lá de quem se trata) o utilize para diversas sacanagens, como colocá-lo de cabeça pra baixo dentro de um caminhão-frigorífico e ficar fazendo zigue-zague durante alguns minutos, além de tantas outras coisas que devem causar dor, muita dor. Um outro bom exemplo é jogar pimenta na bunda do cara (veja vídeo abaixo).
Fico me perguntando como a figura autoriza os caras a fazerem tais atrocidades. Nem por muita grana eu deixaria. E são coisas muitas vezes humilhates, depravantes mesmo.
Acho o quadro desnecessário e muito sem graça. Muitas vezes mudo de canal por achar o quadro fraco e também por não suportar ver aquilo tudo. É uma espécie de Jackass brasileiro, porém muito pior em termos de atuação e produção.
Saca aí
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Mas tem um quadro que eu não consigo entender. É o "Dicas com Marcos Chiesa". Nele, Bola permite que o produtor do programa (ou sei lá de quem se trata) o utilize para diversas sacanagens, como colocá-lo de cabeça pra baixo dentro de um caminhão-frigorífico e ficar fazendo zigue-zague durante alguns minutos, além de tantas outras coisas que devem causar dor, muita dor. Um outro bom exemplo é jogar pimenta na bunda do cara (veja vídeo abaixo).
Fico me perguntando como a figura autoriza os caras a fazerem tais atrocidades. Nem por muita grana eu deixaria. E são coisas muitas vezes humilhates, depravantes mesmo.
Acho o quadro desnecessário e muito sem graça. Muitas vezes mudo de canal por achar o quadro fraco e também por não suportar ver aquilo tudo. É uma espécie de Jackass brasileiro, porém muito pior em termos de atuação e produção.
Saca aí
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He´s gone!
Só ontem caiu a minha ficha do que representa a morte de Michael Jackson. Me dei conta só quando vi o caixão banhado a ouro naquele estádio lotado, cheio de gente prestando homenagens, dentro e fora dele.
A morte do astro do pop pode ser comparada a ida de tantos outros ícones, como Bob Marley, John Lennon, Hendrix e por aí vai. Sorte nossa estar presente para acompanhar um evento tão grandioso.
Eu nem era fã de Michael Jackson. Não comprei nenhum disco nem baixei suas músicas para ouvir no meu MP3. Achei um baita vacilo ele ter mudado a cor da pele e se envolver num monte de viagem errada, tipo "comer" criancinhas e ameaçar jogar um bebê de poucos meses pela janela com a galera toda lá embaixo, sacando tudo.
Mas ele era o cara. Ele revolucionou a indústria da música e influenciou milhões de pessoas no mundo todo. Não há como não sentir a morte de um cara desses. Ele foi um dos primeiros a criar o videoclipe, depois bastante utilizado por tantos outros artistas. Imortalizou passos memoráveis como o moonwalk. Quando alguém fizer esse passo, vai lembrar do cara na hora. E é inegável que ele dançava muito. Parecia uma bichona, mas dançava muito.
A homenagem de ontem foi emocionante, ainda mais quando a filha dele resolveu dizer algumas palavras, já no final do evento.
Daqui há 50 anos, o cara ainda vai ser lembrado como uma referência da música pop. Michael se foi cedo, muito cedo. Ainda mais agora que ele retornaria aos palcos com toda a disposição de quem sabe (muito bem) levantar multidões.
Mas ontem a multidão não se levantou. Os sortudos que conseguiram os ingressos apenas ouviram e observaram as seguidas homenagens de familiares e amigos, enquanto fotos da carreira do cara eram passadas em um telão.
Até quem não era fã dele, gostaria de estar presente nesse momento histórico. Pelo menos para dizer: "eu fui". Eu não fui, mas vi. E pude sentir, pelo menos um pouco, a emoção de quem estava lá. Evento como esse não acontece todo dia.
Mais um ícone que se vai e que nunca será esquecido. Vai com Deus, meu filho. E por favor, deixe os pequenos anjos em paz. ...read more ⇒
Em breve, pertinho de você!
Ontem descia as escadas do prédio do amigo Breno, como de costume. Mas assim que comecei a pisar nos primeiros degraus, vi, pela janela, algo impressionante. Uma construção enorme a todo vapor. Aquilo não estava ali na semana anterior.
O que mais me chamou a atenção foi o estágio que a obra se encontrava. Já tinham construído paredes com uma altura razoável e um tanto de outras coisas já se mostrava bem encaminhada.
Parei na janela e fiquei ali observando aquele tanto de gente trabalhando. Muita coisa acontecia ao mesmo tempo, em todas as partes e andares da obra. Era o mestre conversando com um, o pedreiro jogando massa na parede, o ajudante misturando água e cimento, um outro logo ali fumando um cigarro no seu descanso e outros aproveitando a melhor parte do dia, o almoço. Tudo debaixo de um sol daqueles. Deviam ter ali, umas 100 pessoas.
Outra coisa que me chamou a atenção foi o grande número de mulheres usando capacetes. Nunca vi tantas mulheres trabalhando juntas em uma construção. Mais uma prova de que as mulheres estão exercendo funções que antes eram atribuídas única e exclusivamente aos homens.
Só depois de conversar com o Breno, é que descobri no que vai se tornar a construção, que fica na Rua Jacuí esquina de Pouso Alegre. Uma igreja será levantada em poucos meses. Pelo dinheiro que deve estar sendo injetado no local, o prazo deve superar as expectativas. O barulho da construção será substituído pelos cânticos e preces dos moradores do tradicional bairro da Floresta.
Minha aposta é que, pela grana que deve estar rolando por ali, mais uma igreja evangélica será construída. Posso me enganar, mas quando ela ficar pronta, os vizinhos ficarão com saudades do som das britadeiras, tratores e bate-estacas na cabeça. ...read more ⇒
O que mais me chamou a atenção foi o estágio que a obra se encontrava. Já tinham construído paredes com uma altura razoável e um tanto de outras coisas já se mostrava bem encaminhada.
Parei na janela e fiquei ali observando aquele tanto de gente trabalhando. Muita coisa acontecia ao mesmo tempo, em todas as partes e andares da obra. Era o mestre conversando com um, o pedreiro jogando massa na parede, o ajudante misturando água e cimento, um outro logo ali fumando um cigarro no seu descanso e outros aproveitando a melhor parte do dia, o almoço. Tudo debaixo de um sol daqueles. Deviam ter ali, umas 100 pessoas.
Outra coisa que me chamou a atenção foi o grande número de mulheres usando capacetes. Nunca vi tantas mulheres trabalhando juntas em uma construção. Mais uma prova de que as mulheres estão exercendo funções que antes eram atribuídas única e exclusivamente aos homens.
Só depois de conversar com o Breno, é que descobri no que vai se tornar a construção, que fica na Rua Jacuí esquina de Pouso Alegre. Uma igreja será levantada em poucos meses. Pelo dinheiro que deve estar sendo injetado no local, o prazo deve superar as expectativas. O barulho da construção será substituído pelos cânticos e preces dos moradores do tradicional bairro da Floresta.
Minha aposta é que, pela grana que deve estar rolando por ali, mais uma igreja evangélica será construída. Posso me enganar, mas quando ela ficar pronta, os vizinhos ficarão com saudades do som das britadeiras, tratores e bate-estacas na cabeça. ...read more ⇒
Toca Rauuuuuuuuuuuuul "
A profissão de jornalista nos dá algumas oportunidades únicas e inesquecíveis. Ontem fui à casa de Raul, figura emblemática da capital mineira, por andar por todos os cantos com sua bicicleta superantiga, recheada de bonecas, correntes e afins, sempre acompanhado de perto pela Pretinha, sua cachorra. Mas quando perguntei o nome da cadela, pela primeira vez, ele me disse que ela se chamava Daiana. A outra cadela que fica por lá chama-se Madona. Fico pensando se ele tem uma adoração especial por celebridades inglesas.
Raul foi candidato à vereador nas últimas eleições de BH e perdeu, por pouco. Haha. O cara é uma verdadeira figura e somente indo na casa dele para acreditar na situação do seu humilde (mas feliz) casebre. São uns quatro ou cinco andares e quanto mais você sobe, maior a vertigem e menor o espaço. Mas com toda a edução do mundo, ele nos recepcionou superbem, ofereceu cerveja e baseado. Calma aí né Raul...
Em alguns andares, ele guarda em quartos, um tanto empoeirados, violões, bonecas, bicicletas e discos do seu maior ídolo Raul Seixas. Conseguimos achar uma raridade: o vinil do álbum "A Pedra do Gênesis". "Se eu pudesse, ia visitá-lo todo dia. Não gosto nem de lembrar do dia em que ele se foi", entrega o quase vereador, que deve se candidatar novamente nas próximas eleições. Ele ainda garante que Raul não morreu e que seu espírito anda vagando por aí até os dias de hoje. Pelo menos ele teve a chance de ver seu maior ídolo em ação, em um show em BH.
Raul toca (supermal) as músicas de seu xará e é assim que ele ganha a vida. Ele pega um violão meia-boca, com poucas ou uma corda somente e começa a cantar músicas do eterno baiano. Sua voz desafinada dá um toque especial às canções, sempre acompanhadas por uma buzina, dessas de bicicleta. Quem vê, morre de rir. Ainda mais pelo fato do cara tocar com toda a seriedade do mundo. Mas ele admite que não toca coisa nenhuma e que não saca nada de viola.
À medida que eu e Bruno Mateus íamos subindo, meu medo de altura ia só aumentando. Quando chegamos no último andar, ele fez questão de improvisar dois assentos para, durante um curto tempo, "relaxarmos" e escutarmos uma parte de um vídeo ou fita que ele gravou. Antes que meu ouvido começasse a doer, fomos embora. Mas ele gostou muito da nossa visita e eu também. Quando que eu teria uma oportunidade dessas, de conhecer uma figura superfamosa de BH e sua realidade, sua casa, seu modo de viver e ganhar a vida? Praticamente nunca.
Só quero ver quem vai ser o corajoso que vai lá no barraco de Raul para captar alguns registros fotógraficos. Minha aposta é em Bruno Senna. Se der Hauck...bom...melhor nem prometer nada. Mas dá Senna na cabeça. ...read more ⇒
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