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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

ABC, ABC...

Não tem muito tempo que descobri o verdadeiro e imenso valor de ler e escrever. Sempre gostei de escrever, acho que puxei isso da minha mãe, ela também adora escrever e pensava em ser jornalista, mas por forças do destino, isso não foi possível. Mas tenho certeza que ela daria uma ótima redatora. Quando era moleque, adorava escrever textos, redações, provas em grupo, era tudo eu quem escrevia. Adorava. Ultimamente, tenho mais lido do que escrito. E pra leitura, não tem limite: até bula de remédio é útil. É interessante ler de tudo, para saber quais são as linguagens utilizadas, as formas de escrita, as técnicas, etc. A bula tem sua linguagem, assim como os gibis têm a sua própria e tantas outras formas de leitura, como revistas, jornais, editais de concursos (esses eu tenho lido muuuuito ultimamente...rs...) e por aí vai.
Não custa nada ler o que está ali na sua frente. Nada mesmo. Serão alguns ou vários minutos que serão despendidos e que podem dar uma outra percepção, um outro jeito de ver as coisas. Além de se manter atualizado, é claro. Coisas que a gente nem imaginava e que ficou sabendo depois daquela leitura rápida numa matéria de jornal ou em algum site na internet. Ou até mesmo lendo livros. Aí, o tempo para leitura é maior, mas vale a pena. Nesse caso, o interessante é o despertar da imaginação, da criatividade. Livros são diferentes de matérias, que são diferentes de gibis, que são diferentes de pichações (apesar destas danificarem patrimônios públicos). Todas as formas de escrita têm a sua importância, o seu caráter único e válido.
Como disse anteriormente, tenho mais lido do que escrito e esse foi um dos fatores primordiais para a criação deste blog. Cheguei a escrever alguns textos, sobre algumas situações específicas, alguns ficaram até legais. Até um livro eu comecei a escrever ! Acho ótimo porque eu acabava praticando a minha escrita e exercitando a criatividade, que muitas vezes teimava em não aparecer. Mas criatividade é como leitura e escrita: tem que praticar. Se não praticar, fica difícil. Quanto mais se pratica, mais fácil fica, mais as idéias aparecem e as palavras também, quando se vai escrever. Hoje, os textos ficaram pra trás. Mas não os esqueci. Tenho-os guardado para algum dia reler, mexer, e quem sabe divulgar. Espero escrever outros contos, crônicas e afins, mas no momento, prefiro me dedicar ao blog. Recém criado, tem que ser valorizado. E hoje, neste nosso mundo virtual, a existência de um blog é um dos meios mais fáceis para divulgar o que se quer, seja textos, fotos, vídeos, etc. Não colocarei esses textos mais antigos aqui, quem quiser pode me pedir que eu envio com o maior prazer.
Apesar de não estar presente nem acompanhando o dia-a-dia de escolas, acredito que hoje a leitura e escrita são muito pouco solicitadas e exercitadas pelos futuros publicitários, redatores, jornalistas e qualquer coisa que os pequenos queiram ser no futuro. Escrita e leitura não são importantes somente para jornalistas e cia ltda. não. Todos, todos devem ter o hábito, no mínimo da leitura. Muitas pessoas não sabem a importância que existe em tal atividade, em como isso enriquece o pensamento, a mentalidade e a cabeça de uma pessoa. Só vendo pra crer. Quer dizer, lendo. Vi uma reportagem sábado no Jornal Hoje que fiquei impressionado. Esqueci o nome do senhor. Ele é da Academia Brasileira de Letras, tem a maior biblioteca particular do país e lê, em média, cem, eu disse cem (!!!) livros por ano. Uma média de um livro a cada três dias. Segundo ele, três livros por semana é coisa normal. E com certeza, ele não lê livros com menos de 200 páginas. Imagino os livros que esse cara deve ler. Além disso tudo, o cara tinha ainda em sua biblioteca, livros originais, como Vidas Secas, que foram depois encaminhados para a tipografia. Só isso que o cara tinha: o original de Vidas Secas, de Graciliano Ramos, um dos livros mais importantes da literatura brasileira. Coisa raríssima. Ler um livro desse, mesmo que não seja o original, é ler parte da história do Brasil, é como ter em mãos uma camisa de Pelé, uma letra de samba escrita por Cartola. Coisa rara mesmo.
Pois então, para finalizar, esse é meu conselho: leiam, leiam, leiam. De tudo. Se puder andar sempre com um livro a tira-colo, na mochila, na bolsa, no porta-luva, melhor! Tenho certeza que em algum momento, esse livro será útil, e quem sabe, um "click" irá fazer com que o devido valor seja dado ao hábito da leitura. Vale a pena ! ...read more ⇒
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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Quando chove, fode.

Impressionante como o trânsito de BH se transforma quando chove. O movimento pode estar uma beleza, mas quando começa a cair água...fode. E fode mesmo. Pára tudo. Pode ser na Savassi, na Pampulha, na Floresta, em qualquer lugar. E haja paciência. Tanto pra encarar a lentidão como pra suportar as buzinas, que são incessantes. Como se fosse resolver algo. Será que o povo acha que buzinando, todos os carros que estão na sua frente vão sumir? Que os sinais vão abrir? Não adianta. Só piora e estressa mais. Sem chuva, o trânsito já é complicado. O número de carros nas ruas aumenta cada vez mais, principalmente em sextas-feiras. Quando chove então...
Andando pela Getúlio Vargas, debaixo de um temporal, pude andar por entre aqueles carros parados, ver de perto aqueles rostos de motoristas tensos, ansiosos em chegar ao destino. Parece que dariam qualquer coisa pra sumir dali. Pra quem estava dentro de ônibus lotado, pior ainda. Mas, o "mais" pior de todos era pra quem pegava táxi. Ai meu bolso! Espertos ou sortudos aqueles que têm um livro, um i-pod, ou algo mais interessante pra passar o tempo. Mas no final das contas, estão todos no mesmo carro. Quer dizer, barco...
Pra quem anda a pé, a situação não é das melhores, mas é "menos" pior. Não precisa gastar grana e se tiver uma capa de chuva decente, fechou. Os olhos dos motoristas e passageiros acompanham o andar daquele que, debaixo de chuva, parece estar em melhores condições. A sensação de não poder se mover é bastante incômoda, principalmente quando se está dentro de um veículo, que tem exatamente o objetivo contrário: chegar mais rápido, agilizar o processo de locomoção. A vontade que se tem é de deixar o carro e sair andando, nem que seja ao redor do carro, pelo menos pra tirar esse peso incômodo de não poder se mover, de se estar "preso" a um lugar fixo. Credo. Haja paciência mesmo !! Só quero ver quando eu, que tenho a paciência muitas vezes do tamanho de uma ervilha, passar por uma situação dessas. Vou precisar de um kit-desespero no carro: lanche, livro, palavra-cruzada, boneca inflável...qualquer coisa.
O que não dá é ficar suportando buzina na cabeça e congestionamento imutável. Fode mesmo! ...read more ⇒
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terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Olho vivo

Cada dia que passa me impressiono mais com as coisas que vejo e ouço. E olha que não é só no Brasil que essas coisas acontecem. Quem tem o mínimo de informação e conhecimento, sabe que há pouco tempo atrás, nos EUA, várias crianças morreram baleadas após um colega de sala, entrar na escola atirando em quem aparecesse pela frente. Sobrou até pros funcionários. E esse episódio se repetiu outras vezes, em outros estados. Quem não sabe disso , é um alienado, como diz um certo "Lóia". Aqui no Brasil, as "novidades" são mais antigas e bem mais presentes no dia-a-dia. Mas isso não quer dizer que estejamos acostumados. Ainda mais, pelo fato dos crimes e barbáries acontecerem cada vez com mais frieza e desrespeito às autoridades, à população. Só pra citar alguns acontecimentos: um estudante universitário que entrou em um cinema de São Paulo atirando pra todo lado. Imagina a loucura dentro de uma sala de cinema escura e lotada de gente que procurava se distrair, buscar uma opção de lazer no final de semana. Outra: veículos incendiados com gente dentro. Pode ser carro, ônibus, ter criança dentro , recém-casado, filho, o que for. E uma última citação, a mais recente, e que causa a maior frustração e revolta(até o momento de acontecer a próxima e mais bárbara...): o garoto João de 6 anos, carioca e botafoguense, apaixonado por futebol, foi arrastado do lado de fora do carro de sua mãe, preso pelo cinto de segurança, por 7km durante 15 minutos, atravessando 4 bairros da capital fluminense.E sinceramente, vão acontecer outras situações parecidas ou até piores. Não quero ser pessimista e sim realista. Ou alguém acha que tais atos irão cessar ou diminuir? Desrespeito hojé é o que se mais vê por aí. É torcedor batendo em policiais em estádios, é bandido metralhando cabine de policiamento, fechando pista pra assaltar quem passe, e por aí vai. O que mais se tem são opções de crime e histórias pra contar. Com certeza, alguma situação de extrema violência e absurdo já aconteceu com você ou com algum conhecido seu. Pergunte e comprove.
Tanta coisa assim me fez parar pra pensar. Sou novo demais, tenho só 23 anos e muita coisa ainda deve acontecer em minha vida. Boas e ruins. Por que escrevo "deve"? Porque não tenho certeza de mais nada, ninguém pode ter a garantia de sair para um bar, ir a um show e voltar do jeito que foi. Nem garantia de chegar ao nosso destino temos mais. Acabei dando mais valor à minha vida, depois de muito pensar, ver, rever, escutar, ouvir e sentir na pele (mesmo que não fosse comigo) tais situações que acontecem no dia-a-dia do nosso enorme país. E olha que ficamos sabendo de pouquíssimas coisas, comparada ao número de barbáries que acontecem todos os dias. Imagino tudo que tenho pela frente: as pessoas que poderei conhecer, os trabalhos que poderei fazer, as experiências que poderei vivenciar, o meu futuro...filhos, casado, minha casa, uma vida estável ao lado de quem amo de verdade. Mas sempre uso o "poderei", "devo", "quem sabe...". A realidade me obriga a isso. Não temos garantia de mais nada. O jeito é ter paciência, muito jogo-de-cintura e encarar a realidade. Pretendo viver muito tempo e gostaria muito de saber como estará nosso país daqui a 20, 30 anos, acompanhar o crescimento de filhos que eu venha a ter, cultivar minhas amizades verdadeiras , estar presente com minha família nos seus próximos aniversários e celebrações, ver de perto o tão glorioso Atlético Mineiro em seus mais de 100 anos de história...enfim. É muita coisa pra acontecer, pra estar perto, pra vivenciar. O mundo dá voltas e quero ter uma vida longa, experiências que me façam crescer e ver as diferenças que existem em cada canto que vou, em cada passo que dou. Mas o medo existe. E é muito complicado ignorá-lo. Finjo que esqueço e continuo a tocar minha vida. Com dificuldades, sem grana, mas com disposição de sobra pra encarar o que for. Se não vai no peito, vai na raça! ...read more ⇒