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terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Vai e volta

Sou um grande fã de futebol. O esporte mais popular do mundo está presente em minha vida desde os 3, 4 anos de idade. Mas escrevo pouco sobre futebol no meu blog. Deveria escrever mais, até porque considero que tenho um bom conhecimento sobre as novidades do mercado, histórias, jogadores, etc.

Mas não posso escrever muito sobre futebol. Senão muita gente deixa de visitar o Ficaketo. Mas hoje irei escrever sobre algo que me incomoda muito no mundo da bola: o vai e vem de jogadores.

Todos sabem que é o sonho de qualquer jogador atuar no exterior, de preferência na Europa, onde o salário é incomparável ao praticado no Brasil e onde a visibilidade para outros países é muito maior. Até aí tudo bem. O cara ralou um bucado nas categorias de base, peneiras, campeonatos amadores, etc, e enfim, conseguiu um lugar ao sol, em um time profissional, que lhe possibilite alguma exposição na mídia. Jóia.

Depois de algum tempo, o cara começa a jogar bem, fazer gols, se destacar e é claro ser sondado. Empresário daqui, empresário dali, imprensa emcima...o cara fica doido. Só de imaginar que pode-se ganhar quatro, cinco, seis vezes mais que aqui e ainda por cima, morar em países como França, Espanha e Itália é de fazer qualquer um (re) pensar na carreira. Mesmo sendo um pouco precoce, muitos vão. E voltam. E é aí que está o problema.

Acho que quando um cara resolve ir pro exterior, o cara tem que saber o que está no pacote. Língua diferente, comida diferente, futebol diferente, treinador chato, banco de reserva, às vezes mais pressão do que aqui, entre outras coisas. Aí o camarada encontra a primeira ou segunda dificuldade, sente um friozinho, não gosta da comida, morre de saudade do cachorro, da mãe, do pai e volta correndo pro Brasil. Brincadeira.

O ideal seria o cara passar por cima de tudo e de todos e tentar ao máximo, se manter na Europa, com todas as dificuldades que existem para qualquer pessoa que vá morar em um outro país. Dificuldades, é claro que irão existir, mas é nessa hora que você vê se o cara é ou não persistente, cabeça boa, maduro...

É muito fácil voltar correndo pro Brasil, onde a maioria dos times está cheio de perna-de-pau e faria qualquer coisa pra ter em seu elenco um jogador com passagem pelo futebol europeu.
Tenho certeza que a recompensa pra quem fica, encara as dificuldades e se sai bem é muito maior do que daquele cara que foi, não suportou a pressão e voltou ao que era antes. O cara batalha tanto pra subir na carreira, ganhar um salário bom pra ajudar a família e resolve abrir mão de uma oportunidade que pode ser única por causa de uma ou outras dificuldades que com certeza aparecerão.

Não concordo mesmo com isso. A não ser como no caso do zagueiro Ânderson, ex-Corinthians, que tinha proposta do Cruzeiro e queria e necessitava voltar ao Brasil devido ao filho doente que aqui estava, necessitando de amparo e tudo o mais. Aí é outro caso. Já envolve problema na família, necessidade de estar presente para superar uma dificuldade séria. Eu disse séria. E não um sushi ou um frio de não sei quantos graus que o cara não suporta e volta correndo.

A figura devia saber desde sempre que Europa, Japão, Arábia, etc, não é Brasil. Que dificuldades aparecerão e devem ser enfrentadas. E como disse anteriormente, a recompensa será muito maior para aqueles que superarem as dificuldades que existem em morar em outro país. É tudo uma questão de tempo para que o jogador se adapte ao novo lugar e possa desenvolver o futebol que fez com que milhões de euros o tirassem de sua terra natal.

Voltar é muito fácil....quero ver é correr atrás e se tornar um ícone ou ídolo no futebol europeu. Impossível não é. Quantos jogadores brasileiros já foram e ficaram vários anos na Europa, apresentando um futebol de qualidade?

Exemplos não faltam. Tanto de um lado como de outro.

3 comentários:

Anônimo disse...

Talvez, não que esteja certo, eles vão para o exterior justamente para valorizar o passe mesmo, ver no que dá. Fico mais incomodada com o troca-troca de jogadores nos times brasileiros. O mesmo cara que era um ídolo do Cruzeiro pode ir para o Galo no ano seguinte e virce-versa. Com tanto dinheiro rolando nesse meio, só o bobo do torcedor que ainda é fiel e tem amor pela camisa do time.

Gabiru disse...

Fala Da Lua! Bacana demais seu blog, consigo imaginar vc falando cada palavra, o que faz a leitura ainda mais divertida. hehehe Vou acessar sempre.

Valeu pelos comentarios e continue acompanhando minha aventuras, tem muito mais coisa pra postar...

Abracao!!!

Gabi disse...

Eu concordo c vc Dani. Galera acha q na primeira dificuldade já tem q correr pra "barra da saia da mãe". Tem q enfrentar! E como vc disse, isso é pra qq um de qq profissão q resolve ir pra fora do Brasil.

Excelente texto! bjs