| 2 comentários |

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Twitter, orkut, facebook e afins

Finalmente me inscrevi no Twitter. Todo mundo só fala disso agora, não podia me permitir ficar de fora dessa.

Foi a mesma coisa quando uma amiga sueca me falou "Você não tem Facebook? Você tem que ter um!". Não me contive e fiz.

Mas uma coisa que ouvi há pouco tempo da amiga Thaís Pacheco é de suma importância. Não basta se cadastrar apenas para dizer que tem. É preciso se cadastrar e participar, fazer por onde, "movimentar a cena". Até porque esses sites possuem várias ferramentas e a aprendizagem e manuseio só aparecem com o tempo. Acredito que não seja difícil, mas o mínimo deve ser feito.

Ainda não sei mexer bem no twitter e facebook, mas pelo menos no twitter eu tento dar uma entradinha todo dia pra deixar alguma mensagem e ver o que a galera anda aprontando. Volta e meia aparece coisa bacana. Além disso, é meio surreal você seguir os passos de gente famosa tipo Rafinha Bastos e do hetptacampeão mundial de F1 Rubindo Barrichello. Ops...

Já no facebook, ainda não fiz por merecer o cadastro. Sei mexer pouquíssimo e ainda falta motivação. Mas ainda vou me redimir. Em homenagem à amiga sueca.

No orkut, já domino bem, só fica atrás do site da ragga...hehe...

E você, já faz parte de todas as comunidades virtuais possíveis? ...read more ⇒
| 2 comentários |

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Dai-me paciência

Às vezes viro um mala. Falta paciência e em alguns casos, educação.

Quando acabo de acordar então, nem se fala. Acho que nunca vou conseguir ser como algumas pessoas, que assim que acordam, sorriem e saem distribuindo bons dias com um entusiasmo ímpar.

Preciso de alguns minutos (ou horas) para entrar no ar e começar a ficar mais tranquilo.

Mas a paciência falta não só quando acordo. Muitas vezes ela aparece no decorrer do dia ou se mostra presente durante os três turnos, ininterruptamente. Gostaria muito de saber o motivo, mas realmente desconheço.

Tem dias que saio pra algum show ou bar e a santa paciência não dá as caras nem por decreto. Aí não fico numa boa situação pra conversar, descontrair e aproveitar. Não dá mesmo. Acabo respondendo tudo laconicamente e isso quando necessário. Tem vezes que o melhor a fazer é ir embora.

Quando estou nesses dias, prefiro ficar na minha, calado. Acho que é o melhor que faço pra evitar de entrar em atrito ou passar uma má impressão. Se alguém que nunca me viu, me conhece nesse estado, com certeza vai me achar um escroto e querer nunca mais encontrar comigo. Não é pra menos.

O pior é que muitas vezes acaba sobrando pra quem não tem nada a ver e só quer trocar uma ideia, jogar conversa fora. Até hoje faço um esforço pra evitar de ser mal-educado quando esses dias aparecem. Principalmente no trabalho.

Mas também tenho meus bons dias. Queria muito poder comprar paciência. Pagaria qualquer preço. Desde que tivesse algum para dispor.

Não me levem a mal quando perceberem que estou impaciente. Sei que viro um chato e não é nada pessoal. É coisa minha mesmo. Ainda espero que um dia isso tudo desapareça. ...read more ⇒
| 1 comentários |

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Favela

Nunca havia entrado numa favela. Só visto de longe. E sempre que via, imaginava como deveria ser lá dentro, viver por ali, conviver com violência, tráfico e a já sabida malandragem. Poucas pessoas tinham aquele perspicácia, aquela ginga da turma da periferia. Aqueles sabiam levar a vida pouco favorável como raros. Conseguiam, mesmo em condições muitas vezes sofríveis, serem felizes. Como, não sabia.

Chegou, de surpresa, a hora. Uma pauta sobre o jeito simples dos moradores do morro, seu dia-a-dia, seus afazeres, sua realidade. Teria que entrar nas justas vielas e conhecer os moradores em poucas horas e ainda, tirar deles, algumas histórias de vida interessantes, que dessem uma boa matéria.

Achou melhor ir de ônibus, ele e o fotógrafo. O local não ficava longe da redação. O problema era subir a longa ladeira, até a parte de cima, onde preferia começar. De lá, podia iniciar seu trabalho e vir descendo, até a hora da volta. Lá de cima, a visão era incrível. O mar azul, todo aberto, proporcionava uma vista aos moradores da favela de dar inveja a qualquer milionário. Simplesmente deslumbrante.

Conseguiu subir até a parte mais alta sem nenhum incômodo, surpreendentemente. Apenas alguns olhares estranhos de algumas pessoas ressabiadas. A fama do local vinha de longa data. O fotógrado o acompanhava calado o tempo todo. Viu, em um bar próximo, uma pequena concentração de pessoas. Aproximou-se e pediu uma água mineral. Duas, disse o ainda assustado detentor da máquina fotográfica, olhado de perto pelos moradores, que pareciam "crescer o olho" em seu instrumento de trabalho, avaliado em alguns poucos mil dólares.

Bebeu um longo gole e perguntou ao homem se ele era o dono do local. A resposta afirmativa deu início a uma conversa com seu primeiro personagem. Antes que pedisse ao companheiro, o mesmo já tirava fotos da conversa e do local. Os moradores ali, só vendo. Conseguiu, no mesmo lugar, mais dois personagens. Um senhor, morador da favela há 34 anos, e que dizia que a situação ali nunca estivera tão boa. Os traficantes protegiam a vila, que agora contava com água encanada e TV a cabo, ideal para os fins de noite. A mulher entrevistada assumia o desemprego recente com uma ligeira raiva da patroa que a botou pra fora após desconfiar de roubo, sem muito motivo. As histórias ali eram diferentes, pareciam únicas e cada uma delas poderia dar uma bela capa de milhares de caracteres. As fotos também saíram boas, mostraram bem a essência do ambiente.

Aquele era um de seus primeiros trabalhos como repórter, mas o nervosismo não se mostrou presente, como nas primeiras oportunidades. Talvez pela simplicidade do povo se manteve tranquilo e encarou o trabalho como um simples bate papo com gente pobre, mas de muita dignidade e humildade. Ali, não tinha o compromisso de parecer assim ou assado. Era somente pegar as histórias diversas que saíam facilmente e depois selecioná-las para botar no papel. Uma pena não ter espaço para colocar tudo que merecia. O resto iria para seu blog pessoal, pouco visitado, mas bem frequentado e constantemente atualizado com relatos e opiniões.

Em um lugar que menos esperava, tirou lições proveitosas que seriam benéficas por muitos anos de profissão. Encarar cada entrevista como um bate-papo informal era a primeira delas. E ver o entrevistado, mesmo que famoso, como um ser humano normal, igual a ele.

O muro que parecia existir entre ele e os famosos e celebridades que iria entrevistar parecia desmoronar. Um retrato da favela que nunca seria esquecido.

* homenagem à Celso Moretti, criador do reggae-favela ...read more ⇒