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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Semelhanças dentro e fora do bar



Garçom que é bom não basta ter um mínimo de escolaridade para saber escrever cachaça e outras pérolas.

Não basta ser educado, cortês, gentil e atencioso. Tudo isso ainda é insuficiente.

Um bar sem um bom garçom é como um time sem um bom camisa 10.

Não dá pra se omitir, tem que aparecer pro jogo o tempo todo. E o mais importante: jogar de cabeça levantada, saber se tem gente por trás, pela frente, pelos lados, com a mão levantada, pedindo bola ou somente mais uma cerveja.

Não dá pra ficar esperando a figura surgir, depois de tanta omissão. Tem que ser pró-ativo, não pode deixar sua ausência ser notada por um longo período. Se for assim, uma derrota pode ficar próxima.

O adversário agradece, a torcida que comparece se enfurece e não volta mais. Ponto pra concorrência, que tem no seu maestro sorridente um diferencial, sempre a postos para atender, sugerir e distribuir o jogo com elegância. Esse sujeito faz a diferença.

Tem gente que mesmo depois do apito final, fica por ali, seduzido pelo bom grado de quem não lhe esqueceu. Os acréscimos viram incontáveis saideiras.

Garçom ruim de serviço é igual volante da roça, que não olha para os lados e só chuta para onde o nariz aponta. Parece usar aquele cabresto, que impede que olhe para os lados, tem medo de levantar a cabeça e ver tudo que se passa ao seu redor. Mais tarde ou mais cedo (possivelmente mais bem cedo), a casa vai cair.

Torcida e clientela vão reclamar, se precisar falam até diretamente com o presidente.
 Garçom e camisa 10 de qualidade fazem a diferença, podem acreditar.

Dá até gosto de ver como ‘rebolam’ para dar conta de tudo, mostrando que o que parece difícil, não é tão assim. É tudo questão de prática, costume e vontade de querer sempre fazer o melhor possível .

Garçom ruim é pior que goleiro inseguro. A qualquer momento, tudo por ir por água abaixo.

Se uma cerveja demora, imagine a conta. Não sabe dar 12% das informações que lhe são perguntadas e gagueja quando deveria mostrar consistência. Uma bola fácil vira algo impiedoso.

Quando a bola chega, não sabe o que faz. Se solta ou se segura, se chuta ou se passa. Confiança e dedicação são fundamentais. O cara precisa querer e isso a gente percebe com poucos minutos de jogo. Ter uma referência que deixa a desejar não dá. Uma noite infeliz é sempre possível, mas várias seguidas é quase impossível, exige demais da paciência e boa vontade.

Não há torcida ou clientela que aguente. Não há bar ou time que vá pra frente

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