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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Férias

Duas semanas de férias. Bom demais depois de um ano corrido. Passou voando, mais uma vez.

Férias é bom e ruim. Bom pra descansar. Pra não ter hora pra acordar todo dia. Apesar de todo dia continuar acordando no mesmo horário, com ou sem despertador. Bom pra saber direitinho quais são as merdas que passam na TV durante o dia e agradecer por ter o tempo ocupado durante a maior parte do ano.

Ruim porque não tem nada pra fazer. Coçar o saco o dia todo é um saco. Ainda mais depois que resolvi tentar ocupar o tempo fazendo algumas atividades físicas, que fracassaram seguidamente. Senti uma dor na lombar na corrida e a bike que ganhei era pequena demais. Mas já arrumei outra com o mister. Devido ao longo tempo de inatividade, no primeiro rolê que dei, saí com a bunda doendo. Igual quando a gente anda de cavalo quando vai pra roça. Melhor dar um tempo.

Nas férias também sirvo de motorista de Ana Maria. Ainda mais na véspera de Natal. Saída pra 4, 5 lugares e esperas infinitas. A ideia de levar um livro foi sensacional.

Não suportaria viver sem ter o que fazer o dia todo. Acho que enlouqueceria. Aí vai o primeiro agradecimento de final de ano. Emprego. Temos muito mais a agradecer do que a pedir. Ter teto, roupa e comida todo ano é lucro demais. Agora não tenho o corno do Ronildo para interromper meu 'discurso'. Frustação foi pouco.

Bom 2010! ...read more ⇒
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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Até formar...

Tem horas que me bate um puta tesão de ser jornalista. Maior que o o habitual. Acho que já comentei aqui que demorei a encontrar meu lugar e saber no que eu era bom de verdade. A faculdade de publicidade foi ótima em vários aspectos, mas no profissional deixou (muito) a desejar. Não sei o que (ou quem) causou isso. Às vezes acho que foi uma união de fatores, incluindo, com importante participação, a não pesquisa e busca por informações antes de fazer a inscrição.

Mas voltemos aos jornalismo. Em algumas disciplinas, você acaba percebendo a essência da coisa e ver como a profissão é bonita. Claro que existem percalços.

Uma coisa que me atrai muito é a reportagem. Ir ao local, observar, conversar, apurar e produzir um relato escrito de um jeito atraente é, ao mesmo tempo, desafio e prazer. Desafio por tentar chegar o mais perto possível do leitor e tentar fazê-lo sentir uma sensação de como se estivesse presente.Prazer por ter a oportunidade de viajar e conhecer gente nova e obter novos conhecimentos a todo momento.

Por trabalhar em um meio de comunicação jovem, acabo encontrando pautas excelentes com um toque de qualidade e bom gosto. Agradeço e valorizo muito a oportunidade. O ambiente e as pessoas colaboram e muito para a situação favorável.

Editar é outra função que me agrada muito. Tenho gosto para a coisa e paciência para tudo acontecer no seu tempo. Função de editor não é fácil, requer uma visão ampla de vários campos sociais, uma sacada diferente da coisa, que vai muito além da reportagem.

Às vezes penso que estou meio velho para faculdade. Passar por tudo de novo é um pouco frustrante. Aulas tapa-buraco, responder presença e vez ou outra fazer trabalhos em grupo, depois de cair de para-quedas na turma. Posso falar em tempo perdido, mas que trouxe coisas muito boas.

2011 chega rápido, é logo ali. ...read more ⇒
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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Força Kabalah!


Toda dificuldade será recompensada em dobro. Pelo menos este são os votos que faço para a banda Kabalah, que parece atravessar uma pequena onda de azar, mas sem deixar de acreditar no trabalho e fazer poeira das pedras no caminho.

Há poucas semanas, a bateria de Râmede foi furtada. O detalhe é que a guitarra de Rodolfo também foi roubada no ano passado, fazendo a banda suspender ensaios e fazer um investimento nos equipamentos que não estava nos planos. Um prejuízo considerável para o grupo, unido desde 2006.

Os ocorridos atrasam os preparativos para a gravação do CD prestes a ser lançado. O importante é que coisa boa vem por aí. Alguns fatos não acontecem por acaso. Precisam acontecer para lançar um desafio e motivar, ainda mais, o crescimento, passar uma mensagem. Podem ter certeza que a banda assimilou o recado e só mais força para manter o ritmo será tirada disso tudo.

Conheça mais da banda


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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Talento

Já elogiei o flickr da Paulinha aqui antes e vou elogiar de novo.

Tá cada vez melhor.

Acessa aí ...read more ⇒
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Menos Diego, menos...


A Argentina está classificada. Admito que torcia contra. "Argentina para mim é igual Cruzeiro!", ouvi dia desses. Realmente não desejava êxito aos 'muchachos de Don Diego'.

Mas é inegável a importância de um time grande e tradicional na Copa. Engrandece o espetáculo. Ainda mais pela presença de ums grande figura, que dará muitas pautas, para o delírio da imprensa. Nas últimas Copas, as estrelas estavam todas dentro de campo. Agora, temos uma fora.

Mas a Argentina passou um belo sufoco nesta reta final de eliminatórias. Vem jogando mal e os resultados não apareciam. Tomou de 6 da grande (na altura) Bolívia e tomou um sacode brasileiro. As críticas eram merecidas. Mas a reação do '10' foi como se tivessem lhe atirado pedras. 'Que chupem, que chupem todos', foi aos gritos o técnico ainda na beira do gramado. Os 'versos' foram repetidos na coletiva. Veículos argentinos acertaram em cheio ao dizer que falta auto-crítica para o maior jogador argentino de todos os tempos.

Quando o time não vai bem, merece ser criticado, como foi. Deixar a Argentina de fora de Copa do Mundo seria um belo vexame. É inconcebível não ficar entre os quatro primeiros, em um grupo de dez, com equipes como Venezuela, Peru e Bolívia, tendo os jogadores de qualidade que tem. O time ainda precisa de muitos acertos.

Continuo torcendo contra a Argentina, na Copa ou não. Rivalidade tem dessas coisas.

Como disse Mateus: 'brasileiro adora odiar os argentinos e eles odeiam nos adorar'.

Fica um videozinho do baixo brincando um pouco. Participação especial de Careca e Alemão.

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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Olimpíadas 2016? No Rio não!




Não sou a favor das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. É claro que a competição vai atrair investimentos para a cidade, para o estado e para o Brasil. O transporte público será transformado, assim como vias de acesso e outras obras. Mas a credibilidade dos comandantes nos obrigar a usar (bin) óculos.

O Pan foi um grande exemplo. O que muitos diziam ser um legado, hoje é quase sucata. O Parque Aquático Maria Lenk não possui padrões olímpicos e hoje está às moscas. Ele foi construído para o evento e podia muito bem ser planejado de acordo com os critérios da maior competição poliesportiva do mundo. Ou vai dizer que os governantes não sabiam da intenção do Rio em sediar os jogos olímpicos de 2016?

Agora, caso a cidade seja eleita, outro parque terá que ser construído, com uma nova licitação e uma provável nova lavagem de dinheiro. Vi uma reportagem mostrando um dos únicos lugares na 'cidade maravilhosa' que é aberto para os atletas de atletismo. Para todos os federados, de qualquer estado, a permanência é permitida em tempo integral. Por lá, treinam diariamente veteranos, atletas de alto nível e jovens promessas acompanhados de perto pelos treinadores.

O local fica ao lado do Maracanã e deve virar estacionamento para a Copa de 2014. Para onde vai esta obra rara, que permite que muitos continuem a ter algum sonho no esporte brasileiro? Sonhar é possível, mas parece que as autoridades não têm muito interesse em contribuir para a formação e desenvolvimento do esporte nacional. Só parece...

A lavagem de dinheiro vai comer solta e provavelmente o dinheiro do bem-aventurado cidadão será usado de forma desordenada e irresponsável. O jornalista da ESPN Brasil Mauro Cézar Pereira informa em seu blog que, durante o Pan do Rio, houve superfaturamento na aquisição de materiais diversos, como furadeiras. A informação é oficial e vem do Tribuanal de Contas da União. Parece piada, mas não é. É por essas e por outras que não sou a favor da candidatura do Rio. No mínimo, uma potência olímpica merece receber tal competição. O dinheiro que está prestes a ser investido podia muito bem ser direcionado para outras áreas tão carentes, como saúde, educação e até mesmo o esporte.

Quando o Brasil tiver as mínimas condições, que brigue novamente para ser a sede.
Tô torcendo contra, mas dizem por aí que já está tudo decidido.

Esperemos, rezemos e soframos. ...read more ⇒
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domingo, 20 de setembro de 2009

Dentro de sala...

Segundas e quintas são dias em que tenho aulas de Sociologia das Organizações. A professora, até semestre passado, era uma mulher vistosa, elogiada por muitos pelas competências e qualidades profissionais, didáticas e físicas. A provável personalidade forte foi a responsável pela 'militância' a frente do movimento dos professores, durante o período de desacordo entre os educadores e a faculdade. Pelo menos é o que falam pelos corredores...A professora acabou saindo da instituição.

Em seu lugar entrou um cara, que chegou a lecionar disciplina para o curso de Geografia no UNI-BH. Apesar da aula não ser muito interessante e do cara parecer meio travado e um pouco desconfortável, tem bons momentos. Piadinhas infames sobre religião e sexo ilustram os noventa minutos de relatos sobre Weber, Durkeim e outros grandes pensadores. Pela presença destes caras, acho que seria uma aula interessantíssima e super produtiva se tivesse um outro direcionamento. Fico imaginando como devia ter outra pegada a aula da dita professora; ouvi falar muito bem de seus ensinamentos.

Este professor me lembra um outro de Matemática, que tive no Santo Antônio na quinta série. Júlio chegou a ser apelidado de 'Júlio Coçadinha', tamanho o número de coçadinhas que o cara dava em sala. Um bolão chegou a ser realizado e acabou deixando a aula mais interessante. A galera se divertia. A lembrança fica exatamente por conta da tal coçada, que encontra partes do corpo do professor a cada poucos segundos.

Tenho certeza que muita gente na sala não sabe o nome deste professor até hoje. Mas o cara parece ser boa gente. A aula é que podia ser melhor. O conteúdo tem potencial. ...read more ⇒
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sábado, 12 de setembro de 2009

Rastafari!






Desde que comecei a gostar de reggae há uns oito anos, percebi que um assunto sempre estava ligado ao estilo musical. Em vários dos shows e movimentos em que eu ia ou encartes e artes de discos relacionadas ao tema, a palavra rastafari aparecia. Artistas gritando 'Jaaaaah' pra galera responder 'Raaaastafari' em apresentações eram comuns de se ver.

Hoje sei bem mais do que antigamente, mas ainda é pouco referente a complexidade do assunto. Mas aprendi muitas coisas e a ligação parece ser tão espontânea e natural como com a batida de Marley. Não que eu queira ser um rasta, nunca tive essa pretensão. A palavra rasta simboliza muito mais do que muitos pensam e acho que pode ser resumida em estilo de vida. Um estilo de vida consciente que abre mão de muitas coisas pela causa. Não se pode deixar de dizer que trata-se de uma vida cristã, longe da figura que muitos possam pensar.

Para exemplicar algumas ações, o rasta não deve cortar os pêlos do corpo e não consumir nenhum tipo de alimento em que o sofrimento se fez presente, como carnes, peixes, ovos e laticínios. Restam aí os grãos, arroz, feijão, batata, mandioca...O que puder ser plantado, tá dentro. A ligação com a natureza é extrema e adequada, sem abusos e retirando o necessário para a sobrevivência, como alimentos e remédios. A maconha é somente mais uma das plantas utilizadas pelos praticantes.

Longe da gana e busca pelo dinheiro, acreditam que precisam de muito pouco para viver uma vida digna. O reggae rasta é bastante diferentes dos outros reggaes existentes. A batida roots é quase uma obrigação e as letras a favor de uma revolução com tons de contestação, protesto e igualdade são ideais fixos. A glória nas alturas a Selassie é a maior profecia da crença.

Fica difícil explicar a empatia. Mas é algo que não custa ser respeitado e visto com outros olhos. Muitos falam antes de conhecer, o preconceito em carne e osso.

Com o tempo, fico sabendo de várias coisas. Uma das que mais me atrai são as histórias da Bíblia, sugeridas por bandas como Ponto de Equilíbrio, Leões de Israel, Jah I Ras. Todas roooooots!

Recentemente ganhei uma Bíblia de presente e pretendo ter conhecimento sobre os acontecimentos que rodearam tantas pessoas e lugares como Jó, Davi, Rio Jordão, Monte Sião, própria Babilônia e os tão falados reis, rainhas e profetas. Dizem por aí que todos devem ler o Livro da Vida. Reggae para mim não é modinha, parece que corre no sangue.

Não me vejo como um rasta. Mas ter satisfação por conhecer o estilo de vida e querer ter causa e conhecimento para falar do assunto não me fogem. Uma banda de reggae de BH citou uma vez ser muito sério bandas do gênero escreverem "Queima a Babilônia" e "Jah Rastafari" em suas criações. Concordo 100%. Não é assim da boca da fora que essas expressões devem ser externalizadas. É preciso ter conhecimento e respeito. É muito mais do que gostar de reggae e achar que porque tem uma bandinha com as três cores da unificação atrás do palco que se pode soltar esser blábláblá.

Fica o documentário com a banda Jah I Ras para ilustrar o que estou falando. Há poucos meses, tive a sorte de entrevistá-los. Saca só.









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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

PM = Polícia de Merda


Me impressiona muito o despreparo da Polícia Militar de Minas Gerais, especialmente em jogos de futebol. Durante o jogo de ontem entre Cruzeiro e Atlético-PR, uma confusão generalizada tomou contou da principal torcida celeste, que mais uma vez, entoava gritos a favor de sua entidade, ao invés de apoiar o time, que mal se encontrava em campo. Após receber ofensas do restante da torcida, uma boa parte da principal organização se dirigiu para o meio do público, provocando correria e desordem. Isso aconteceu durante vários minutos dos dois tempos do jogo e em nenhum momento foram vistos policias em ação para tentar, ao menos, minimizar a situação. Com certeza pessoas inocentes foram vítimas de agressões, roubos ou, no mínimo, um belo susto. Imagine só para quem estava com crianças, mulheres e idosos ou para aqueles que iam ao estádio pela primeira vez na vida. Com certeza, não voltarão tão cedo. Já vi e vivenciei experiências das mais diversas com policiais em estádios de futebol e casas de shows. Quase 100% delas negativas. Não se pode pedir uma informação sem ser mal respondido ou sofrer uma bela falta de educação. Quando entramos em alguma área não permitida, já nos tratam como bandidos ou marginais e levantam cacetetes, armas ou quase sempre a voz, sempre entoando palavrões e palavras de baixo calão. Não custa nada ser educado, mesmo com a escrota farda, que parece mudar atitude de tais ‘profissionais’ no instante em que é vestida.

O pior é que tais fatos lamentáveis não acontecem somente aqui em Minas. Já vi pela TV casos de policiais despreparados e inconsequentes em Recife, São Paulo, Rio e Goiânia. Em casos em que se pode muito bem apenas separar a multidão, eles agem com força, truculência e acabam acertando inocentes que nada tem a ver com o caso. Jogam spray de pimenta, lançam bombas e ferem muitos com espadas e outros instrumentos. Compreendo que conter uma multidão empolgada é um trabalho difícil, mas me cansei de ver policiais altamente desqualificados em serviço. Muitas vezes só de bater o olho já se percebe que o ‘oficial’ não tem a menor condição de exercer tal função.

A culpa também é dos superiores, que orientam mal e são responsáveis pela preparação e atitudes de seus subordinados. Eu mesmo já fui vítima de ação covarde da polícia e já vi tantos outros casos, incontáveis. Nunca fazem nada, fingem que não viram e quando reclamamos, alteram o tom de voz, como se fossem super-heróis cheios de poder.

Cansei de ver tais atos. Pessoas já morreram e não foram poucas. Uma das últimas foi um paulista que ao ver a polícia se aproximar durante uma confusão, parou e levantou as mãos para o alto, dando indicações de que nada tinha a ver com o assunto ou que não teria intenção de realizar algum vandalismo. Pouco adiantou. O policial se aproximou e, mesmo assim, deu uma coronhada na cabeça do cidadão, que acabou falecendo dias depois.

O que me deixa mais indignado é que quase sempre os culpados não são punidos e continuam a exercer sua profissão normalmente, como se nada tivesse acontecido. Uma baita motivação para que casos como este se repitam e continuam impunes. O fato de muitos deles não ter o nome na farda não acontece por acaso. Não fazem distinção na hora de tratar com um senhor, senhora, estudantes, crianças, pretos ou brancos. Todos são uma espécie de alvo, sempre aguardando o próximo ato hostil.

Até onde vamos não sei. Mas falta preparo, qualificação, investimento e alguém que coloque ordem na casa. Os casos não param de acontecer e a revolta de quem vê tudo ao vivo ou pela TV só cresce. Um dia pode acontecer com você, se ainda não aconteceu. Não desejo para ninguém sentir na pele tal revolta. Nem mesmo para os baderneiros, que se disfarçam de torcedores, que entram em estádios com todos os intuitos, exceto torcer pela agremiação que finge apoiar. Isso que eu falei se resume somente aos estádios de futebol. Imagine o que não deve acontecer em comícios, passeatas e presídios.
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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Vamos que vamos!



Nada menos do que 43 recordes mundiais foram quebrados durante o Mundial de Esportes Aquáticos, que terminou em Roma na última semana. Claro que os competidores tem seus méritos. Treinaram e se dedicaram bastante para a competição, sempre preocupados com o físico, psicológico e com a alimentação.

Mas o grande nome da competição foi outro: os supermaiôs (trajes de banho) que os atletas vem utilizando e que foi o grande responsável pela assustador número de recordes mundiais quebrados. Nunca antes na história da competição se viu tão grande número de marcas sendo varridas e dilaceradas pelos maiores atletas do mundo.

Mas a partir de janeiro de 2010, a gracinha acaba. A Federação Internacional de Natação anunciou que os trajes estarão proibidos. Tudo em prol de uma igualdade no esporte. Somente sete federações se opuseram à nova determinação, mas de nada adiantou. Com certeza, os recordes de hoje não serão batidos tão facilmente a partir das próximas competições.

Os trajes colaboram e muito para que os atletas deslizem mais sobre a superfície da água, ganhando preciosos décimos e milésimos de segundo, que fazem uma baita diferença no momento de tocar na frente e conseguir uma medalha ou uma colocação mais vantajosa.

Concordo com a decisão. A partir de 2010, vai prevalecer a competência e qualidade dos atletas , que não terão mais a ajuda de uma determinada peça de roupa. Os mais rápidos serão reconhecidos por sua real dedicação, pelos treinos, pelo investimento na carreira e pelo foco em um determinado resultado. Em reportagem transmitida pelo Record, Milena Ceribelli visitou a residência de César Cielo no Alabama e em vários lugares da casa, o nadador espalha mensagens positivas e o tempo que procura obter em suas próximas competições. Isso mostra o foco do cara, mesmo em seus momentos de descanso.

A reportagem me lembrou uma outra realizada há pouco tempo por mim mesmo, no bairro Santo Agostinho, em BH, quando visitei o triatleta Thiago Vinhal, que tem como meta a participação nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012. Em várias das mensagens que posta em seu blog, site ou até mesmo no twitter, Thiago deixa claro sua ambição pelo sonho olímpico. A determinação, o bom-humor e simpatia do cara são impressionantes. Antes das 6h, Thiago já está de pé para dar aulas (ele é formado em Educação Física) para empresários e outros profissionais. Depois disso, entra na água para percorrer cerca de quatro mil metros diários, além de pedalar e correr outros tantos. A alimentação deve ser balanceada e o acompanhamento por outros profissionais como cardiologista e endocrinologista é permanente.

Thiago (número 14 do ranking nacional) é o mais novo atleta Ragga e deve, em breve, contar suas histórias e aventuras dos locais onde estiver presente, competindo pelo Brasil. Ele também realiza palestras motivacionais para jovens de 13 a 19 anos, enfatizando a importância de estabelecer um foco e correr atrás dele, mesmo com todas as dificuldades que aparecem.

Torço muito para que ele consiga bons resultados em suas próximas competições. É bem diferente quando você conhece de perto um atleta e toma conhecimento de todo o trabalho que é feito quando se tem uma meta estabelecida. Ver o tanto que o cara rala e corre atrás para superar suas marcas e ter a cada dia um novo desafio é uma motivação para qualquer profissional.

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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Disfarces

Sou contra as torcidas organizadas no Brasil. Ultimamente, tudo que elas tem feito é cantar músicas de guerra e violência e tentar, de alguma forma, conseguir algum poder dentro dos clubes. Muitas, até hoje, realizam reuniões com presidentes de clubes para dar seus pitacos, além de receberem ingressos para as partidas do time, dentro e fora de casa. Não sei como dirigentes ainda permitem tal façanha.

Lugar de torcida é na arquibacana. Não sei quando que o jogo começou a virar e os integrantes começaram a ganhar espaço dentro dos clubes. A torcida do Atlético Mineiro ficou P da vida quando Ziza Valadares determinou que nenhum ingresso seria destinado à essas gangues, disfarçadas de organizações em prol do clube. O que acontece, na maioria dos casos, é que o clube não é a prioridade destas agremiações. Elas buscam, através dos clubes e jogos, obterem poder e notoriedade.

Seus integrantes costumam ser bandidos disfarçados de torcedores, que vão aos estádios para roubar, badernar, fazer quebra-quebra e provocar o maior número de alvoroços possíveis. Eles não vão aos estádios para apoiar o time, para entoar cânticos que falam do amor pelo clube, da paixão em vestir um manto sagrado desta ou daquela cor ou para aplaudir este ou aquele jogador. As músicas só enfatizam a torcida específica e seguidamente falam de brigas contra a torcida rival, onde "bota pra correr" e "dar porrada" são termos comuns.

Ultimamente, a torcida do Cruzeiro tem se manifestado com músicas que falam do futebol, da importância da torcida no campo para apoiar o time, do amor incondicional às cores do clube e da tradição da equipe. Acredito que tais ações são um baita combustível para que mais torcedores vão aos estádios. Uma outra boa jogada do time azul foi a campanha de marketing em vários meios de comunicação, mostrando a importância da torcida ir ao estádio para apoiar o time. Vaias somente no final do jogo, por favor.

É completamente diferente você cantar uma música que apoia o clube do que uma outra que incentiva a violência e prega o "poder" de uma torcida, que se acha a tal, somente pelo número de integrantes associados. Quantidade não é qualidade.

No jogo entre Atlético e Botafogo, um princípio de confusão se deu, quando torcedores comuns perceberam que a maior torcida do time da casa estava lado a lado com integrantes da torcida do clube carioca. Xingamentos foram lançados contra a torcida principal. A Força Jovem do Botafogo se manifestou, se unindo à torcida do Atlético, bem no meio da arquibancada, durante o intervalo. Houve um breve corre-corre, mas nada demais acabou acontecendo.

Há tempos atrás, esse tipo de coisa não existia. Todos chegavam aos estádios juntos e não existia estes grupos dentro de uma torcida, cada um com objetivos diferentes e particulares. Hoje em dia, se um camarada é visto com a camisa do rival nas ruas, é caçado como se fosse um pedaço de carne. De que adianta isso eu ainda não sei.

O cara tem o direito de torcer para o time que quiser, do mesmo jeito que eu ou você tem. Não é porque a figura torce pro time X ou Y que me dá o motivo de encher o cara de porrada com inúmeros parceiros de torcida ou atirar nele até a morte, como se tivesse estuprado um menor de idade da própria família.

Gostaria muito de ver, em breve, uma torcida única nos estádios, se manifestando em prol da equipe, única e exclusivamente. Nada de faixas de torcidas assim ou assado, deste ou daquele lugar. Somente as cores da equipe da casa e todos empurrando o time com músicas que possam realmente incentivar os jogadores a darem o seu melhor e não a fazê-los pensar que podem ser alvo de ataques quando saírem na rua no dia seguinte.

Aquele esquema de cadastro de torcedores é uma boa opção. Só entra quem tiver a ficha limpa.
E todo mundo de carteirinha de identificação na mão. Tenho certeza que os baderneiros vão começar a desaparecer, um por um. Outra alternativa seria colocar o ingresso lá emcima. Nesse caso, só a elite se apresentaria. Não gosto muito desta opção. Futebol é para todos.

A Copa do Mundo vem aí. Melhor a organização começar... ...read more ⇒
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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Jackass do Brasil

Gosto muito do Programa Pânico. Acho que os caras tem umas sacadas muito legais pra algumas coisas. Pra outras nem tanto. Mas no geral, eu gosto e me divirto.

Mas tem um quadro que eu não consigo entender. É o "Dicas com Marcos Chiesa". Nele, Bola permite que o produtor do programa (ou sei lá de quem se trata) o utilize para diversas sacanagens, como colocá-lo de cabeça pra baixo dentro de um caminhão-frigorífico e ficar fazendo zigue-zague durante alguns minutos, além de tantas outras coisas que devem causar dor, muita dor. Um outro bom exemplo é jogar pimenta na bunda do cara (veja vídeo abaixo).

Fico me perguntando como a figura autoriza os caras a fazerem tais atrocidades. Nem por muita grana eu deixaria. E são coisas muitas vezes humilhates, depravantes mesmo.

Acho o quadro desnecessário e muito sem graça. Muitas vezes mudo de canal por achar o quadro fraco e também por não suportar ver aquilo tudo. É uma espécie de Jackass brasileiro, porém muito pior em termos de atuação e produção.

Saca aí



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quarta-feira, 8 de julho de 2009

He´s gone!


Só ontem caiu a minha ficha do que representa a morte de Michael Jackson. Me dei conta só quando vi o caixão banhado a ouro naquele estádio lotado, cheio de gente prestando homenagens, dentro e fora dele.

A morte do astro do pop pode ser comparada a ida de tantos outros ícones, como Bob Marley, John Lennon, Hendrix e por aí vai. Sorte nossa estar presente para acompanhar um evento tão grandioso.

Eu nem era fã de Michael Jackson. Não comprei nenhum disco nem baixei suas músicas para ouvir no meu MP3. Achei um baita vacilo ele ter mudado a cor da pele e se envolver num monte de viagem errada, tipo "comer" criancinhas e ameaçar jogar um bebê de poucos meses pela janela com a galera toda lá embaixo, sacando tudo.

Mas ele era o cara. Ele revolucionou a indústria da música e influenciou milhões de pessoas no mundo todo. Não há como não sentir a morte de um cara desses. Ele foi um dos primeiros a criar o videoclipe, depois bastante utilizado por tantos outros artistas. Imortalizou passos memoráveis como o moonwalk. Quando alguém fizer esse passo, vai lembrar do cara na hora. E é inegável que ele dançava muito. Parecia uma bichona, mas dançava muito.

A homenagem de ontem foi emocionante, ainda mais quando a filha dele resolveu dizer algumas palavras, já no final do evento.

Daqui há 50 anos, o cara ainda vai ser lembrado como uma referência da música pop. Michael se foi cedo, muito cedo. Ainda mais agora que ele retornaria aos palcos com toda a disposição de quem sabe (muito bem) levantar multidões.

Mas ontem a multidão não se levantou. Os sortudos que conseguiram os ingressos apenas ouviram e observaram as seguidas homenagens de familiares e amigos, enquanto fotos da carreira do cara eram passadas em um telão.

Até quem não era fã dele, gostaria de estar presente nesse momento histórico. Pelo menos para dizer: "eu fui". Eu não fui, mas vi. E pude sentir, pelo menos um pouco, a emoção de quem estava lá. Evento como esse não acontece todo dia.

Mais um ícone que se vai e que nunca será esquecido. Vai com Deus, meu filho. E por favor, deixe os pequenos anjos em paz. ...read more ⇒
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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Em breve, pertinho de você!

Ontem descia as escadas do prédio do amigo Breno, como de costume. Mas assim que comecei a pisar nos primeiros degraus, vi, pela janela, algo impressionante. Uma construção enorme a todo vapor. Aquilo não estava ali na semana anterior.

O que mais me chamou a atenção foi o estágio que a obra se encontrava. Já tinham construído paredes com uma altura razoável e um tanto de outras coisas já se mostrava bem encaminhada.

Parei na janela e fiquei ali observando aquele tanto de gente trabalhando. Muita coisa acontecia ao mesmo tempo, em todas as partes e andares da obra. Era o mestre conversando com um, o pedreiro jogando massa na parede, o ajudante misturando água e cimento, um outro logo ali fumando um cigarro no seu descanso e outros aproveitando a melhor parte do dia, o almoço. Tudo debaixo de um sol daqueles. Deviam ter ali, umas 100 pessoas.

Outra coisa que me chamou a atenção foi o grande número de mulheres usando capacetes. Nunca vi tantas mulheres trabalhando juntas em uma construção. Mais uma prova de que as mulheres estão exercendo funções que antes eram atribuídas única e exclusivamente aos homens.

Só depois de conversar com o Breno, é que descobri no que vai se tornar a construção, que fica na Rua Jacuí esquina de Pouso Alegre. Uma igreja será levantada em poucos meses. Pelo dinheiro que deve estar sendo injetado no local, o prazo deve superar as expectativas. O barulho da construção será substituído pelos cânticos e preces dos moradores do tradicional bairro da Floresta.

Minha aposta é que, pela grana que deve estar rolando por ali, mais uma igreja evangélica será construída. Posso me enganar, mas quando ela ficar pronta, os vizinhos ficarão com saudades do som das britadeiras, tratores e bate-estacas na cabeça. ...read more ⇒
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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Toca Rauuuuuuuuuuuuul "


A profissão de jornalista nos dá algumas oportunidades únicas e inesquecíveis. Ontem fui à casa de Raul, figura emblemática da capital mineira, por andar por todos os cantos com sua bicicleta superantiga, recheada de bonecas, correntes e afins, sempre acompanhado de perto pela Pretinha, sua cachorra. Mas quando perguntei o nome da cadela, pela primeira vez, ele me disse que ela se chamava Daiana. A outra cadela que fica por lá chama-se Madona. Fico pensando se ele tem uma adoração especial por celebridades inglesas.

Raul foi candidato à vereador nas últimas eleições de BH e perdeu, por pouco. Haha. O cara é uma verdadeira figura e somente indo na casa dele para acreditar na situação do seu humilde (mas feliz) casebre. São uns quatro ou cinco andares e quanto mais você sobe, maior a vertigem e menor o espaço. Mas com toda a edução do mundo, ele nos recepcionou superbem, ofereceu cerveja e baseado. Calma aí né Raul...

Em alguns andares, ele guarda em quartos, um tanto empoeirados, violões, bonecas, bicicletas e discos do seu maior ídolo Raul Seixas. Conseguimos achar uma raridade: o vinil do álbum "A Pedra do Gênesis". "Se eu pudesse, ia visitá-lo todo dia. Não gosto nem de lembrar do dia em que ele se foi", entrega o quase vereador, que deve se candidatar novamente nas próximas eleições. Ele ainda garante que Raul não morreu e que seu espírito anda vagando por aí até os dias de hoje. Pelo menos ele teve a chance de ver seu maior ídolo em ação, em um show em BH.

Raul toca (supermal) as músicas de seu xará e é assim que ele ganha a vida. Ele pega um violão meia-boca, com poucas ou uma corda somente e começa a cantar músicas do eterno baiano. Sua voz desafinada dá um toque especial às canções, sempre acompanhadas por uma buzina, dessas de bicicleta. Quem vê, morre de rir. Ainda mais pelo fato do cara tocar com toda a seriedade do mundo. Mas ele admite que não toca coisa nenhuma e que não saca nada de viola.

À medida que eu e Bruno Mateus íamos subindo, meu medo de altura ia só aumentando. Quando chegamos no último andar, ele fez questão de improvisar dois assentos para, durante um curto tempo, "relaxarmos" e escutarmos uma parte de um vídeo ou fita que ele gravou. Antes que meu ouvido começasse a doer, fomos embora. Mas ele gostou muito da nossa visita e eu também. Quando que eu teria uma oportunidade dessas, de conhecer uma figura superfamosa de BH e sua realidade, sua casa, seu modo de viver e ganhar a vida? Praticamente nunca.

Só quero ver quem vai ser o corajoso que vai lá no barraco de Raul para captar alguns registros fotógraficos. Minha aposta é em Bruno Senna. Se der Hauck...bom...melhor nem prometer nada. Mas dá Senna na cabeça. ...read more ⇒
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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Twitter, orkut, facebook e afins

Finalmente me inscrevi no Twitter. Todo mundo só fala disso agora, não podia me permitir ficar de fora dessa.

Foi a mesma coisa quando uma amiga sueca me falou "Você não tem Facebook? Você tem que ter um!". Não me contive e fiz.

Mas uma coisa que ouvi há pouco tempo da amiga Thaís Pacheco é de suma importância. Não basta se cadastrar apenas para dizer que tem. É preciso se cadastrar e participar, fazer por onde, "movimentar a cena". Até porque esses sites possuem várias ferramentas e a aprendizagem e manuseio só aparecem com o tempo. Acredito que não seja difícil, mas o mínimo deve ser feito.

Ainda não sei mexer bem no twitter e facebook, mas pelo menos no twitter eu tento dar uma entradinha todo dia pra deixar alguma mensagem e ver o que a galera anda aprontando. Volta e meia aparece coisa bacana. Além disso, é meio surreal você seguir os passos de gente famosa tipo Rafinha Bastos e do hetptacampeão mundial de F1 Rubindo Barrichello. Ops...

Já no facebook, ainda não fiz por merecer o cadastro. Sei mexer pouquíssimo e ainda falta motivação. Mas ainda vou me redimir. Em homenagem à amiga sueca.

No orkut, já domino bem, só fica atrás do site da ragga...hehe...

E você, já faz parte de todas as comunidades virtuais possíveis? ...read more ⇒
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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Dai-me paciência

Às vezes viro um mala. Falta paciência e em alguns casos, educação.

Quando acabo de acordar então, nem se fala. Acho que nunca vou conseguir ser como algumas pessoas, que assim que acordam, sorriem e saem distribuindo bons dias com um entusiasmo ímpar.

Preciso de alguns minutos (ou horas) para entrar no ar e começar a ficar mais tranquilo.

Mas a paciência falta não só quando acordo. Muitas vezes ela aparece no decorrer do dia ou se mostra presente durante os três turnos, ininterruptamente. Gostaria muito de saber o motivo, mas realmente desconheço.

Tem dias que saio pra algum show ou bar e a santa paciência não dá as caras nem por decreto. Aí não fico numa boa situação pra conversar, descontrair e aproveitar. Não dá mesmo. Acabo respondendo tudo laconicamente e isso quando necessário. Tem vezes que o melhor a fazer é ir embora.

Quando estou nesses dias, prefiro ficar na minha, calado. Acho que é o melhor que faço pra evitar de entrar em atrito ou passar uma má impressão. Se alguém que nunca me viu, me conhece nesse estado, com certeza vai me achar um escroto e querer nunca mais encontrar comigo. Não é pra menos.

O pior é que muitas vezes acaba sobrando pra quem não tem nada a ver e só quer trocar uma ideia, jogar conversa fora. Até hoje faço um esforço pra evitar de ser mal-educado quando esses dias aparecem. Principalmente no trabalho.

Mas também tenho meus bons dias. Queria muito poder comprar paciência. Pagaria qualquer preço. Desde que tivesse algum para dispor.

Não me levem a mal quando perceberem que estou impaciente. Sei que viro um chato e não é nada pessoal. É coisa minha mesmo. Ainda espero que um dia isso tudo desapareça. ...read more ⇒
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quinta-feira, 4 de junho de 2009

Favela

Nunca havia entrado numa favela. Só visto de longe. E sempre que via, imaginava como deveria ser lá dentro, viver por ali, conviver com violência, tráfico e a já sabida malandragem. Poucas pessoas tinham aquele perspicácia, aquela ginga da turma da periferia. Aqueles sabiam levar a vida pouco favorável como raros. Conseguiam, mesmo em condições muitas vezes sofríveis, serem felizes. Como, não sabia.

Chegou, de surpresa, a hora. Uma pauta sobre o jeito simples dos moradores do morro, seu dia-a-dia, seus afazeres, sua realidade. Teria que entrar nas justas vielas e conhecer os moradores em poucas horas e ainda, tirar deles, algumas histórias de vida interessantes, que dessem uma boa matéria.

Achou melhor ir de ônibus, ele e o fotógrafo. O local não ficava longe da redação. O problema era subir a longa ladeira, até a parte de cima, onde preferia começar. De lá, podia iniciar seu trabalho e vir descendo, até a hora da volta. Lá de cima, a visão era incrível. O mar azul, todo aberto, proporcionava uma vista aos moradores da favela de dar inveja a qualquer milionário. Simplesmente deslumbrante.

Conseguiu subir até a parte mais alta sem nenhum incômodo, surpreendentemente. Apenas alguns olhares estranhos de algumas pessoas ressabiadas. A fama do local vinha de longa data. O fotógrado o acompanhava calado o tempo todo. Viu, em um bar próximo, uma pequena concentração de pessoas. Aproximou-se e pediu uma água mineral. Duas, disse o ainda assustado detentor da máquina fotográfica, olhado de perto pelos moradores, que pareciam "crescer o olho" em seu instrumento de trabalho, avaliado em alguns poucos mil dólares.

Bebeu um longo gole e perguntou ao homem se ele era o dono do local. A resposta afirmativa deu início a uma conversa com seu primeiro personagem. Antes que pedisse ao companheiro, o mesmo já tirava fotos da conversa e do local. Os moradores ali, só vendo. Conseguiu, no mesmo lugar, mais dois personagens. Um senhor, morador da favela há 34 anos, e que dizia que a situação ali nunca estivera tão boa. Os traficantes protegiam a vila, que agora contava com água encanada e TV a cabo, ideal para os fins de noite. A mulher entrevistada assumia o desemprego recente com uma ligeira raiva da patroa que a botou pra fora após desconfiar de roubo, sem muito motivo. As histórias ali eram diferentes, pareciam únicas e cada uma delas poderia dar uma bela capa de milhares de caracteres. As fotos também saíram boas, mostraram bem a essência do ambiente.

Aquele era um de seus primeiros trabalhos como repórter, mas o nervosismo não se mostrou presente, como nas primeiras oportunidades. Talvez pela simplicidade do povo se manteve tranquilo e encarou o trabalho como um simples bate papo com gente pobre, mas de muita dignidade e humildade. Ali, não tinha o compromisso de parecer assim ou assado. Era somente pegar as histórias diversas que saíam facilmente e depois selecioná-las para botar no papel. Uma pena não ter espaço para colocar tudo que merecia. O resto iria para seu blog pessoal, pouco visitado, mas bem frequentado e constantemente atualizado com relatos e opiniões.

Em um lugar que menos esperava, tirou lições proveitosas que seriam benéficas por muitos anos de profissão. Encarar cada entrevista como um bate-papo informal era a primeira delas. E ver o entrevistado, mesmo que famoso, como um ser humano normal, igual a ele.

O muro que parecia existir entre ele e os famosos e celebridades que iria entrevistar parecia desmoronar. Um retrato da favela que nunca seria esquecido.

* homenagem à Celso Moretti, criador do reggae-favela ...read more ⇒
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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Vitória

Era só ele e ela. Na beira do mar, via a imensidão do oceano bem à sua frente.

As ondas enormes, de oito ou nove metros, estouravam e faziam um barulho ensurdecedor. Mas queria escutar esse barulho bem de perto.

Ao mesmo tempo em que havia toda a calma daquele infinito azul, havia o risco e a adrenalina de ser engolido e cuspido em poucos segundos. Ninguém se esquece de um caldo daqueles.

Ele com ela em mãos, pronta para a aventura. Via tudo ao seu redor, ninguém. Só ele, ela e o mar.

Aproximou e sentiu a água gelada tocar-lhe os pés. Isso era o de menos.

Havia se preparado durante dois meses para aquilo, era chegada a hora. Abriu mão de muitas festas, mulheres, noitadas. Teria muito tempo para tudo aquilo.

Mas para sua nova aventura, o tempo era agora. Não ia ganhar dinheiro nem entrar em livro dos recordes. Fazia aquilo por ele mesmo, para provar que ainda era possível, mesmo depois do último fracasso. Um pequeno erro comprometeu a última tentativa, que o fez ficar no estaleiro por sete longos meses.

O físico, a técnica e o psicológico andavam juntos e tinham igual importância naquele momento. Entrou na água sem pensar muito. Agora não tinha mais no que pensar. Era entrar e fazer.

Mergulhou para sentir o frio e acostumar-se de vez. Tudo pronto, era só esperar.

Foram seis longos minutos até ver a onda perfeita. Vinha lá de trás, bem distante. Outras muito bem formadas apareciam antes e depois. Ali era, definitivamente, o paraíso do surfe. Mal podia acreditar que estava em um lugar daqueles sozinho. Sozinho não. Ele e ela.

Começou a remada lenta, como de praxe. Deixou a primeira passar e esperou o momento perfeito. Acelerou a braçada e entrou perfeito. No momento de ficar em pé, quase um deslize fatal. Equilibrou-se bem para começar a descer, lentamente. As primeiras gotas da espuma caíam sobre o cabelo liso, que ameaçava tampar sua visão. Na primeira manobra, já mandou água pra cima. O barulho da enorme onda começando a bater na água já podia ser ouvido, mesmo que estivesse longe e ao mesmo tempo tão perto. Diminuiu um pouco à espera do tubo. Foi num desses que seu último pesadelo havia sido vivenciado. Mas não dessa vez.

O tubo perfeito foi encaixado. Foram longos onze segundos por dentro de uma das melhores ondas de sua vida. Enquanto estava dentro dela, manteve-se ereto, com o corpo completamente esticado. Ali, tinha uma visão linear da praia, bem ao longe. Esticou o braço e enquanto o tubo acontecia, sua mão direita tocava a onda que em breve, iria estourar no manto azul. O barulho era realmente ensurdecedor.

Um tubo perfeito proporciona uma sensação rara, comparada a poucas na vida. Sair dali ileso era uma vitória e tanto. Antes do tubo, todas as manobras entraram muito bem. Pena que ninguém havia visto. Fora um verdadeiro espetáculo, digno de um mínimo nove em competições profissionais.

Há muito tempo não competia, agora fazia por ele e para ele.

Seu sucesso era notável e o medo de antes havia ficado pra trás.

Agora em terra, via as outras ondas que quebravam, bem parecidas com a que havia acabado de entrar. De longe, parecia impossível ou loucura encarar uma coisa daquele tamanho.

Mas quando se está ali, nada passa pela cabeça. É ir ou ficar. E foi, para nunca mais esquecer que podia fazer aquilo, como poucos.

Andou de volta à casa, escutando as ondas baterem na praia, como se o aplaudissem. ...read more ⇒
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terça-feira, 19 de maio de 2009

Original Wailers



Recentemente tive a sorte de entrevistar um dos integrantes de uma das minhas bandas preferidas. Junior Marvin nasceu em Kingston, na Jamaica, e fez parte do The Wailers durante quatros anos, tocando ao lado de nada mais, nada menos, do que Bob Marley.

Sempre quis entrevistar alguém como ele. Fazer perguntas que sempre imaginei fazer, perguntar sobre o uso da maconha, sobre a religião rastafari, sobre o convívio com o rei do reggae e muitas outras coisas. Na pilha da coisa, algumas outras questões apareceram na hora, outras acabaram sendo esquecidas.

Algumas das coisas bacanas que ele falou se referiam à leitura da bíblia, ao equilíbrio para tudo na vida, inclusive no consumo da erva sagrada e um pouco da sua história. Marvin diz que começou na música antes mesmo de começar a falar. "Minha tia colocava toda a família para aprender canto e piano com poucos anos de vida". A história e o sucesso foram inevitáveis, começando tão cedo. Mas ele admitiu que, quando disse à família que gostaria de ser cantor, todos riram.

Fã de rock and roll, Junior tocou em algumas bandas, sempre influenciado por grandes nomes do gênero, como Beatles, Rolling Stones, Stevie Wonder, Led Zepellin e Jimi Hendrix.

Convites apareceram aos montes. Em um deles, combinou de realizar um teste com um músico. O amigo que arranjou tal encontro não quis falar quem seria o parceiro. Minutos antes de sair para o teste, Junior recebeu uma ligação de Stevie Wonder. Custou a acreditar. Stevie o convidava para fazer parte de sua banda pelos próximos dez anos. Junior disse que retornaria a ligação em duas horas, pois estava de saída. Foi ao encontro pré-marcado. "Quando cheguei lá, vi um rasta com enormes dreadlocks. Mal podia crer que se tratava de Bob Marley", lembra.

No teste, três músicas foram tocadas: Waiting in Vain, Exodus e Jamming. Só pedra! Após a terceira música, Marley disse à ele: "Bem vindo ao The Wailers!". Stevie Wonder teria que esperar.

Junior afirmou que adora o público brasileiro. "A vibração aqui é muito boa, as pessoas são bastante receptivas", conta.

No final, pensei em manter o profissionalismo e ficar na minha. Mas ele mesmo perguntou se eu não queria tirar uma foto. Como recusar um registro ao lado de uma lenda do reggae? É provável de nunca mais uma oportunidade desta aparecer.

Fica o registro e as lembranças da simpatia de Junior. Jah Ras!

CLIQUE AQUI PARA BAIXAR A ENTREVISTA COMPLETA COM JUNIOR MARVIN ...read more ⇒
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terça-feira, 12 de maio de 2009

Antes cedo do que tarde

Já havia perdido a conta de quantos lixos havia revirado. O número de quarteirões que havia andado então, nem se fala. Procurava por qualquer coisa que pudesse matar sua fome, mesmo que cheirasse mal. Ela mesma cheirava mal. Os clientes dos bares que havia abordado a recepcionavam com negação antes mesmo dela se aproximar. De longe, já reparava em alguns comentários típicos de quem não se preocupa.

Não tinha culpa da situação. Nasceu pobre, perdeu os pais cedo, nunca roubou. Chegou até a quarta série da escola que ficava no seu bairro. A partir da quinta, só andando mais de quinze quilômetros. Dinheiro pra ônibus nem pensar. O dia a dia já era uma guerra. Pra tudo: pra comer, pra dormir, pra se banhar, pra ir de um lugar a outro. Bichos e sujeira era os companheiros sempre presentes.

Com isso, ninguem se importava. Chegou a perguntar em diversos lugares se seus favores poderiam ser trocados por um prato de comida, uma roupa limpa, uma cama quente. Nada. Há algum tempo, era mais fácil de ver a tal caridade por aí. Hoje ela havia desaparecido como fumaça.

Não via mais jeito na coisa. O que seria de seu futuro? Não cairia na tentação do dinheiro fácil e sujo. Isso aprendera desde pequena com Dona Alzira, que teve somente uma filha. Parentes, todos distantes. Os que estavam perto, já não se importavam há anos, mal os conhecia. Seguia o caminho do bem há tempo e praticamente nada mudara, exceto pelo aumento do mau odor, da fome, da angústia, da descrença. Achou que devia fazer o mais fácil. Pra que lutar contra tudo e todos diariamente, sem resposta alguma? Qual o sentido que sua vida tinha? Sentindo saudades da mãe, fechou os olhos e a viu bem perto, se aproximando. O barulho da freada foi repentino, sem uma segunda chance. Alzira agora a encontrava de braços abertos, sorrindo e esperançosa, como nunca havia estado antes. Antes cedo do que tarde. ...read more ⇒
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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Eita

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segunda-feira, 4 de maio de 2009

CT



Há pouco tempo tive o prazer de visitar a Cidade do Galo, o CT do Atlético Mineiro. Vivenciar um dia de treinos (mesmo que leves) foi uma oportunidade única para mim, até então. Sempre tinha tido vontade, mas a chance caiu no meu colo, aparecendo meio que por acaso, do nada. Dizem por aí que quanto menos você força uma situação e deixa as coisas acontecerem naturalmente, melhor é.

Ver um pouco da relação da imprensa com os jogadores, o cronograma, a espera, as conversas entre os jornalistas, vê-los trabalhando foi mesmo diferente. Sempre soube mais ou menos como as coisas ali acontecem, mas ver aquilo na sua frente, ao vivo e a cores, é beeeem diferente. Cobrir diariamente um time de futebol e respirar o esporte 25h por dia deve ser muito bacana, ainda mais para os apaixonados de plantão. Muitos dizem que uma hora cansa e que trabalhar com futebol está cada vez mais difícil. Restrições são impostas continuamente, sobre os mínimos detalhes.

As instalações da Cidade do Galo são muito boas. A hotel da base e dos profissionais é superorganizado, os equipamentos de primeira, tudo muito limpo. Não foi à toa que o local foi escolhido para receber a seleção brasileira de futebol. Também escutei muitos elogios sobre a Toca da Raposa 2. Um dia ainda vou lá fazer uma visita. No América também, por que não?

Fica aqui meu agradecimento pela oportunidade. A primeira vez ninguém esquece.



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segunda-feira, 27 de abril de 2009

A invenção do século


Há anos que eu esperava por uma invenção como essa. Ela não é totalmente perfeita, mas funciona demais. Só vai ser perfeita quando atrair, de alguma forma, os miseráveis insetos à ela.

Essa raquete simplesmente eletrocuta os animais voadores que nos incomodam diariamente. Lá em casa o bicho já pegava com pernilongo. Isso é que dá morar em andar baixo e próximo de árvores. Era um custo pra matar todos os sem-vergonhas. Identificá-los em seus esconderijos e ainda matá-los com a mão, na raça. E ainda com direito ao escorrimento vermelho, do sangue de não sei quantas pessoas que foram picadas pelos malditos.

Agora com o novo produto podemos matá-los sem sujar as benditas mãos, sem jogar qualquer odor (que muitas vezes não os mata e serve somente para poluir o ambiente) e excluí-los de vez de suas fúteis vidas.

Salve o inventor do produto. Merece milhões. ...read more ⇒
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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Conexão Vivo 2009 parte 2

Black Sonora (crédito de Marcos Santiago)

Foi só falar. Elogiei os dois primeiros dias do Conexão Vivo e em seguida, o movimento começou a mudar. Muita gente, muita fila e aquela turma toda se esbarrando. Ficar esperando 15 minutos pra usar um banheiro químico é dureza. Pior ainda pras moças. Um ponto bom que vale ressaltar foi o cumprimento do horário. 0h30 na pinta já foi. Cerveja e som suspensos. Se deixar, a galera vai...

Mas a gente bonita continou lá pra ver apenas algumas das bandas independentes que merecem mais valor pelo trabalho que fazem. Um dia vai.

Aquele Parque Municipal é um lugar extraordinário. Acho ainda que é pouco valorizado, podia ser mais bem aproveitado. Um parque enorme daqueles, cheio de quadras, pista de cooper, árvores, brinquedos, lagoa, escola e teatro merece mais, principalmente por se tratar de uma das principais capitais do país. Fazer um movimento noturno ali é diferente, o ambiente é outro, os animais que circulam durante o dia desaparecem e as luzes jogadas nas folhas das árvores dão um toque diferente. Céu aberto é outra coisa.

Mas deixa pra quem não foi ainda ir. Eu fui, gostei e recomendo. Ano que vem tem mais.


Renegado e Marku Ribas (crédito de Thiago Pereira) ...read more ⇒
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terça-feira, 21 de abril de 2009

Olho no lance...

Cristian e Ronaldo protagonizaram um dos assuntos mais citados durante a cobertura sobre São Paulo e Corinthians.

Suas comemorações deram o que falar. Cristian mostrou o dedo do meio para a torcida tricolor após marcar na primeira partida das semis do Paulista. Ronaldo mostrou o indicador após definir no segundo jogo. Gostei da tirada do gorducho. Vai virar váááárias matérias.

Qualquer semelhança não é mera coincidência.




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Caindo na real

Quem diria que tudo aquilo seria assim?

Seu sonho, desde moleque, era ser jornalista. Só que ele ainda não sabia. Mas curiosidade e vontade de transformar uma cena, um gesto ou uma situação em palavras sempre estiveram ali presentes, mesmo sem muita nitidez. Até quem um dia descobriu que era por aquele caminho que deveria seguir. Ainda bem, tem muita gente que vai fazendo anos de vida e não consegue descobrir o que gosta e quer fazer até o resto de sua existência.

Via alguns dos profissionais da sua área como pessoas intocáveis, distantes, que lhe davam uma sensação de êxtase, algo como "putz, queria estar ali, um dia chego lá...".

Mas pra isso só o tempo pra dizer. Enquanto a hora não chega, dedicação e interesse não fazem mal algum.

Até uma hora em que (quase) tudo veio a tona. Escutou, durante uma sentada solitária em uma mesa de bar, como funcionava a relação dos profissionais de uma das empresas em que sonhava fazer parte, como tudo acontecia. Definitivamente, não era o conto de fadas imaginado. Já tinha uma noção de que algo como aquilo que escutava acontecia, mas uma coisa é ouvir falar, outra é presenciar e praticamente sentir na pele. Uma boa audição e perspicácia fizeram a diferença para a nova descoberta.

Mas nem por isso desanimou da profissão. Percalços existem em várias. Não era por causa de uma coisa ou outra (mesmo que relevantes) que iria desistir do sonho que havia se mostrado presente há apenas alguns anos.

Pra quem tem talento, existe espaço de sobra. E pode ter certeza de que o reconhecimento aparece pra quem é bom de serviço. Mesmo em lugares onde nem tudo são maravilhas.

O crescimento é inevitável. As situações corriqueiras e cotidianas que, às vezes se mostram estressantes e cansativas, dão uma força a mais para continuar, e se tudo der certo, estar em outra dali um tempo. E acreditava, de verdade, que aquilo era inevitável. Um verdadeiro afago na angústia que lhe incomoda tanto e que lhe faz pensar, em tantos momentos, em como e onde vai estar em cinco ou dez anos. Bem caminhado ou um quase-nada?

Aquela havia sido uma das melhores experiências de sua vida até então. Não só profissional, mas como pessoal. Ia levar pra vida toda.

E assim foi pensando, na volta pra casa, em tudo que havia aprendido, visto, ouvido e sentido em pouco tempo, mas que seria válido por um tempo infinito.

Agradecido, tentou dormir. Mas o pensamento insistia em permanecer por ali, mesmo com a chegada do sono.

A realidade era bem mais dura do que pensara. ...read more ⇒
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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Conexão Vivo 2009

Quem não tá sabendo, tá dando bobeira.

Está rolando em BH, desde o dia 17 de abril, o Conexão Vivo, festival músico-cultural que conta com a presença de grandes nomes da cena mineira e nacional.

Movimentos como este são raros em BH. Não se pode deixar de ir, por alguns motivos. O primeiro deles é o preço. Você paga R$ 10 (inteira) pra ver cinco ou seis bandas, de vários ritmos e lugares.

O local não poderia ser melhor: no Parque Municipal, no centro de BH. Um lugar a céu aberto, com um espaço enorme, cheio de árvores e gente bonita.

A organização também mandou superbem. Nada de filas gigantescas e empurra-empurra pra entrar, shows começando e terminando no horário combinado, preços justos de comes e bebes, vários funcionários espalhados dando informações precisas e com uma boa vontade que não se vê por aí com facilidade.

Já falei que muita gente bonita vem comparecendo né?

Acho mesmo que um evento como este não se pode perder. BH carece de movimentos como o Conexão Vivo. Uma pena que outros parecidos não acontecem mais vezes durante o ano. Eu marcaria presença em todos.

Acredito que vale muito mais a pena do que pagar R$ 15 ou R$ 20 só pra entrar em uma casa, superlotada, cheio de gente mal-educada e esquisita, que não te atende bem, fura seu olho até na hora de comprar uma mísera água mineral, onde você encontra fila até pra ir no banheiro e sai de lá com uma maré insana de cigarro. Me ajuda aí.

Acessem www.conexaovivo.com.br. ...read more ⇒
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terça-feira, 7 de abril de 2009

crédito: Fábio Piva

No último final de semana, fui pra Araxá. Viagem de cinco horas bem cansativa, mas valeu a pena.

Fui pra cobrir a Copa Sundown Internacional de Mountain Bike para a Revista Ragga.

Chegando lá, fiquei sabendo que ficaria hospedado num hotel que é tão grande, mas tão grande, que leva o adjetivo no seu nome.

Se tivesse que pensar em alguma coisa ruim que rolou, ficaria pensando durante horas, sem achar nada.

A organização da competição, mais uma vez, deu um show. O evento é comparado com os que rolam na Europa e EUA, tanto em relação à pista, como em relação à estrutura e nível dos atletas.

A próxima etapa acontece em São Lourenço, dia 6 de junho. Pretendo ir para duas coisas. Uma: acompanhar de novo uma das maiores competições de MTB do Brasil. A outra, tentar entrevistar, conversar, fazer matéria, tirar fotos, encontrar, ou qualquer outra coisa, a banda Ukiemana, diretamente da mata da Serra da Mantiqueira.

Não conhece? Saca aí.


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Antes de morrer


Vocês conhecem aquele livro "1001 discos para ouvir antes de morrer?"

Sabia que ele pode ser baixado? Aqui ó.

Vale a pena. ...read more ⇒
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quarta-feira, 1 de abril de 2009

Essa tem futuro!


Já conhecem a mais nova fotógrafa de BH?

Até eu estou me surpreendendo com ela. Não esperava tanto em tão pouco tempo.

Parece mesmo que ela leva jeito pra coisa. Mostra um olhar, uma delicadeza, uma leveza fundamentais para a profissão.

Tomara que ela seja feliz pra sempre fazendo isso. Se for viver disso então, fechou.

Paula Carolina, afirmo novamente as palavras na bandeira do Espírito Santo: trabalha e confia

Ps: um pouco estranho a frase logo na bandeira capixaba, terra famosa pelo ócio e mansidão de seus descendentes.

Conheçam melhor o trabalho da menina. Um dia vai!


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sábado, 21 de março de 2009

Bituca & cia

É claro que eu já tinha ouvido falar em Clube da Esquina. Na "música de montanha", composta por gente de alto gabarito, como Toninho Horta, Beto Guedes, Lô Borges e Milton Nascimento.

Mas uma coisa é você ouvir falar. Outra é se aprofundar (por vontade própria ou necessidade) e descobrir o que realmente se passava naquela época, como que tudo aconteceu, como as coisas fluíam meio que por inércia em virtude de talento e união, muita união.

Há poucos meses, estou envolvido em um trabalho feito com colegas de faculdade. Escolhemos o Clube da Esquina como tema para um documentário de rádio. Foi aí que fiquei descobrindo muita coisa interessante, sobre a vida dos caras, a relação de amizade e o começo sem pretensão.

Ao ler o livro "Os sonhos não envelhecem", de Márcio Borges, o contato com os detalhes daquela realidade é ainda maior. Os primeiros ensaios, os encontros, as conversas movidas a batida de limão, os festivais de música, as viagens...

Acabou que me envolvi com o projeto. Não achava ruim ter que correr atrás das fontes, fazer pesquisa, ler, ouvir etc. Pelo contrário, era um prazer, um novo conhecimento que aparecia sobre um assunto que sempre tive vontade de conhecer melhor. Em certos momentos do livro, pude visualizar uma cena ou outra que era contada, como se estivesse acontecendo bem ali na minha frente.

O documentário ficou pronto. Gostei do resultado. Quem sabe a gente não dá sorte e consegue beliscar um prêmio. Mas antes de qualquer prêmio que (eventualmente) apareça, o melhor de tudo foi o interesse que só aumentava quanto mais coisas sabia. Isso foi um tanto inesperado. Pensei que faria um trabalho, como qualquer outro. Mas o rumo tomado acabou sendo outro, melhor ainda. Um lado sensacional da bendita função jornalística. ...read more ⇒
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terça-feira, 10 de março de 2009

Uma ideia leva a outra









Inspiração?




Impressionante como, às vezes, lampejos aparecem. Ainda bem. Uma vez ou outra surgem coisas bastante interessantes.

Mas muitas vezes, eles escapam. Por milímetros, centímetros, décimos, segundos, frações...

Eles estão tão perto mas tão longe ao mesmo tempo. Você tenta alcançá-las e não consegue. Ou não pode mesmo.

A sensação não é boa. Por um detalhe, tudo aquilo que estava logo ali, desaparece. Você começa a correr atrás como louco, mas simplesmente não chega aonde quer.

Mas tudo tem uma lição. Se eu escrevesse ou gravasse logo ali, naquele momento, tudo seria registrado.

Por falar nisso, acho bem diferente essas duas maneiras de registro. Uma coisa é escrever no papel, com a letra surrada, em um guardanapo de bar, para depois ler em casa, com calma. A outra é gravar no MP3 e depois, no trabalho (porque "serviço" é menos aristocrático rs) ouvir sua voz supertosca soltar palavras enroladas, mas de um jeito compreensível.

Na escrita, a forma da sua letra transmite o momento exato e aquela sensação. Se a letra está mais bem feita, você estava em um lugar mais calmo. Se está bagunçada, foi redigida em um local mais agitado, às pressas. Esta é somente uma teoria pessoal. É uma alternativa de registro mais tradicional, que tem seu lugar. E o lugar que ela ocupa pra mim é norme.

No computador, tudo muda. Se você tá puto ou alucinado, a letra vai sair naquela fonte e tamanho. Pode ser que, se você estiver mesmo alucinado, ninguém entenda patavinas.

Voltando às ideias que somem, decidi registrar uma. Em um bar, sozinho. (tá vendo só como já aprendi a registrar as histórias?). Gosto muito de beber sozinho. Tem lugar e hora. E quando ela chega, é muito bom. Tem vez que vou em buteco e não estou afim de dar um pio, ficar na minha. Sei que isso pode ser um saco pra quem está ali. E muito estranho pra quem lê.

Enfim, no bar, resolvi anotar uma ideia que apareceu. Quando escrevi, no papel, "ideia", saquei do chute no saco que haviam dado, com a nova regra ortográfica, em paroxítonas, proparoxítonas, oxítonas, ditongos, hiatos e o caraleo. Finalmente! Achava tudo isso um saco! (é percado jornalista falar isso?)

Esse texto é uma prova de como as lembranças súbitas podem ser resgatadas. Santo inventor da caneta e do papel. Consegui pegá-las com um pensamento através de outro e ligar todos que haviam sido esquecidos há minutos, dentro do ônibus a caminho de casa, escutando Los Hermanos. ...read more ⇒
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domingo, 8 de março de 2009

Magali, é você?

Tomei um baita susto quando andava hoje pela Praça da Liberdade.

Descobri que a Magali, que passeia naquele trenzinho colorido cheio de crianças, era um moreno escuro de bigode e barba, com piercings na boca e orelha.

Ainda bem que não sou criança mais.

Imagina o trauma que eu teria em ver essa cena com poucos anos de idade... ...read more ⇒
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domingo, 22 de fevereiro de 2009

JR

Semestre já começou com um bom número de textos a serem lidos. Nem chego a achar isso ruim.

Como a Thaís mesmo blogou, literatura é sempre bom. Qualquer coisa é valida.

Melhor ainda quando são textos de uma coisa que você gosta e quer fazer pra vida toda.

E alguns dos textos que estou lendo, dá pra deixar qualquer graduando do curso, com um baita tesão.

Algumas reflexões muito interessantes, sobre coisas simples, mas que você só acaba notando e dando atenção quando lê ou ouve. Muito bacana mesmo.

Um incentivo a mais e outra afirmação de que creio que fiz a coisa certa ao escolher jornalismo. Como não percebi isso antes?

Não que eu tenha perdido meu tempo no curso de publicidade. Aprendi muita coisa. Mas foi muito mais válido pelos amigos que fiz do que pelo aprendizado e pela experiência profissional. Essa última, praticamente nula. Não vamos apontar os culpados, mas é fato. Tem coisas que simplesmente tem que acontecer.

Se eu tivesse entrado no curso de jornalismo em 2002, talvez não estivesse tendo a (puta) oportunidade que estou tendo hoje. Famoso curso natural das coisas, destino. Nisso também creio.

Mas que bom que estou feliz. Uma hora a coisa encaixa de vez. O futuro que me aguarde. ...read more ⇒
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sábado, 21 de fevereiro de 2009

HD

Há uns três anos, convivo com uma hérnia de disco monstruosa. Cada vez que um médico de um hospital daqui de BH a vê, uma careta daquelas aparece em seu rosto. Só falta bater palma. Diz ele que a hérnia é colossal, uma das maiores que já viu. O que mais o assusta é o fato acontecer com alguém da minha idade. E em todas as vezes que fui lá, ele sempre me pediu que pensasse com carinho na possibilidade de cirurgia. Que tudo daria certo pois eu era novo, recuperaria rápido, que a intervenção "mataria" a hérnia de uma vez por todas e que em um ou dois meses eu já estaria novo em folha. Cirurgia só em último caso.

Bom, fui nesse cara umas três vezes. Em todas, ele me orientava a manter distância de esportes de contato, como futebol, basquete e vôlei. A dica era natação e/ou academia. Uma outra figura ortopédica disse quem nem cooper eu podia fazer. O contato acontecia no momento do trote, segundo ele. Parece piada.

Não sei porque não pensei antes em consultar com um primo meu, que também é ortopedista. A diferença é que ele é um puta ortopedista, os outros são somente putas. Putas velhas.

A boa notícia é que meu primo, que inclusive já trabalhou no Cruzeiro (argh!) me liberou para praticar futebol. Finalmente ! Depois de mais de um ano, volto a reencontrar a querida gorducha. Que saudade! E me orientou a fazer RPG, medicina alternativa nem citada pelos paspalhões que me atenderam. Me surpreendo como nenhum deles, mesmo o que me atendeu mais de uma vez, nem considerou a possibilidade de me indicar pra um RPG ou Pilates. Certamente, deve achar uma grande bobagem inventado por um bando de hippies. O que ele queria mesmo era a maldita faca.

As dores começaram do nada. Um dia, estava indo para o meu serviço e fui espirrar. Pronto. Senti uma baita puxada nas costas e fiquei corcunda o resto do dia. Fui direto num médico que me falou que era falta de exercícios físicos. Nem me atendeu direito. Depois de alguns meses, outra puxada, na hora de fazer uma baliza, também pela manhã. Coincidência ou não, tudo aconteceu logo cedo, meus músculos deviam estar todos enrijecidos. Um movimento brusco e pronto. Apareceu a danada. Mas demorou-se para que a HD fosse constada. Até que me pediram que fizesse uma ressonância magnética. Aí sim foi verificada a bendita.

Quando o bicho tava pegando mesmo, sentia uma puta dormência em todo o braço esquerdo. Ia do pescoço à ponta do dedo. Um formigamento daqueles. Isso porque a minha é cervical. Se a sua for lombar, a dor cai para as pernas. Muita gente achava que eu estava com torcicolo, mas na verdade era a hérnia pegando. Se tiverem esses sintomas, abram os olhos. Alongamento sempre é bom, com ou sem lesão.

O RPG está sendo bom demais. Alonga e fortalece a coluna. Já sinto a diferença em poucas sessões. E creio que vai dar certo. Ele vai me ajudar a me posicionar melhor e distribuir o peso por toda a coluna cervical.

Até o final do ano me livro dela. Na verdade, ela vai sempre existir, sempre vai estar ali, deslocada. Mas aprenderei a viver com ela, por bem ou por mal. ...read more ⇒
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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Just a little bit

Porra !

Essa foi a quarta bermuda que perdi em menos de um mês.

Claro que tem muito mais de um mês que eu já devia ter dispensado todas elas. Na verdade, eu só estava adiando a data delas entrarem, de vez, na sacola que vai pro Tim, flanela do Mineras. Esse eu valorizo.

Antes de tomar a decisão (não foi fácil), elas até entravam e saíam, sem muita briga. Mas o difícil era a manutenção. Não conseguia sentar sem que elas não incomodassem. Tinha que abrir aquele botão acima da braguilha para ficar mais confortável. Que vergonha...

Mas não estou tão gordo assim. Acima do peso? Sim, uns 3 ou 4 quilos. Faço o que posso para perder. Corro e jogo bola, faço sauna e tudo mais. Levantamento de copos quase que diários. Uns dias mais, outros menos. Nada de exageros.

Mas vou perdê-los. Pelo menos uns dois. Até quando não sei.

Não pensem que estou irreconhecível, principalmente aqueles que não vejo há algum tempo. (alguém?)

O ganho é notável, mas não assustador.

É apenas uma participação em outra fase. Afinal, estou em fase de crescimento... ...read more ⇒
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

De Levis

Dois vídeos com trilha sonora de um dos caras que sou fã, o rapper carioca De Leve.

Ele já escreveu pra Ragga e continua mandando bem pelos lados da Guanabara.

O grande lance são as rimas.

Tenta sacar as poesias da figura, sempre com um lado sarcástico apuradíssimo. Não existe igual.

Entre aqui no blog do rapper







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La muerte

Ainda me deparo com pensamentos diversos sobre a morte.

A coisa tomou proporções maiores depois de alguns acontecimentos (nada agradáveis, é claro)

Mas Deus sabe o que faz.

Mesmo assim, tenho uma vontade enorme de saber pra onde vamos. Dia desses, dois amigos começaram a discutir sobre o assunto. Porém, sobre coisas mais profundas, como de onde viemos, evolução da alma, etc.

Não creio em vidas passadas. Não creio que éramos uma pedra, viramos uma formiga, depois um sapo, depois um zebra, depois um macaco e depois um homem.

Pra mim, eu era um esperma sortudo que fecundou. Tamu aí.

Mas volto a indagar e querer saber pra onde vamos. Me assusta muito a ideia de ficarmos enterrrados a sete palmos debaixo da terra pra sempre. Prefiro ser cremado. E que minhas cinzas ajudem a crescer um pé. Pode ser de laranja-lima, que vai dar um suco bem gelado!

Mas quero descobrir o que acontece depois que a gente morre. Dormimos pra sempre e só? Nossa alma vai pra algum lugar? Ficamos lá emcima, só vendo o pessoal aqui embaixo e ajudando quando for possível? Viramos anjos?

Que dúvida hein? De um tempo pra cá, venho pensando muito nisso. E admito minha inquietação. É claro que ninguém vai voltar para nos falar o que realmente acontece. Ou vai?

E creio que isso tudo vai além de qualquer crença religiosa ou espírita.

Não é porque sou cristão e acredito em Deus, que devo acreditar que existe céu e inferno e que vamos todos pra perto de Deus e ficamos lá com ele, todo barbudão, trocando altas ideias e recebendo as novas visitas diárias, que ficarão ali eternamente.

Posso acreditar nisso, como não. Isso é opção de cada um, independente de sua religião.

Cada um acredito no que quiser e como quiser.

Mas gostaria mesmo de saber o que acontece quando passamos dessa para uma melhor.

Continuamos com nosso espírito vivo, acompanhando nosso queridos amigos e parentes por aqui? Torcendo por eles, sorrindo nas vitórias e chorando nas derrotas?

Será que vou poder ainda acompanhar o CAM, por exemplo? Vê-lo campeão brasileiro e mundial, mesmo depois de morto? Saber que o garoto que hoje é bom de bola vai se tornar técnico da seleção? Vai saber... ...read more ⇒
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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Dúvida

1 - Alô! Eu gostaria de fazer uma pergunta sobre sexo.

2 - Pois não, pode falar.

1 - Queria saber qual é a diferença entre sexo anal e oral.

2 - A diferença?

1 - Isso.

2 - Mas alguma coisa específica ou no geral mesmo?

1 - No geral.

2 - Ok, sua pergunta foi anotada. Obrigado.

1 - Falou! ...read more ⇒
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domingo, 18 de janeiro de 2009

Tabu

Já são quase dois anos.

Mas esse tabu vai ser quebrado em 2009. Pode anotar. ...read more ⇒
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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Duelo de MC´s

Fui numa coletiva hoje e quem estava lá era um representante do duelo de MC´s que rola toda sexta debaixo do viaduto do Santa Tereza.

Neste movimento, sempre rolam os duelos, além de DJ´s mandando bala no hip hop e de grafiteiros apresentando alguns trabalhos. Ainda não fui, mas já ouvi falar muito bem. Deu até uma matéria na Ragga

Na coletiva, o representante disse que há pouco, os organizadores perceberam que possuem uma arma muito forte nas mãos e decidiram, a partir deste ano, realizar algumas mudanças. Não vão rolar somente os duelos. A partir de agora, outros tipos de manifestações estarão presentes, como shows de bandas de rock, reggae e hip hop, além de um duelo mais construtivo e inteligente, com palavras fornecidas pelos organizadores, "forçando" os rimadores a realizarem suas obras de uma forma mais positiva, sem aquela ofensa que sempre acaba rolando nesse tipo de ação.

O primeiro duelo de MC´s do ano rola no dia 16. Estou ansioso em conhecer o novo formato. Sempre pensei que havia um certo risco em ir lá. Admito o preconceito. Mas já fiquei sabendo que tudo rola dentro de uma tranquilidade e respeito muito grande.

Uma barreira que os organizadores encontram é a burocracia. Precisam de alvará para a realização do movimento e em quase todas as vezes, a PM aparece para atrapalhar. Nada de servir e proteger.

Mas foi dito que o movimento vai rolar, com ou sem PM, com ou sem alvará. "No começo a gente colocava o gerador de energia e mandava bronca. Não é agora que a gente vai deixar de fazer o nosso trabalho, o nosso papel, por conta de burocracia. O duelo de MC´s não pode parar por causa disso", contou o representante, em uma sala com cerca de 30 músicos, dançarinos, artistas e jornalistas.

A boa e velha indignação do hip hop se mostra, mais uma vez, ativa. E junto dela, a vontade de ultrapassar barreiras, por maiores e mais imbecis que elas sejam. ...read more ⇒
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domingo, 4 de janeiro de 2009

2009

Mais um ano que chega.

E as descrenças continuam soltas em meus devaneios.

Claro que espero que 2009 seja um melhor ano pra mim, em todos os sentidos. Acho que posso contribuir mais em vários aspectos. Tantos os relacionados a mim mesmo, como os que atingem aos outros. Apesar de serem poucas as promessas, há muita coisas que podem ser melhores. Posso ser mais paciente, posso gastar menos dinheiro, posso ler e escrever mais, posso um tanto de coisa. E quero. Espero querer de verdade para fazer tudo acontecer.

No âmbito pessoal, as mudanças são mais fáceis de serem acompanhadas. Posso cobrar mais de mim mesmo ao ver que algo não anda como eu gostaria.

Mas não espero que as pessoas sejam mais educadas e gentis, que não vamos ver casos de corrupção, extorsão e mortes imbecis e que os preços parem de aumentar. Nisso eu não acredito.

Então, o jeito é tentar fazer o melhor pra mim e para os outros que estão próximos a mim. Nisso eu posso colocar esperança e tentar fazer acontecer. É claro que vou continuar tentando ajudar quem posso, ser mais solidário, rever algumas atitudes etc. Mas esperar que o Brasil em 2009 vai ser um país mais digno, bom para se viver, com tudo funcionando, não dá. Desculpem-me, mas eu não acho que um dia isso vá acontecer. Tem gente que ainda tem esperanças de um país melhor para todos. Há de se respeitar a opinião. Mas estou descrente e não é de hoje.

A tendência é piorar quando eu conhecer uma cultura de primeiro mundo.

Desejo a todos um feliz 2009 e que cada um tenha sucesso nas mudanças que querem para suas vidas. Muitas delas só dependem de nós mesmos. O resultado, para quem corre atrás, vai aparecer, mais cedo ou mais tarde. Pode até demorar, mas quando ele aparecer, cada dia de espera e trabalho vai ter valido a pena como nunca.

Não vou prometer escrever mais no blog. Não quero prometer milhões de coisas, sendo que já é difícil cumprir uma ou duas, em algumas situações.

O que quero de verdade eu já sei. E vou procurar cumprir. No final de 2009, verei no que deu.

Que vocês tenham em dobro o que me desejarem.

Abraços e beijos. ...read more ⇒