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terça-feira, 19 de maio de 2009

Original Wailers



Recentemente tive a sorte de entrevistar um dos integrantes de uma das minhas bandas preferidas. Junior Marvin nasceu em Kingston, na Jamaica, e fez parte do The Wailers durante quatros anos, tocando ao lado de nada mais, nada menos, do que Bob Marley.

Sempre quis entrevistar alguém como ele. Fazer perguntas que sempre imaginei fazer, perguntar sobre o uso da maconha, sobre a religião rastafari, sobre o convívio com o rei do reggae e muitas outras coisas. Na pilha da coisa, algumas outras questões apareceram na hora, outras acabaram sendo esquecidas.

Algumas das coisas bacanas que ele falou se referiam à leitura da bíblia, ao equilíbrio para tudo na vida, inclusive no consumo da erva sagrada e um pouco da sua história. Marvin diz que começou na música antes mesmo de começar a falar. "Minha tia colocava toda a família para aprender canto e piano com poucos anos de vida". A história e o sucesso foram inevitáveis, começando tão cedo. Mas ele admitiu que, quando disse à família que gostaria de ser cantor, todos riram.

Fã de rock and roll, Junior tocou em algumas bandas, sempre influenciado por grandes nomes do gênero, como Beatles, Rolling Stones, Stevie Wonder, Led Zepellin e Jimi Hendrix.

Convites apareceram aos montes. Em um deles, combinou de realizar um teste com um músico. O amigo que arranjou tal encontro não quis falar quem seria o parceiro. Minutos antes de sair para o teste, Junior recebeu uma ligação de Stevie Wonder. Custou a acreditar. Stevie o convidava para fazer parte de sua banda pelos próximos dez anos. Junior disse que retornaria a ligação em duas horas, pois estava de saída. Foi ao encontro pré-marcado. "Quando cheguei lá, vi um rasta com enormes dreadlocks. Mal podia crer que se tratava de Bob Marley", lembra.

No teste, três músicas foram tocadas: Waiting in Vain, Exodus e Jamming. Só pedra! Após a terceira música, Marley disse à ele: "Bem vindo ao The Wailers!". Stevie Wonder teria que esperar.

Junior afirmou que adora o público brasileiro. "A vibração aqui é muito boa, as pessoas são bastante receptivas", conta.

No final, pensei em manter o profissionalismo e ficar na minha. Mas ele mesmo perguntou se eu não queria tirar uma foto. Como recusar um registro ao lado de uma lenda do reggae? É provável de nunca mais uma oportunidade desta aparecer.

Fica o registro e as lembranças da simpatia de Junior. Jah Ras!

CLIQUE AQUI PARA BAIXAR A ENTREVISTA COMPLETA COM JUNIOR MARVIN

1 comentários:

renanmportes disse...

O cara agora é amigo do Bob de tabela...