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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Melhor que pensava


Um único Carnaval no Rio de Janeiro, com aquela multidão toda e alguma dificuldade para locomover, me fizeram ter dois pés atrás da maior festa do Brasil. Mas foi justamente em casa que reencontrei a alegria de sair nas ruas nesta época.

Claro que fiz questão de evitar aglomerações. Multidão me tiro o humor, a paciência e muito mais.

O risco existia já que Belo Horizonte recebe mais turistas a cada ano e o que não falta é gente espalhada pela cidade.

Mas, no fim, deu tudo certo. Mesmo de plantão em três dos quatro dias, consegui aproveitar, como folião, dois blocos que foram muito bons. Se eles não tivessem sido tão bons, eu continuaria achando que Carnaval é confusão, muvuca, gente bêbada e alguma ressaca de lambuja.

Blocos menores são os ideais. Pouca gente, pouca fila pra tudo e você logo ali perto do carro de som, da bateria ou da banda. Música boa é pré-requisito. Nada de axé dos anos 1990 ou sertanejo. Não, obrigado.

O Memórias Cantando estreou neste ano e ganhou na minha apuração. Bloco parado, no começo da Rua Sapucaí, entoando sambas canção e músicas de carnaval de uma outra época. Uma samba afinada deixou tudo no jeito.

O outro foi o Unidos do Barro Preto. Este andava pelas ruas do 'pólo da moda', com uma kombi sustentando algumas caixas de som e um bocado de gente atrás. Mas nada de lotação, um quarteirão foi o máximo que foi ocupado pelo bloco. Quem quisesse, podia se 'pintar' de barro, que era 'fornecido' por gente do bloco, em baldes. Se eu não tivesse que trabalhar mais tarde, certamente entraria nessa. Neste caso, faltaram alguns ambulantes e muitos banheiros.

Sanitários no Carnaval são fundamentais e os responsáveis pelos blocos têm a obrigação de fazer todo o esforço para não faltar. Não sei se a prefeitura complicou as coisas, mas vi muita gente (inclusive mulheres) fazendo xixi na rua. No desespero, foi o jeito. Teve uma turma de uma construção perto que não acreditava no que via.

Em 2017, espero estar de folga para aproveitar apenas alguns mais. Um atrás do outro não sei se será minha praia. O melhor de tudo é que o preconceito inicial ficou pra trás e agora estarei pronto para me jogar um pouco mais. Só um pouco...




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