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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Tardias novidades

Os integrantes do Jogada de Classe



É vero que a novidade não é mais tão nova assim. Mas é recente, então vale.

Não trabalho na Ragga mais. Recebi uma proposta da TV Horizonte e decidir encarar novas desafios. Clichêzona essa frase, mas define bem. Estou trabalhando como um assistente de produção do programa Jogada de Classe, da TV Horizonte. Orlando Augusto, Ramon Salgado e Paulo Azeredo formam a mesa. A produção-reportagem fica por conta de Marcelo Behler. Estou lá desde 19 último.

Sempre fui apaixonado por futebol, desde moleque. Desde quando eu e meu irmão íamos, com 6 e 8 anos de idade pro Minas, às 8h de um (um não, vários) sábado (s), para jogar gol-a-gol até o pessoal chegar lá pelas 11h e formar dois times. Desde a época em que fui no Mineirão, pela primeira vez, e vi goleiro Milagres fazer uma de suas façanhas. Entendi o nome na hora. Desde sempre sou apaixonado por futebol. Sei que no meio do futebol tem muita coisa podre. Parece que chegou a hora de ver a coisa mais de perto.

Achei que era o momento de atuar em uma área que gosto e tenho conhecimento. A oportunidade apareceu, não podia deixar passar. Algo me cutucava e falava: 'velho, vai nessa'. E fui. Quer dizer, estou indo. E tá bom demais. A tendência é melhorar. O pessoal é super profissional e o ambiente também é outro. Muito bom, mas outro. Acho que nenhum ambiente é como o da Ragga.

Dei o meu melhor nesses dois anos e não arrependo de nada que fiz. Tudo que aconteceu só ajudou. A Ragga foi nota 11. Foram dois anos de muito aprendizado, em um ambiente de trabalho diferenciado, com pessoas diferenciadas. Dali vou levar coisas e pessoas para o resto da vida. Lembro que uma das primeiras coisas que pensei quando tive a oportunidade de ir para a Ragga foi: 'deve ser uma experiência riquíssima'. E foi. Rica e valiosa, daquelas que não têm preço.

Tinha a sorte de trabalhar a 186 metros de casa. Qualidade de vida na alta.

Vou sentir falta de tudo, mas acho que não perdi nada. Pelo contrário. Só ganhei.

Abraços e saudades. ...read more ⇒
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domingo, 4 de abril de 2010

Volta Gaby!

Por mais bobo que possa parecer, se comparada com outras situações, ninguém merece o sentimento de perder o animal de estimação.

Não saber onde está o bendito ser, o que aconteceu, se ele se perdeu, se o levaram, se o roubaram, se está bem ou mal, é uma angústia a cada olhar para a entrada da casa, a cada pisada no seu brinquedo, a cada latido de um cachorro vizinho.

O que machuca ainda mais é a dúvida que pairou minutos antes da saída, sem saber exatamente, se deveria levar ou não o cãozinho, que sempre parece assustado, mas nunca fez mal a uma formiga.

Nas primeiras horas, foi tudo tranquilo. Sempre ali presente, rodeando, torcendo pra algum pedacinho de alimento cair da bancada para seu deleite. Sempre que dava uma breve escapada, era para algum lugar próximo e mesmo assim, era acompanhado pelo olhar da dona.

Inevitavelmente, uma hora relaxou-se demais. Onde se estava, não se podia esperar outra coisa. Decidiu-se procurar, mesmo no escuro. Um burbulhão de sentimentos, pensamentos e hipóteses começava a se formar em cada um do que estava presente. Era apenas o começo.

Quem sabe no outro dia, pela manhã, com a visibilidade mais favorável. Chamados, gritos, assobios, tudo foi tentado. Buscas incessantes e constantes, a pé e de carro, foram feitas por todos, a quem agradeço a cada passo e quilômetro rodado. Mesmo quem não tem um cão pode imaginar como é. Uma convivência de oito anos era o pano de fundo para a tristeza que tomava conta. E a danada aumentava, a cada hora que se passava. Não ficaríamos ali para sempre.

Ela podia muito bem ter adorado o lugar e imaginado que ali era seu lugar em definitivo. Pode ter se perdido e passado fome, frio e sede. Pode um monte de coisa. Mas ninguém sabe de nada, exatamente.

Um chamado no celular levantou falsas esperanças. Um poodle também fora encontrado. Foi levado até a casa para a devida identificação. Peludo demais. Não era ela.

Um dos que estava na casa jurou que a viu na noite posterior, correndo com outros dois cães. Tentou-se correr atrás, em vão. A mesma figura jurou que a sumida apareceu na varanda de casa na manhã do último dia. Estes dois fatos deram uma esperança sem noção para quem vivia a angústia do desaparecimento.

Conversas com vizinhos, conhecidos, estranhos e funcionários tentavam espalhar ainda mais a notícia. O boca a boca numa era dessa tem um grande valor.

Até que chegou o momento de ir embora. Tínhamos, mas não queríamos. Como colocar as coisas no carro e ir embora, sentindo e sabendo que algo falta, algo muito além de uma simples lata de milho ou uma bola? Trata-se de um ser vivo.

O que pensar e sentir quando lembrar que a companheira de quase uma década não vai estar mais ali para recebê-la, quando chegar cansada do trabalho e querer tão e somente o conforto do lar?

Mas nem tudo está perdido. Não se pode perder as esperanças e achar que o que está feito está feito. Tem que correr atrás até não sei onde, bem depois de estar cansados e incomodados. Pensamento positivo pode ser uma baita aliado. Mas o sentimento de culpa, frustração e dúvida é grande demais para ser ignorado.

Em um momento desses, recorre-se a Deus também. Não custava nada rezar e pedir que o animalzinho reaparecesse e voltasse correndo com saúde. Nem precisava estar limpo. O que será que passou o animal neste meio tempo? É de tirar o sono.

Mas persistamos. E acreditamos, fielmente, que a encontraremos. E que a paz e a felicidade volte a reinar no coração de quem só quer uma companhia de volta de um simples ser com ar de 'capeta'.

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