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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

PM = Polícia de Merda


Me impressiona muito o despreparo da Polícia Militar de Minas Gerais, especialmente em jogos de futebol. Durante o jogo de ontem entre Cruzeiro e Atlético-PR, uma confusão generalizada tomou contou da principal torcida celeste, que mais uma vez, entoava gritos a favor de sua entidade, ao invés de apoiar o time, que mal se encontrava em campo. Após receber ofensas do restante da torcida, uma boa parte da principal organização se dirigiu para o meio do público, provocando correria e desordem. Isso aconteceu durante vários minutos dos dois tempos do jogo e em nenhum momento foram vistos policias em ação para tentar, ao menos, minimizar a situação. Com certeza pessoas inocentes foram vítimas de agressões, roubos ou, no mínimo, um belo susto. Imagine só para quem estava com crianças, mulheres e idosos ou para aqueles que iam ao estádio pela primeira vez na vida. Com certeza, não voltarão tão cedo. Já vi e vivenciei experiências das mais diversas com policiais em estádios de futebol e casas de shows. Quase 100% delas negativas. Não se pode pedir uma informação sem ser mal respondido ou sofrer uma bela falta de educação. Quando entramos em alguma área não permitida, já nos tratam como bandidos ou marginais e levantam cacetetes, armas ou quase sempre a voz, sempre entoando palavrões e palavras de baixo calão. Não custa nada ser educado, mesmo com a escrota farda, que parece mudar atitude de tais ‘profissionais’ no instante em que é vestida.

O pior é que tais fatos lamentáveis não acontecem somente aqui em Minas. Já vi pela TV casos de policiais despreparados e inconsequentes em Recife, São Paulo, Rio e Goiânia. Em casos em que se pode muito bem apenas separar a multidão, eles agem com força, truculência e acabam acertando inocentes que nada tem a ver com o caso. Jogam spray de pimenta, lançam bombas e ferem muitos com espadas e outros instrumentos. Compreendo que conter uma multidão empolgada é um trabalho difícil, mas me cansei de ver policiais altamente desqualificados em serviço. Muitas vezes só de bater o olho já se percebe que o ‘oficial’ não tem a menor condição de exercer tal função.

A culpa também é dos superiores, que orientam mal e são responsáveis pela preparação e atitudes de seus subordinados. Eu mesmo já fui vítima de ação covarde da polícia e já vi tantos outros casos, incontáveis. Nunca fazem nada, fingem que não viram e quando reclamamos, alteram o tom de voz, como se fossem super-heróis cheios de poder.

Cansei de ver tais atos. Pessoas já morreram e não foram poucas. Uma das últimas foi um paulista que ao ver a polícia se aproximar durante uma confusão, parou e levantou as mãos para o alto, dando indicações de que nada tinha a ver com o assunto ou que não teria intenção de realizar algum vandalismo. Pouco adiantou. O policial se aproximou e, mesmo assim, deu uma coronhada na cabeça do cidadão, que acabou falecendo dias depois.

O que me deixa mais indignado é que quase sempre os culpados não são punidos e continuam a exercer sua profissão normalmente, como se nada tivesse acontecido. Uma baita motivação para que casos como este se repitam e continuam impunes. O fato de muitos deles não ter o nome na farda não acontece por acaso. Não fazem distinção na hora de tratar com um senhor, senhora, estudantes, crianças, pretos ou brancos. Todos são uma espécie de alvo, sempre aguardando o próximo ato hostil.

Até onde vamos não sei. Mas falta preparo, qualificação, investimento e alguém que coloque ordem na casa. Os casos não param de acontecer e a revolta de quem vê tudo ao vivo ou pela TV só cresce. Um dia pode acontecer com você, se ainda não aconteceu. Não desejo para ninguém sentir na pele tal revolta. Nem mesmo para os baderneiros, que se disfarçam de torcedores, que entram em estádios com todos os intuitos, exceto torcer pela agremiação que finge apoiar. Isso que eu falei se resume somente aos estádios de futebol. Imagine o que não deve acontecer em comícios, passeatas e presídios.

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