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terça-feira, 6 de março de 2007

Só vendo pra crer

De uns tempos pra cá, resolvi ser mais seletivo em relação aos filmes que assisto. Na verdade, é raríssimo eu ver algum filme na TV. Simplesmente não tenho paciência. Pegar filme no meio, tentar entender tudo que já aconteceu... Muita gente vai dizer: "Pegue o guia de TV e verifique o horário em que começa." Mas realmente não tenho paciência. Quanto mais em casa. E também pelo fato de na TV não ter tantos filmes como os que ultimamente, tenho optado por assistir.
Existem filmes que me chamam muito a atenção e faço questão de pagar (barato!) para vê-los. Filmes com histórias simples, como "Lunes al sol", um filme de produção super barata, que conta o dia-a-dia de cinco amigos, que moram em uma cidade portuária da Espanha. A história mostra o cotidiano de cada um deles, em suas casas, o relacionamento com suas famílias e entre si, é claro. Filmes como esses dão de dez a zero em qualquer super produção americana. Pelo menos na minha opinião...
Após assistir filmes como esse, costumo sair do cinema leve, solto, livre...e não tenso, com a impressão de ainda estar preso na cadeira, após ver litros de sangue, 43894 mortes e tiros e muito, muito barulho. Credo!
Dou a dica para quem se interessar: um dos melhores lugares para assistir a filmes de qualidade e diferenciados é o Cine Humberto Mauro, com um preço de chamar a atenção e filmes que fazem qualquer um sair da sala com vontade de retornar.Às segundas, ocorre exibição do Cine Curta Circuito, curtas com produções super baratas e idéias interessantes, e "de grátis". Não custa nada ver. Nada mesmo. Ultimamente, o Palácio disponibilizou a Mostra "Passou Batido", com filmes bem interessantes, a um preço ridículo, se comparado com os Cinemarks da vida. Foram 6 filmes nesse mostra, divididos em duas partes. Vi todos. O que mais me chamou atenção foi "Familia Rodante", uma produção argentina, contando a história de uma família (adivinhem o nome?), que viaja 1000km, dentro de um trailer super apertado, rumo à Missiones, para o casamento de uma das parentes. A história é essa. E só. Após "Familia Rodante" (vi duas vezes, uma só pra acompanhar meu amigo Toddy...ele tinha q ver essa pérola!), saí pela Afonso com uma vontade enorme de morar um, dois, três anos na capital latina mais européia que existe. Uma vontade de ter o castelhano fluente, falar todas aquelas gírias, estar presente no dia-a-dia daquela cultura que está tão perto, mas é tão diferente da nossa. Não que eu não goste da nossa cultura, pelo contrário. Adoro. Mas o filme realmente me fez sentir um êxtase, uma vontade de ser argentino, sei lá. Coisa de louco mesmo, coisas que só algumas produções podem fazer, ao contrário de tantas outras, que nada acrescentam. São histórias simples, mas que trazem um retorno sem preço.
Atualmente, a bola da vez são quatro filmes do diretor alemão Wim Wenders, um dos nomes mais consagrados do cinema mundial. Até agora vi apenas dois dos quatro filmes disponibilizados. A impressão que tive , por enquanto, é de uma relação muito intensa de Wenders com a cultura japonesa, especialmente pela cidade de Tóquio. Realmente vale a pena e não custa nada. Quer dizer, custa sim, R$2,50, mas fala sério. O valor é ridículo e o custo-benefício, altíssimo.
Quem puder ir, vá. E depois me conte.

1 comentários:

Juliana A.B.F. disse...

Daniel, andei lendo as últimas postagens. Gostei demais do seu blog. Obrigada pela visita.