É claro que eu já tinha ouvido falar em Clube da Esquina. Na "música de montanha", composta por gente de alto gabarito, como Toninho Horta, Beto Guedes, Lô Borges e Milton Nascimento.
Mas uma coisa é você ouvir falar. Outra é se aprofundar (por vontade própria ou necessidade) e descobrir o que realmente se passava naquela época, como que tudo aconteceu, como as coisas fluíam meio que por inércia em virtude de talento e união, muita união.
Há poucos meses, estou envolvido em um trabalho feito com colegas de faculdade. Escolhemos o Clube da Esquina como tema para um documentário de rádio. Foi aí que fiquei descobrindo muita coisa interessante, sobre a vida dos caras, a relação de amizade e o começo sem pretensão.
Ao ler o livro "Os sonhos não envelhecem", de Márcio Borges, o contato com os detalhes daquela realidade é ainda maior. Os primeiros ensaios, os encontros, as conversas movidas a batida de limão, os festivais de música, as viagens...
Acabou que me envolvi com o projeto. Não achava ruim ter que correr atrás das fontes, fazer pesquisa, ler, ouvir etc. Pelo contrário, era um prazer, um novo conhecimento que aparecia sobre um assunto que sempre tive vontade de conhecer melhor. Em certos momentos do livro, pude visualizar uma cena ou outra que era contada, como se estivesse acontecendo bem ali na minha frente.
O documentário ficou pronto. Gostei do resultado. Quem sabe a gente não dá sorte e consegue beliscar um prêmio. Mas antes de qualquer prêmio que (eventualmente) apareça, o melhor de tudo foi o interesse que só aumentava quanto mais coisas sabia. Isso foi um tanto inesperado. Pensei que faria um trabalho, como qualquer outro. Mas o rumo tomado acabou sendo outro, melhor ainda. Um lado sensacional da bendita função jornalística.
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sábado, 21 de março de 2009
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2 comentários:
Quero ver esse tal documentário, ora!
Eu tb quero 'OUVIR'...rsrs
Eu acho incrível quando a gente "vicia" em absorver conhecimento! rs
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