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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

E o povo?




Foi aprovado um aumento de 61,8% no salário de deputados, senadores, ministros, presidente e vice. Mais uma vez, um pé grande no traseiro do povo brasileiro.

Enquanto o salário mínimo custa a receber aumento de alguns reais, a remuneração de nossos representantes, que pouco fazem, continua aumentando, a perder de vista. Nenhuma classe teve um aumento de salário tão rápido, votado em míseros três minutos do seu tão precioso tempo.

Um rombo de R$ 1,8 bilhão pode acontecer nos próximos quatro anos.

Dinheiro que poderia (e deveria) estar sendo usado para minimizar o caos aéreo, ou talvez ser aplicado na educação e saúde. Estamos cheios de burocracias para tudo, filas, gente esperando (e morrendo) em corredores hospitalares e escolas sem as mínimas condições de ensino e estrutura.

Impressionante o que é feito com o povo brasileiro, década depois de década. Não existe o mínimo de respeito, consideração, preocupação, nada!

Pra finalizar a tragédia, nosso querido Tiririca ainda não sabe bem o que faz um deputado e se perde quando perguntado qual será seu primeiro projeto. A resposta: um apartamento.

A passos de tartaruga, vamos caminhando. Pra trás.

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Pato Fu no Ensaio Aberto




A mais recente edição do projeto Ensaio Aberto, da Rádio Guarani, trouxe para o palco do Teatro Alterosa a banda Pato Fu. Na pauta, apresentação do último trabalho 'Música de Brinquedo', onde sucessos de dentro e fora do Brasil são tocados com instrumentos de brinquedo, muitos antes inpensados de estar em um show. Alguns bônus também saíram, de lambuja.

A ideia é inusitada, chama a atenção e atrai, por despertar a curiosidade. Será que é possível mesmo? E a qualidade? A banda provou que tudo se pode, quando existe talento e um entrosamento afinado entre os integrantes. Os arranjos ficaram ótimos.

Instrumentos como mini violão, bateria, baixo, guitarra e teclado, um lápis que faz barulho (draudio), cornetas, apitos, bexigas e até o famoso bogoball. Tudo que a imaginação e a lembrança da infância permitirem.

A iniciativa mostra que a banda procura por novas experiências, querendo ir mais adiante, buscar coisas novas, acertar, errar. Apesar de muitos anos de estrada e de ser uma banda consagrada, o Pato Fu provou que é possível ir além. Várias crianças irão conhecer o trabalho da banda agora, mesmo sem entender muita coisa. Mas a lembrança, no futuro, vai existir e a experiência terá sido válida para cada um. É um novo público não consumidor sendo atingido.

No show, muitas crianças. Várias resolveram se sentar bem perto do palco, à frente da primeira fileira. Takai, de vez em outra, sorria para algumas.

Para atrair a atenção dos pequenos, além dos instrumentos, fantoches, de todos os tipos. Estilo ventríloco, de mão e dedo. O primeiro era composto por dois bonecos monstros, que em partes do show, cantam e tocam. A garotada adorou.

O interessante dos brinquedos, além da sonoridade, é a possibilidade dos músicos mostrarem suas habilidades. A começar pelo tamanho, tudo é diferente. Melhor do que ouvir o som, é ver quais instrumentos estão sendo usados.

Ponto para o Pato Fu, mais uma vez.

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Tropa de Elite 2




Finalmente consegui ver um dos filmes mais falados do ano. Tropa de Elite 2 é, assim como o primeiro, um belo soco no estômago.

Mostra a dureza de uma realidade crua e fria, cercada por corrupção, bandidos (fardados ou não), trairagens, mortes, tráfico e por aí vai.

Jogos políticos e de interesse acontecem a todo momento. Não se pode fazer isso pois pode prejudicar A, que trabalha em benefício de B. O bom senso e o trabalho em prol da segurança e da sociedade nunca são referências. A realidade é n vezes pior que as nossas impressões e sentimentos.

Um polícia armada até os dentes que busca exterminar qualquer um que tenha ligação com o crime é colocada em xeque. Sua função é realmente esta?

Em época de eleição, nem se pensa em realizar ações que podem comprometer os votos que garantem a permanência e roubalheira por mais quatro anos.



Como se tivéssemos tempo de esperar as eleições passarem para que providências fossem tomadas.

Enquanto isso, inocentes são mortos, sejam eles da polícia ou de comunidades. E ai daqueles que tentam bater de frente com o sistema. Normalmente, costumam se dar mal, mais cedo ou mais tarde, das formas mais variadas. Tortura, execução, tiro nas costas, inocente e bandido.

Apesar dos apelos da sociedade, através de passeatas e manifestações, a mudança deve acontecer pela turma de cima, que pensa exclusivamente no lucro pessoal e nos benefícios do seu tão valoroso cargo político (e pessoal).

Enquanto o couro come nos morros e asfaltos, o ar-condicionado e cadeiras confortáveis mantém a pose daqueles que poderiam trabalhar em prol de uma vida mais justa e digna. Dos outros, é bom avisar. Como a deles já está bem resolvida, que os restantes se matem por aí.

Corrupção, impunidade e jogos de interesse fedem muito mais que qualquer corpo em decomposição em matagais e lixões, cariocas ou não.

É realmente um osso duro de roer.

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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Limites homofóbicos




O respeito é uma das mais nobres atitudes que um ser humano pode ter. Ao lado da humildade, formam uma dupla de ouro.

Difícil é ter todas as ações norteadas por tais princípios. Às vezes, escorregamos, ainda mais em um mundo tão hostil, desigual e infame.

Há alguns dias, notícias foram divulgadas de agressões a homossexuais. No Rio, militares agrediram e dispararam tiros contra gays que saíam da Parada Gay em Copacabana. O lugar do crime foi um local frequentado por homossexuais que costumam ir ao local para 'se divertirem'.

Independente do lugar e do que fazem, violência não é justificativa para nada. O fato aconteceu tão e somente pelo preconceito dos covardes militares, que usaram da sua autoridade para envergonhar e maltratar os cidadãos.

Se determinada figura tem tal preferência, isso é problema dela. Tenho certeza que isso incomoda a muitos, mesmo de longe. Mas não vivemos em um mundo perfeito. A opção é da pessoa e cada um deve ser respeitado.

A partir do momento em que essa preferência começa a tomar excessos, o direito começa a sair do seu lugar. O cara pode ter a preferência que quiser, mas por favor, respeite os outros, com ou sem a mesma opção sexual.

Acredito que ninguém precisar saber qual é sua preferência e do que você gosta. O que cada um faz entre quatro paredes é direito único e exclusivo de cada um. Ficar relatando causos íntimos não é de interesse de ninguém, pode ter certeza disso.

Mesmo assim, sem motivos aparentes, imbecis continuam soltos e fazem o que bem entendem, principalmente contra aqueles que tem uma ou outra diferença em relação à sua tão nobre formação educacional. Não existe certo e errado nesta história de preferência. Cada um faz o que quer, mas nunca deixando de lado o respeito pela próximo, por mais diferente que ele seja.

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O mito e a lenda



Domingo tentei ver Tropa de Elite 2 pela segunda vez, sem sucesso. Acho que um novo recorde de bilheteria será batido, em breve. Mas dessa vez, uma carta na manga surgiu, muito bem-vinda. O documentário de Ayrton Senna da Silva.

Foi demais ver, de novo, os pegas entre Senna e Prost, reviver alguns dos momentos mais extasiantes do esporte brasileiro. Senna era um monstro, principalmente na chuva.

Pilotava na ponta dos dedos, como gosta de dizer o sr. Bueno. Finalizar bem uma corrida 'preso' na sexta marcha e sair da 14ª posição para a liderança foram apenas dois dos enormes feitos. Rever tudo aquilo faz qualquer um sentir a emoção como se estivéssemos vendo ao vivo.

Sua imagem e lembrança continua viva na memória e nos corações de quase todos os brasileiros, até mesmo daqueles que nasceram depois de sua partida. É triste lembrar que ele não está mais entre nós, apesar de lembranças tão presentes.

O filme mostra e foca no profissional e no piloto. Muito pouco é mostrado de sua vida pessoal, de um ou outro caso amoroso e de momentos de descanso ao lado da família.

Vitória, glórias e algumas decepções fazem parte da trajetória de todo esportista, por mais bem-sucedido que ele seja.

Senna teve suas farpas contra Prost. Em um ano venceu-se um campeonato, no outro perdeu-se. Nestas duas oportunidades, a decisão veio em batidas que tiraram os dois de provas decisivas. Até hoje se discute a culpa e a verdadeira intenção dos pilotos. O gosto que ficou é de que o troco foi muito bem dado, depois do primeiro episódio.

O exemplo de Senna vai ficar para sempre, não só para esportistas. Exemplo de dedicação e de trabalho, que veio acompanhado de muitas vitórias. Senna virou ídolo dentro e fora do Brasil. Uma história que merece livros, filmes e prêmios, grandes ou pequenos.

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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A primeira presidenta do Brasil

Agora é com você, Dilma!


Depois de um metalúrgico, chegou a vez do Brasil ter uma mulher como presidente. É a primeira pessoa do sexo feminino a governar o Brasil.

Apesar de, em algum momento da apuração o resultado ter ficado mais apertado do que muitos esperavam, Dilma sempre esteve em vantagem. A continuação da política de Lula pesou bastante para sua vitória.

Serra tentou até o último momento, mas não foi dessa vez. Algumas asas já começam a ser colocadas de fora, a espera de 2014. Aécio Neves e Alckmin estão de olho. Marina idem.

Com estratégias parecidas, com julgamentos e ataques, os dois candidatos praticamente abandonaram suas propostas e focaram no adversário como um alvo a fuzilar.

Com um nível de abstenção nas alturas, ficou claro o desinteresse e preguiça de muitos com as estratégias de campanha.

A obrigatoriedade é outro fator que pode ser repensado. "A obrigação dá espaço para a manipulação". Ouvi essa frase de uma eleitora e ela procede muito.

Muitas lições podem ser tirados e tomara que a turma de 2014 faça um papel melhor na hora de tentar ganhar votos. ...read more ⇒
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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Segundo turno não!

E agora, José?

O segundo turno veio, infelizmente. Confesso que gostaria de ter ficado livre de mais uma votação. Parece uma tortura votar quando você sabe que as opções são insatisfatórias, mas que deve apertar o verde por alguém. Ou por ninguém.

Votei em Dilma no primeiro turno, para ficar com a consciência mais tranquila. Para mim, se for mantido (e/ou melhorado) o que foi feito no Governo Lula, acho válido. Na minha pobre opinião, a desigualdade social caiu e mais empregos foram gerados. Claro que um monte de coisa ruim aconteceu, escândalos, dinheiro na cueca etc. Mas das outras vezes não havia percebido muito desenvolvimento.

Será que a corrupção sempre rolou solta e agora é que se descobriu um maior número de casos?

Ou o número de corruptos cresceu quando uma bela brecha surgiu nos últimos anos?

Vai saber...

Muita gente me aconselhou a votar na Marina. Gosto dela e de várias de suas ideias, principalmente as referentes à sustentabilidade e meio ambiente. Mas não a acho preparada para o cargo, no momento. Para ser sincero, não acho que Dilma também reúna as condições para o cargo, mas o pessoal 'por trás' pode colaborar bastante.

Serra está no meio político há mais tempo, mas acho que poucas mudanças significativas virão com ele, apesar de parecer ter propostas mais bem elaboradas. A ideia dos genéricos é sensacional, um ponto a favor.

Qualquer um que for presidente do Brasil, vai encontrar pepinos de diversas formas e tamanhos. Vira uma janela para todos apedrejarem. Não é tarefa fácil.

Neste ano, vejo candidatos que não passam confiança e credibilidade. São figuras já conhecidas de grande parte do povo brasileiro, mas que pouco fizeram e quase nada encantam.

No pouco que vi em debates e programas eleitorais, principalmente nos últimos dias, tenho visto e ouvido muito mais ataques desqualificados e desnecessários do que divulgação de ideias e propostas que vão acrescentar algo para os brasileiros.

Quando um não quer, dois não brigam. Ambos estão apelando para este tipo de alternativa, ridícula e sem efeitos. Ninguém quer ver isso.

Não sou nem um pouco especialista em política, estou somente emitindo minha opinião.

O blog está aberto à discussões.

Bom voto a todos!

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domingo, 3 de outubro de 2010

Falha consciente

Pior que tá, fica?

As eleições de 2010 parecem ter batido recorde de absurdos. A tendência se confirmou e parece ficar cada vez mais fácil se eleger sendo minimamente conhecido ou quem sabe tendo desempenhado um bom papel pelos gramados do Brasil.

Com a apuração até agora (21h24 de 3 de outubro de 2010), Marques recebeu mais de 100 mil votos em Minas Gerais. Newton Cardoso é outra confirmação de representante dos mineiros.

Tiririca recebeu mais de um milhão de votos em São Paulo, Garotinho e Tati Quebra Barraco quebraram tudo pelo lado fluminense. A funqueira não foi eleita, desta vez.

É demais colocar como representante pessoas que não sabem, ao menos, conversar. Imagine escrever. Tiririca admite em seu vídeo (veja abaixo) que não faz noção do que um deputado faz no seu dia-a-dia.

É verdade que reclamamos muitos dos nossos políticos, mas boa parte da população tem culpa pela situação. Votar em tais figuras não é protesto. Pode-se protestar de outras formas. Deve-se protestar de outras formas. De um jeito consciente, que favoreça a reflexão e mudança.

O que se passa não é protesto e sim uma baita contribuição para o show de horror e comédia que vemos todos os anos. Representantes toscos pra todos morrerem de rir.

Votando nesses tipo de candidato, acaba-se beneficiando outros tantos que agradecem e se elegem, sem muitos nem tomar conhecimento.

Vejamos o que alguns, pelo menos alguns, farão em prol dos abestados. Daqui a quatro anos, teremos um novo rol de candidatos. Até lá, temos tempo para o surgimento de outros políticos se aproveitando do funk, do sertanejo, do futebol, da música e do que for conveniente.

Outros tantos renovarão as casas e darão continuidade ao absurdo provocado pelos eleitores omissos.

A consciência de alguns pode até chegar a pesar. Mas a tendência é que mais membros do mundo artístico ou da bola continuem conseguindo mais uma fonte de renda, para muito ganhar e pouco fazer.


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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Torcedor comum

Em dia de jogo da sua equipe, ficava tão nervoso quanto no momento de uma reunião importante. Principalmente, agora, em que seu time estava em um momento crucial do campeonato, disputando a liderança ponto a ponto com outro time de grande tradição no futebol.

Os últimos jogos não haviam sido bons. Empates, gols sofridos no final, expulsões e os jogadores mais promissores não colaborando.

Mas a chegada de um novo jogo dava ânimo e esperanças de mudanças. Antes do juiz dar o apito inicial, fez seu conhecido ritual. Deixou a televisão no mudo enquanto rezava. Acendeu duas velas, uma para São Jorge e outra para Nossa Senhora Aparecida, seus santos mais devotos. Acendeu também um incenso, para purificar o ambiente.

A cerveja já estava gelada. Tudo pronto.

Como sempre, via o jogo sozinho, sem ninguém por perto para 'cornetar', criticar ou conversar. Às vezes, sentia a falta de alguém para comentar algum lance, mas de uma forma geral era bem melhor ver os jogos sozinho, sem ninguém por perto para incomodar. Ali, era só ele e sua torcida.

Que tudo dê certo.

É dado o apito inicial e o primeiro tempo foi horroroso. Gol sofrido ainda no começo da partida e uma atuação pífia, do goleiro ao ponta-esquerda.

Sua gritaria não resolveu de nada. Muitos menos, seus xingamentos e lamentações.

A substituição no intervalo pouco mudou. No segundo tempo, uma leve melhora acompanhada de perto pela queda de rendimento do adversário. O gol de empate nos minutos finais fez a situação ficar 'menos pior'. Poderia ter sido de mais. Um empate até foi válido, diante das circunstâncias.

O time continuaria brigando pela ponta da tabela e o retorno de algumas peças importantes na próxima partida, dentro de casa, era uma esperança a mais. Sabia que, mais uma vez, não poderia estar presente. Raramente comparecia às partidas. Não era assim quando era criança.

Frustrado, colocou sua roupa e se arrumou. Desceu as escadas e antes de chegar próximo à porta, ela se abriu. Desceu poucos lances de escada antes de ter a porta do carro aberta pelo seu funcionário.

- Boa tarde, governardor. Sinto pelo empate.

O motorista já sabia bem que a cabeça do seu patrão não estaria boa. Tentou amenizar a situação, foi correspondido com um leve movimento com a cabeça.

Entre as reuniões e palestras do dia, o governador não tiraria aquele resultado da sua cabeça tão cedo. Fanático como ele existiam poucos. ...read more ⇒
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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Lições prévias do jornalismo online

Não vou ficar aqui gastando tempo criticando o UNI-BH.

Mas, ao mesmo tempo em que vemos matérias 'tapa-buraco', temos a oportunidade de assistir a algumas disciplinas que podem contribuir muito para o desenvolvimento pessoal e profissional. A disciplina Jornalismo Online já me chamou a atenção na primeira semana de aula. Pode ser cedo demais, mas a expectativa é boa; o sentimento é bem diferente de outras disciplinas.

Muita coisa citada em sala de aula já passava pela minha cabeça. Parece que algumas coisas tendem a acontecer a nosso favor, conspiram realmente para que nosso caminho seja trilhado.

Há poucas semanas, eu pensava em fazer vídeos próprios, com reportagens, matérias e o que mais desse na telha. Ficava pensando em como eu faria para comprar uma câmera, para editar, baixar, etc. Logo nas primeiras aulas de jornalismo online, a professora cita que o jornalista de hoje deve ser multimídia e é praticamente obrigado a exercer esse tipo de função, que vai muito além do que muitos pensam. Temos que aproveitar as novas tendências tecnológicas e caminhar junto delas, não ao seu lado.

Jornalista deve saber editar áudio, vídeo, gravar, baixar, ir a campos diversos, pesquisar, enfim, fazer de tudo. Isso se quiser algum lugar de destaque no mercado.

As informações passadas em sala só aumentaram a vontade e me fizeram ver que é realmente necessário correr atrás e se virar para fazer as coisas acontecerem.

Interesse não falta. Aos poucos, vou tomando conhecimento de outras coisas que podem me ajudar e me fazer sair do lugar, ainda mais.

Jornalismo online é muito bacana e um tema mais que atual.

Em conversa com o dono de uma das maiores empresas de comunicação do mundo, a profesora nos informou que ele se recusa a contratar jornalistas que não tenham blog. Confesso que bateu uma ponta de orgulho. Muitos não têm.

A justificativa para tal é que, se a pessoa é jornalista, ela tem a obrigação de se comunicar e de aproveitar um meio fácil de ser criado para colocar suas ideias, pensamentos, argumentos etc.

Se a pessoa não usa a tecnologia para se comunicar, ela pode estar fadada ao fracasso no mundo jornalístico. Convenhamos que um blog é uma baita forma de ter a escrita como hábito e desenvolver uma técnica tão preciosa para quem quer seguir tal carreira.

Espero que em breve eu consiga obter conhecimentos em edição de áudio e vídeo. Isso pode fazer qualquer profissional saltar na frente no momento de uma concorrência.

Não basta mais ser bom, é preciso ter conhecimento humano e tecnológico. ...read more ⇒
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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Falatas!



O Grupo Ânima realiza o FalaTas, projeto que conta com a presença de Marcelo Tas convidando figuras ilustres, conhecidas nacionalmente. Foi informado que trata-se do maior ciclo de debates de Minas Gerais.

No debate que teve a Copa do Mundo como tema, Cláudio Arreguy (O Estado de Minas), Cláudio Carneiro (Rádio Itatiaia) e Celso Unzelte (ESPN Brasil) marcaram presença. No "Faculdades das Quebradas", Marcelo Yuca, Maurício Tizumba e Heloisa Buarque de Hollanda foram os convidados.

Na última quinta-feira, Emanuel Carneiro (Rádio Itatiaia), Caco Barcelos (TV Globo) e Geraldo Teixeira da Costa (Diarios Associados) debateram sobre os novos rumos da comunicação para quase duas mil pessoas, no Minascentro. A fila deu volta no quarteirão minutos antes do começo do debate.

Em Belo Horizonte, não se vê um projeto parecido ganhando força, debatendo temas atuais e com a presença de figuras que servem de referência, tanto para os que estão começando, como para aqueles que já têm alguma projeção. Não é todo dia que se tem a oportunidade de ouvir conselhos e ideias de profissionais tão importantes e renomados.

Uma das falas que foi aplaudida e merece reflexão foi quando Caco Barcelos se mostrou a favor da inexistência do horário eleitoral gratuito, que gasta milhões de reais com a divulgação de candidatos diversos, dos sérios aos mais cômicos. Os que fazem o bem com certeza teriam seu trabalho conhecido e seriam merecedores de vários votos. Os aproveitadores cairiam por terra.

Entre outras partes de interesse, Emanuel Carneiro citou que passamos por uma fase de rejuvesnecimento da mídia, onde o consumidor se torna mais exigente, mais bem informado, mais participativo e crítico. Caco deixou claro que para ser um bom jornalista, deve-se saber contar bem uma história. Ele ainda deixou claro que o jornalista, atualmente, deve ser multimídia e ter conhecimentos diversos.

Apesar das várias críticas que são feitas diariamente ao UNI-BH, a ideia é louvável. É claro que tiveram diversos problemas para cadastramento, entrada, etc. Isso tudo podia ser mais bem feito, melhor organizado.

A UNI ainda conta com outros entraves que deixam qualquer aluno maluco. Problemas na arrecadação, secretaria, admistração, e por aí vai. Coisas que podem parecer simples, como uma matrícula, se mostram tão difíceis de serem resolvidas que tiram muitos do sério. O twitter da instituição é bombardeado pro críticas dos alunos constantemente.

Talvez o motivo da explicação seja pelo momento de transição que a faculdade passa. O Grupo Ânima adquiriu a UNA e UNI e parece estar se recompondo, mesmo que aos poucos. Difícil é pedir paciência e compreensão pra turma que gasta algumas centenas de reais por mês para verem alguns problemas continuarem acontecendo, insistentemente.

O que eu quero dizer é que, apesar dos problemas que parecem infinitos, a ideia do Falatas é muito boa. O projeto contribui para o desenvolvimento dos alunos e os colocam em contatos com profissionais que servem como espelho há algum tempo. Ouvir a voz do conhecimento e experiência nunca é demais.

O próximo Falatas acontece no dia 29 de setembro e terá como tema as eleições 2010. Marcos Coimbra, da Vox Populi, será um dos convidados. Outra presença já confirmada é a de Rogério Flausino.

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domingo, 22 de agosto de 2010

Desconfiança em dobro





As eleições de 2010 me parecem atingir o nível máximo de esculhambação. Com certeza esse é o ano em que tenho maior dificuldade para escolher os candidatos. A vontade em conseguir um cargo público de figuras como Romário, Tiririca, Mulheres-frutas e cia limitada fazem qualquer um rir, para não chorar. Como podemos acreditar que um quase-folclore possa ser realmente útil na defesa de direitos e desenvolvimento de uma lei ou outra?

Muitas campanhas exaltam o fato de candidatos serem ficha-limpa, como se isso fosse muito. É, no mínimo, obrigação.

O alto grau de corrupção visto nos úlitmos anos, acompanhado de perto por descasos e impunições atingiram em cheio a moral de muitos eleitores. Parece haver uma falta de referência...

Já penso no menos pior para votar, quase satisfeito. Um ou outro que tenho plena confiança já é muito. Votar nulo ou na legenda torna-se uma alternativa.

Até lá, é continuar ouvindo promessas e declarações enfusivas, às vezes sem muito entusiasmo. Muitas vezes escuto somente um 'quá-quá-quá' danado e é claro, nada que faça acreditar ou pelo menos não desconfiar. Sinto uma ausência de carisma fora do comum.

O que vemos atualmente é demais. O futuro próximo que nos aguarde. ...read more ⇒
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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Chama a força que ela vem

Depois de cinco semanas, dou um passo rumo à recuperação. Comecei, finalmente, a fisioterapia.

Exercícios diários por uma hora até o momento de ter condições de fazer todo e qualquer movimento com o bendito ombro esquerdo. Tem parte do nosso corpo que a gente só percebe o valor delas quando faz falta. Tentar entender a complexidade do corpo humano é demais pra mim. Mas é algo de uma primasia única.

Só quando comecei a fazer os exercícios mais puxados é que me lembrei de como a fisioterapia exige. Exige muito. Não é a primeira nem última vez que tenho que encarar algumas dezenas de sessões. A cada alongamento, a cada contagem até vinte ou trinta, a cada cara feia, a cada gota de suor... quanto drama, Daniel.

Mas o desenvolvimento até agora foi muito bom. Foram apenas duas sessões, mas bem proveitosas. Irei fazer de quarenta a sessenta, acredito. Bola, quem sabe esse ano. Até lá, terei oportunidade de pelo menos, minimizar a falta de forma física. Eu sem esporte é como...sei lá, um pão virado com a manteira pra baixo. Não dá. Então, força porque todo esforço valerá a pena. ...read more ⇒
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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Bom senso resolve




Ontem escutava o programa de Carlos Viana, na Rádio Itatiaia, quando soube que motoristas do SAMU terão que pagar pelas multas que tomarem em serviço, além de terem os pontos computados em suas carteiras.

Ou seja: durante um atendimento de emergência, com a vítima com urgência para ser atendida, o motorista terá que respeitar as leis de trânsito, como semáforos e limites de velocidade.

Alguns motoristas já tiveram o valor das multas descontados em seus salários e os pontos registrados na carteira. Um verdadeiro absurdo.

Carlos Viana entrevistou ao vivo um motorista que trabalha no SAMU há oito anos, que se mostrou indignado. A hora do Sindicato dos Rodoviários (pelo qual os motoristas estão registrados) atuar, chegou. O jornalista ainda afirmou que irá conversar com o Secretário Municipal ou Estadual da Saúde, afim de obter esclarecimentos e outras informações.

Acredito que a decisão não será mantida. Não faz sentido obrigar os motoristas a andar a 60km/h em um situação de extrema emergência, caso de vida ou morte.

O que falta no caso é bom senso e nada mais que isso.

Ou será que vai ser necessário algo de mais grave acontecer para que medidas mais adequadas sejam tomadas? ...read more ⇒
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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Adeptos do Jiu




A primeira coisa que me vem à cabeça quando se fala em jiu-jitsu são os Gracie e os pitboys, aquelas figuras com orelhas bem marcadas e caras de mau.

Mas me permiti conhecer melhor um pouco do mundo desses caras. Apesar do meu pré-conceito, sabia que não podia ser tão mau assim. Conheço bem alguns adeptos e sabia que a história não era como pensava.

No primeiro contato que fiz, para a matéria sobre o MMA que rolou no Chevrolet Hall, entrevistei alguns participantes do evento e lutadores de jiu-jitsu. Todos foram muito bem educados e receptivos. Mesmo que sem contato direto, era um bom sinal.

No dia da luta todos estavam bastante concentrados. Mesmo assim, houve abertura e nenhum problema para um depoimento ou outro.

Dia 14 de agosto BH recebe a segunda edição do Desafio Minas-Rio de MMA e é claro que eu queria passar por tudo aquilo de novo. Uma experiência que não sai da minha cabeça foi quando se encontravam, no vestiário, lutadores, técnicos e membros da imprensa. Aquele momento de preparação, minutos antes do cara subir no octógano, foi marcante. Ver tudo aquilo de perto foi marcante. Faltou uma câmera na mão.





Agora tive a oportunidade de entrevistar mais adeptos do jiu-jitsu. Cheguei a ver partes de dois treinos dos caras e a impressão, mais uma vez, foi boa. Antes dois treinos, rola toda aquela preparação de aquecimento e cumprimentos.

Fora dos treinos, educação, simpatia e disciplina. Aquele papo de camarada que sai da academia é vai pra rua brigar não cola. "O aluno é o espelho da academia", me relatou Mauro Santiago, o Heman, professor da Rio Sport Center.

O esporte ajudou muitos a serem mais calmos, ao contrário do que pensam que lhe é peculiar. Foi o caso do garoto Pedro Costa, outro entrevistado. Outro que conversei, Gabriel Mendonça, me chamou a atenção pela dedicação no treino, mesmo diante dos companheiros de tamanho superior.

Mais um tabu quebrado. Graças ao jornalismo, essa profissão maravilhosa que me permite conhecer mundos tão distantes de tão perto.



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Revitalização não-governamental

Acho que todo mundo já percebeu que vários posts do ficaketo começam falando do meu sumiço por aqui. É sempre o que vem na minha cabeça.

Para tentar impedir tal 'deja vou', acho que não custa nada tentar tocar o blog mais pra frente. Sair do lugar.

Nesse meio tempo já me veio à cabeça muita coisa que boa podia servir de posts, que duram, alguma vezez, segundos para ficar prontos. Não custa nada mesmo.

Agora já passou a hora de escrever sobre elas.

Acho que o twitter tem boa parcela de culpa nesse meu sumiço. Com muito mais dinamismo e agilidade, ele atrai além da conta e em poucas palavras, se consegue colocar aquilo tudo que quer dizer. É um ótimo exercício de cortar palavras, definitivamente.

Está lançada, então, a campanha de revitalização do ficaketo. Nada de novo layout, visual ou parcerias. A minha proposta sempre foi de ter na escrita um hábito, uma forma de crescimento constante. Muito mais por mim do que pelos outros.

Então tenho o compromisso de não me deixar na mão.

Quem vem comigo? ...read more ⇒
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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Experiência #1

Mais sumido que eu por aqui, só o futebol do Ipatinga.

Ontem tive o privilégio de ter a minha primeira experiência como repórter de campo. A turma que eu sempre via de longe, pela TV, agora vi de perto, do meu lado, fazendo a mesma coisa que eu.

Ver o jogo atrás do gol, ter a chance de fazer perguntas para os jogadores e técnicos, estar presente e envolvido diretamente em um jogo de futebol, é uma sensação sem preço.

Claro que depois de um tempo, a coisa deve ficar mais tranquila. Questão de costume. Mas acho que essa ideia de ser um privilegiado não pode nunca sumir.

Espero ir em mais jogos e treinos. Oportunidades não vão faltar. É essencial se mostrar presente, para se tornar conhecido e fazer os outros saberem quem é você. Isso, nesse meio, é primordial. Muito mais importante que ser conhecido, é ser respeitado. Botar a cara, mostrar coragem para fazer perguntas (por mais que elas pareçam estúpidas), passar segurança, tudo isso ajuda e muito.

Mas tudo tem sua hora. Aos poucos, vou pegando o jeito da coisa para consolidar ainda mais esse sonho de viver do e para o esporte.

Creio muito que muita evolução ainda está por vir. E muitas conquistas também. ...read more ⇒
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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Fazendo a cena



Belo Horizonte é a terceira ou quarta capital de maior importância no Brasil, mas quando o assunto é reggae a coisa não é tão favorável.

Apesar do esforço e da existência de um público cativo, o estilo musical na capital mineira possui uma cena, organizada e produzida por poucos, que podem, tranquilamente, serem chamados de guerreiros. “Regueiros guerreiros de Minas Gerais”, como a banda Anaguilê traz.

Atualmente, três projetos fazem a cena: Deskareggae, Kaya no Reggae e Resistência. Cada um com seu tempo de correria e com suas preferências.

O Deskareggae possui um bom tempo de estrada: são 10 anos na luta, única e exclusivamente pelo reggae. Mais vitórias que derrotas, o projeto sabe bem como funciona o mercado do estilo em Belo Horizonte. Entre altos e baixos, modas e tendências, os caras se mantém até hoje.

A importância do Deskareggae para quem gosta de reggae em Belo Horizonte é pontual. Ponto de Equilíbrio, Red Meditation, Gladiators, The Original Wailers, Don Carlos e Pablo Moses são destaques do reggae internacional e todos eles desembarcaram em Belo Horizonte por causa do Deskareggae.

Considero e valorizo a importância de cada projeto. Fred Jorge comanda o Resistência que acaba de sair da Casa no Santa Efigênia e ir para a Rua Sergipe. O movimento acontece todas as terças. O Kaya no Reggae coloca a noite ao ar livre como pré-requisito que deixa qualquer ambiente mais agradável.

Mas reggae em BH seria outro se não fosse pelos idealizadores do Deskareggae, que atualmente acontece todos sábado na Cervejaria Oficial (Rua Diabase, 201, Prado)

Acredito que a cidade tem potencial. “Unir forças e se organizar” pode ser o caminho mais viável. Dica do Pedrinho.

O tempo ainda pode trazer muitos benefícios para o reggae em Belo Horizonte.

Meus agradecimentos e saudações a cada um que vive essa batalha.



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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Tardias novidades

Os integrantes do Jogada de Classe



É vero que a novidade não é mais tão nova assim. Mas é recente, então vale.

Não trabalho na Ragga mais. Recebi uma proposta da TV Horizonte e decidir encarar novas desafios. Clichêzona essa frase, mas define bem. Estou trabalhando como um assistente de produção do programa Jogada de Classe, da TV Horizonte. Orlando Augusto, Ramon Salgado e Paulo Azeredo formam a mesa. A produção-reportagem fica por conta de Marcelo Behler. Estou lá desde 19 último.

Sempre fui apaixonado por futebol, desde moleque. Desde quando eu e meu irmão íamos, com 6 e 8 anos de idade pro Minas, às 8h de um (um não, vários) sábado (s), para jogar gol-a-gol até o pessoal chegar lá pelas 11h e formar dois times. Desde a época em que fui no Mineirão, pela primeira vez, e vi goleiro Milagres fazer uma de suas façanhas. Entendi o nome na hora. Desde sempre sou apaixonado por futebol. Sei que no meio do futebol tem muita coisa podre. Parece que chegou a hora de ver a coisa mais de perto.

Achei que era o momento de atuar em uma área que gosto e tenho conhecimento. A oportunidade apareceu, não podia deixar passar. Algo me cutucava e falava: 'velho, vai nessa'. E fui. Quer dizer, estou indo. E tá bom demais. A tendência é melhorar. O pessoal é super profissional e o ambiente também é outro. Muito bom, mas outro. Acho que nenhum ambiente é como o da Ragga.

Dei o meu melhor nesses dois anos e não arrependo de nada que fiz. Tudo que aconteceu só ajudou. A Ragga foi nota 11. Foram dois anos de muito aprendizado, em um ambiente de trabalho diferenciado, com pessoas diferenciadas. Dali vou levar coisas e pessoas para o resto da vida. Lembro que uma das primeiras coisas que pensei quando tive a oportunidade de ir para a Ragga foi: 'deve ser uma experiência riquíssima'. E foi. Rica e valiosa, daquelas que não têm preço.

Tinha a sorte de trabalhar a 186 metros de casa. Qualidade de vida na alta.

Vou sentir falta de tudo, mas acho que não perdi nada. Pelo contrário. Só ganhei.

Abraços e saudades. ...read more ⇒
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domingo, 4 de abril de 2010

Volta Gaby!

Por mais bobo que possa parecer, se comparada com outras situações, ninguém merece o sentimento de perder o animal de estimação.

Não saber onde está o bendito ser, o que aconteceu, se ele se perdeu, se o levaram, se o roubaram, se está bem ou mal, é uma angústia a cada olhar para a entrada da casa, a cada pisada no seu brinquedo, a cada latido de um cachorro vizinho.

O que machuca ainda mais é a dúvida que pairou minutos antes da saída, sem saber exatamente, se deveria levar ou não o cãozinho, que sempre parece assustado, mas nunca fez mal a uma formiga.

Nas primeiras horas, foi tudo tranquilo. Sempre ali presente, rodeando, torcendo pra algum pedacinho de alimento cair da bancada para seu deleite. Sempre que dava uma breve escapada, era para algum lugar próximo e mesmo assim, era acompanhado pelo olhar da dona.

Inevitavelmente, uma hora relaxou-se demais. Onde se estava, não se podia esperar outra coisa. Decidiu-se procurar, mesmo no escuro. Um burbulhão de sentimentos, pensamentos e hipóteses começava a se formar em cada um do que estava presente. Era apenas o começo.

Quem sabe no outro dia, pela manhã, com a visibilidade mais favorável. Chamados, gritos, assobios, tudo foi tentado. Buscas incessantes e constantes, a pé e de carro, foram feitas por todos, a quem agradeço a cada passo e quilômetro rodado. Mesmo quem não tem um cão pode imaginar como é. Uma convivência de oito anos era o pano de fundo para a tristeza que tomava conta. E a danada aumentava, a cada hora que se passava. Não ficaríamos ali para sempre.

Ela podia muito bem ter adorado o lugar e imaginado que ali era seu lugar em definitivo. Pode ter se perdido e passado fome, frio e sede. Pode um monte de coisa. Mas ninguém sabe de nada, exatamente.

Um chamado no celular levantou falsas esperanças. Um poodle também fora encontrado. Foi levado até a casa para a devida identificação. Peludo demais. Não era ela.

Um dos que estava na casa jurou que a viu na noite posterior, correndo com outros dois cães. Tentou-se correr atrás, em vão. A mesma figura jurou que a sumida apareceu na varanda de casa na manhã do último dia. Estes dois fatos deram uma esperança sem noção para quem vivia a angústia do desaparecimento.

Conversas com vizinhos, conhecidos, estranhos e funcionários tentavam espalhar ainda mais a notícia. O boca a boca numa era dessa tem um grande valor.

Até que chegou o momento de ir embora. Tínhamos, mas não queríamos. Como colocar as coisas no carro e ir embora, sentindo e sabendo que algo falta, algo muito além de uma simples lata de milho ou uma bola? Trata-se de um ser vivo.

O que pensar e sentir quando lembrar que a companheira de quase uma década não vai estar mais ali para recebê-la, quando chegar cansada do trabalho e querer tão e somente o conforto do lar?

Mas nem tudo está perdido. Não se pode perder as esperanças e achar que o que está feito está feito. Tem que correr atrás até não sei onde, bem depois de estar cansados e incomodados. Pensamento positivo pode ser uma baita aliado. Mas o sentimento de culpa, frustração e dúvida é grande demais para ser ignorado.

Em um momento desses, recorre-se a Deus também. Não custava nada rezar e pedir que o animalzinho reaparecesse e voltasse correndo com saúde. Nem precisava estar limpo. O que será que passou o animal neste meio tempo? É de tirar o sono.

Mas persistamos. E acreditamos, fielmente, que a encontraremos. E que a paz e a felicidade volte a reinar no coração de quem só quer uma companhia de volta de um simples ser com ar de 'capeta'.

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terça-feira, 2 de março de 2010

Eu vou até lá...

Durante a greve dos ônibus na semana passada, retomei um hábito que chegou a ser recorrente no ano de 2009: ir a pé para a faculdade. Bruno Mateus me dava uma breve carona até a esquina de Contorno com Andradas e dali eu ia caminhando até a Lagoinha, escutando a Turma do Bate-Bola como distração.

Confesso que o caminho não é curto, mas com o tempo, me acostumei. Mas tudo tem um preço. Após quatro ou cinco dias indo a pé, caminhando por volta de uns quatro ou cinco quilômetros, o cansaço bate e parece que quando vem, vem tudo de uma vez. Na sexta, já estava louco por lençóis. Acho que não compensava os R$ 2,30 por dia economizados. Ou compensa?

Existem os dois lados. O do cansaço e o lado de ir a pé, não pagar nada, não pegar trânsito, não ter ninguém no ônibus escutando axé e funk no celular e fazendo de você um ouvinte obrigatório daquele batidão, ao lado de mais não sei quantas pessoas, que não se decidem estar mais loucas por chegar em casa ou esfolar a cara de um cretino desse no pirulito da Praça Sete. A vontade que tenho é de levar um fone e quando ver o primeiro sem-vergonha com o celular em mãos, não dizer nada, apenas entregar a ele o bendito fone.

Pode escutar o que você quiser amigão, o quão alto você quiser, mas obrigar os outros, no final do expediente a escutar o que você gosta (e lamentar por não conhecer ou apreciar tanta coisa boa que tem por aí) é demais. Chega a ser falta de respeito.

Acordo pensando uma coisa e horas depois, o pensamento já muda. Acordo sempre pensando 'não vou a pé pra faculdade hoje neeeem'. Mas após o meio-dia, a disposição muda e já começo a considerar a possibilidade e ver o lado bom da coisa. Pode ser que compense mesmo. Acabo que decido em cima da hora. Fato é que chego na faculdade às 19h, de ônibus ou a pé. De carro, sempre rola um pequeno atraso.

Dia desses percebi que posso muito bem ir de bicicleta, mas a disposição, neste caso, já é outra. Enquanto isso, vou decidindo entre uma e outra opção. ...read more ⇒
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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Diferenças

Ontem estava assistindo ao SportCenter quando vi a matéria sobre a cobertura que a ESPN Brasil vai fazer do SuperBowl, a grande final da NFL, campeonato de futebol americano.

Um puta evento, superbem organizado e com uma estrutura de dar inveja a muita gente. É claro que o investimento por lá é outro, mas bons exemplos podem e devem ser tirados e aplicados na imprensa brasileira. Um dos destaques da grande final é um show que acontece no intervalo da partida. Somente três músicas são tocadas pela banda convidada e a montagem e desmontagem do palco, bem no meio do gramado, dura segundos.

Um outro bom exemplo de organização é a coletiva de imprensa, que acontece no saguão do hotel. Durante um período, que deve ser de umas duas horas, todos os jogadores estão disponíveis para os jornalistas. Simplesmente todos. Cada um fica em uma mesa, a espera dos interessados.

A coisa parece acontecer com muita tranquilidade, sem tumultos e sem assessores cerceando quem pode ou não dar entrevistas e falar sobre assunto X ou Y.

Na minha humilde opinião, isso seria bastante possível de ser realizado por aqui. Basta boa vontade e interesse em fazer algo organizado.

Não custaria muito para o clube, que ganharia muitos pontos em termos de organização e respeito à imprensa, setor que depende da instituição esportiva para sobreviver, ao mesmo tempo em que esta depende do veículo para divulgação de notícias.

André Kfouri, Everaldo Marques e Paulo Antunes, com certeza, darão mais um show de transmissão. Vale a pena ver. Até mesmo para os que não conhecem nada do esporte. ...read more ⇒